24. final dare II

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Mostro o nosso próximo desafio a ela.

“Atravesse, sem usar as pernas.”

- O que? – diz Allison, incrédula. – Como isso é possível?

- Já sei.

Deito-me ao chão na beira da calçada, encarando-a.

- Me dê o sinal para eu saber se o carro está vindo. – explico.

- Não! Scott, isso é... loucura.

- Allison, nós não podemos fracassar ou desistir. – ela revira os olhos, e eu continuo. – Eu confio em você, tem de confiar em mim também.

Ela me encara e logo afirma com a cabeça.

Ela olha para os dois lados da avenida para ver se há algum carro vindo.

- Pode ir.

Saio rolando, descendo da cabeçada e entrando ao meio da rua.

- Scott, para! – ela avisa e eu paro na mesma hora.

Dois carros passam em velocidade alta, um deles passa raspando em meu nariz.

- Vai, não tem mais nenhum.

Ela avisa e eu continuo rolando rapidamente até sentir o canto da calçada batendo em meu ombro e ouvir a água passado dentro do bueiro. Levanto-me, batendo minha roupa para tirar a sujeira.

Faço sinal com a mão para ela fazer o mesmo. Ela se deita a beira da calçada, olhando em minha direção. Olho para os dois lados e não havia nenhum carro. Faço sinal com a mão e ela começa a rolar rapidamente, chegando ao meio da avenida. Vejo três carros vindo e a aviso. Ela para, mas eu percebo que ela está exatamente no caminho onde o pneu do carro irá passar.

- Allison! – chamo-a e ela me encara. – Vai para trás, rola um pouco para trás!

Ela franze sua testa, não entendendo o que eu estava falando. Repito mais vezes, mas ela ainda não entende. Os carros cada vez mais estavam próximos dela. Tento pensar rápido. Então, faço o sinal com a mão para ela continuar. Ela rola com rapidez, o primeiro carro passa logo do lado dela, onde ela estava segundos atrás, o segundo passa no mesmo lado e o terceiro está vindo em seu caminho. Faço o sinal para ela parar e ela obedece. Ela estica o pescoço para poder olhar para trás, quando vê o carro coloca os braços sobre seu rosto e sua cabeça e o carro passa exatamente por cima, sem nenhum arranhão.

Ela rola para o canto da caçada e estende o braço para eu puxa-la.

- Você está bem? – pergunto-a, preocupado.

- Achei que iria morrer, mas eu estou bem. – ela sorri, aliviada.

- Fico feliz por você estar viva. – sorrio.

Meu celular vibra e eu o olho.

- Mais um desafio? – pergunta ela.

- É... um mapa.

O mapa de Manhattan, havia dois pontos: um cinza e o outro rosa.

- Deixe-me ver. – ela pega o celular. – O pontinho cinza somos nós e... nossa, estranho.

- O que?

- O pontinho rosa é onde minha mãe trabalha. A empresa dela é exatamente aqui, em Manhattan.

- É para nós irmos para lá?

- Só saberemos quando chegarmos.

- Mas espera, é longe, não vamos chegar a tempo, faltam... – fito as horas no celular. – 30 minutos para que o nosso tempo acabe.

Nerve • ScallisonOnde histórias criam vida. Descubra agora