VENDIDA

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Meu coração parecia que ia explodir, literalmente eu quase corri para um pronto socorro, tive que parar o carro, respirar fundo, checar se tudo o que passei era real, ficar em prantos por pelo menos trinta minutos para poder continuar. Eu me rendi? Eu chorei ao lado daquele homem? Eu me senti segura ao lado dele? O quanto isso era uma investigação e o quanto isso estava me tomando? Eu não queria me perder, portanto eu dirigi até o único lugar no qual eu me sentia, bem, eu..., Catarina.

Parei meu carro perto da praia vermelha, estava uma noite bonita de lua cheia, tão boa para tentar entender quem eu era..., mas isso implicou em buscar em minha mente quem me fazia sentir feliz..., Pedro..., não, Pedro não..., tarde demais, era para ele que eu ligava agora.

"Catarina?"

"Pedro, me desculpa, eu não queria te ligar, digo, eu não..."

"O que houve? Você não está soando muito bem. Aonde você está? Quer que eu vá te buscar"

"Não, eu..."

"Pedro, você quer quatro queijos ou frango com catupiry?"

Era uma voz feminina vindo do outro lado da linha, estava baixa, estava ao lado de Pedro. Outra mulher, quem era eu para julgar estando com Olivier?

"Me desculpa te ligar, eu só queria te dizer que a terapia tem sido boa, apesar de que acho que vou precisar de muito mais, eu vou indo, foi bom falar com você"

"Não, Catarina, por favor, não desliga!"

"Você está ocupado e eu..., eu só quero que você esteja feliz, me desculpe"

Eu desliguei o telefone antes que ele pudesse falar mais, era verdade, eu queria realmente falar com ele sobre a terapia e eu realmente acho que eu preciso de muito mais, já que me sinto tão confusa assim, que tipo de pessoa se deixa seduzir por um líder de seita?

Pedro me mandou diversas mensagens, disse que a voz ao seu lado era de uma amiga, que estava realmente preocupado comigo, ah, eu acreditava nele, não na parte da amiga, é claro, mas na que estava preocupado comigo, ele sempre estava preocupado comigo.

Hugo me ligava agora, as informações correm rápido.

"Eu estou bem"

"Não está não, você ligou para o Pedro?"

"Liguei e já me arrependi, eu estou aqui na praia vermelha e senti falta dele, foi só isso, mas eu estou indo para a casa do Olivier, preciso trabalhar"

"Eu queria que você viesse para casa, não pode? Eu sinto que tem algo errado também"

"Você e o Pedro estão se preocupando atoa, eu vou amanhã, tá? Eu te amo"

"Eu também te amo, Catarina, mas vem para casa, por favor"

"Até amanhã"

Nem pensar que eu iria encarar mamãe e Hugo hoje, eu precisava mesmo era trabalhar, Olivier precisava ouvir tudo o que aconteceu, nós precisávamos trabalhar nisso.

Dos teus lírios Onde histórias criam vida. Descubra agora