Catarina é uma jornalista investigativa brasileira trabalhando em um pequeno jornal de Londres. Uma série de assassinatos macabros ligados à uma seita, um deles bem próximo a sua família no Brasil acabam a levando de volta a tudo que ela deixara no...
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As horas de um dia nunca passaram tão devagar. Eu levantei de manhã cedo, mesmo tendo ido dormir muito tarde, tomei café com meus pais, conversei com Pedro, pequenos rituais que me acalmaram muito e me deixaram preparada para a minha grande conversa com Breno.
Eu decidi mandar mensagem para Lia, ela estava comigo no começo, eu queria contar a ela o final.
Lia: Catarina, você está correndo um grande risco, não vá!
Catarina: Me prometa que não contará a ninguém, ok? Se o seu jornal das a notícia antes do Olivier, acho que sou processada.
Lia: Eu prometo e não é com isso que eu estou estressada, você não percebe mesmo quando deve parar, não é?
Catarina: Na verdade eu achei isso uma péssima ideia, mas o Olivier me convenceu, é só mais uma conversa, Lia, só mais uma conversa e talvez nós possamos fazê-lo confessar, ou ao menos já teremos uma excelente base para ligá-los ainda mais aos crimes.
Lia: Como não pegamos isso antes? Nós lemos o caso da Rebbecca Jonson pelo menos uma dez vezes antes, como não vimos essa ligação?
Catarina: Ela mudou de sobrenome, não tinha muitas marcas do seu passado, os pais dela aparentemente não conheceram Breno, ficou difícil achar uma ligação entre eles dois assim.
Lia: Eu meio que queria estar ai, confesso, vocês conseguiram muito mais coisas do que nós.
Catarina: É porque ninguém levou muito a sério o Breno, acharam que ele era apenas um maluco da internet, pois bem, subestimem essas pessoas, elas quando chegam ao poder deixam de ser só uma piada e se tornam reais, assustam.
Lia: E são perigosíssimas, já tivemos tantos exemplos antes, mas ninguém parece que aprende com o passado como deveriam.
Catarina: Quem não aprende com o passado, condena o futuro, não é isso?
Lia: Infelizmente..., mas vamos ver se dessa vez o culpado de fato seja condenado.
Catarina: Vamos esperar sim, eu prometo que te mando mensagem assim que puder, ok?
Lia: Ok, boa sorte garota, espero que você saiba o que está fazendo.
Catarina: Eu também espero que sim...
Cinco horas da tarde, estava na hora de buscar Olivier, era agora ou nunca. Por que eu me sentia tão nervosa? Já fui três vezes naquele sítio e nada me aconteceu e agora ainda por cima estaria acompanhada.
— Vai aonde, princesa?
Papai não estava de plantão naquele dia, havia me esquecido completamente.
— Eu vou sair com o Olivier, vamos seguir uma pista, nada demais, não se preocupe.
