Ficamos tanto tempo procurando por várias coisas sobre o Nerve na DeepWeb que perdemos a noção do tempo. Allison ficou na frente do computador até seus olhos arderem, ela fechou o notebook que Lia havia emprestado a ela e se despediu, saindo pela porta e voltando para a casa.
- Estamos a... dez horas procurando por alguma coisa que nos ajude a achar esse filho da mãe, e nada. – Malia diz suspirando forte, deitada no outro sofá com seu rosto iluminado pela tela do notebook.
- Talvez ele, ou ela, seja tão esperto que apagou todos os registros que o expusesse.
- Ou talvez ele seja tão esperto que não tenha deixado nada escapar. Talvez ninguém sabe de sua identidade.
Percebi que o sol tinha sumido, precisava voltar para casa.
- Eu preciso ir. – digo, fechando o notebook e levantando-me.
- Não. – ela choraminga. – Stiles, eu estou sozinha. Mason não volta tão cedo, eu preciso de companhia.
- Eu...
- Por favor. Eu vou trazer bebidas. – ela coloca o notebook ao lado e se levanta indo em direção ao frigobar.
- Alcoólicas? – pergunto, com receio.
Nunca bebi antes, exceto uma vez que eu vi meu pai bebendo algo no copo parecido com água, mas não era. No momento que ele virou, eu fui lá e bebi. Aquilo queimava como se estivesse pegando fogo dentro de mim, da minha garganta até o estômago.
- Não. Achocolatado. – ela diz em um tom irônico.
Ela coloca duas garrafas de bebidas coloridas em cima do balcão, uma vermelha e a outra meio cinza. Em seu logo estava escrito "Ice". Era familiar.
- Beba. – disse ela, abrindo a garrafa vermelha com o abridor e deslizando a mesma pelo balcão.
Pego a garrafa, encarando a Lia. Ela abre sua garrafa e vira a mesma em sua boca. Eu olho para a bebida e tomo coragem para vira-la. Quando viro logo tiro da minha boca. Sinto a bebida descendo queimando em minha garganta e esquentando meu corpo inteiro. Sinto também seu gosto de morango, amora, framboesa e muitas outras frutas vermelhas. Eu gostei, mesmo sendo estranho a sensação de estar queimando por dentro.
Malia ri e vem a andando para o lado de fora do balcão, ela fica em minha frente e se apoia no balcão para conseguir se sentar nele. Ela me encara, e vira mais uma vez a bebida na sua boca. Percebo que estou encarando demais, mas não consigo parar de olha-la e pensar no quão sexy e bonita ela estava naquela roupa. Usando um short jeans curto e uma camiseta preta(quase cinza) de mangas compridas, quase cobrindo sua mão inteira.
Me aproximo mais ficando ao meio de suas pernas, ela deixa a garrafa ao lado dela e vai um pouco mais pra frente, ficando na ponta do balcão. Ela acaricia meu rosto e se curva um pouco mais pra baixo para poder se aproximar mais de meu rosto. Eu ergo meu rosto um pouco, olhando em sua boca que estava a menos de um centímetro de distância, e sem pensar duas vezes eu quebro essa distância. Suas mãos vão até minha camisa, que ergue um pouco, até que eu quebro o beijo.
- Eu.. eu nunca fiz isso. – digo, ela sorri e continua o beijo.
- Tudo bem. Só deixa rolar, não estraga o clima. Você tem camisinha?
- Ahn... não.
- Okay. Acho que o Mason e Corey não vão ligar se a gente pegar emprestado deles. – ela sorri, maliciosa.
Parece que não somos os únicos impuros dali.
SCOTT MCCALL
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Nerve • Scallison
Teen FictionBem-Vindo a Nerve, edição Nova York. Nerve é um jogo 24h. Igual a verdade ou desafio, só que sem a verdade. Observadores pagam para ver e jogadores ganham dinheiro e fama. Scott é um observador ou um jogador?