VIDA

66 18 0
                                    

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

"Temperatura caindo"

"Batimento cardíaco baixo"

"Ela perdeu muito sangue, precisa de transferência já!"

"Catarina, você está nos ouvindo? Aguente firme, nós vamos te ajudar!"

As vozes vinham e iam, assim como a visão das luzes fortes, eu não sabia aonde eu estava, mas sabia que não estava morte, sentia isso dentro de mim e me agarrei ao sentimento de vida antes de apagar novamente.

— Eu acho que ela está acordando, Catarina, você está me ouvindo? — Era a voz de Pedro, desesperada e suave.

Alguma coisa estava na minha gargante e me impedia de respirar direito, comecei a engasgar, estava fraca demais até para me desesperar com isso.

— Enfermeira, ela acordou e está engasgando! — Gritou a voz de Pedro e também a da minha mãe.

Alguém rapidamente tirou o tubo de dentro da minha garganta, consegui respirar livremente, foi uma sensação de alívio tripla, primeiro, eu conseguia respirar normalmente, segundo, eu estava viva e terceiro, eu não estava mais no sítio com certeza.

Abri meus olhos vagorasamente, a luz me incomodava, estava tudo turvo, demorou um pouco até eu conseguir ver que estava em um hospital.

— Pedro?

— Meu amor, não fala, você ainda está fraca, mas eu estou aqui, todos nós estamos.

Eu estava cheia fios nomeou peito e tinha uma agulha em meu braço, levando um líquido amarelado até a minha veia. Eu não sentia dor, mas eu imediatamente lembrei de tudo que aconteceu e tirei o cobertor, minha barriga estava com um grande curativo branco a cobrindo.

— Calma, filha, eles operaram você, ainda está muito frágil, não fala força — papai estava com seu jaleco, eu estava no hospital com certeza. Hugo, Bernardo, mamãe e Pedro também estavam ali, todos com os olhos inchados e expressões cansadas.

— O que aconteceu comigo? — Minha voz fraca não impediu que eu ficasse calada.

— Você não se lembra de nada? — Perguntou Pedro segurando a minha mão.

— Eu lembro do sítio, do Breno, Olivier e do..., e do Alberto — meu monitor cardíaco começou a aumentar, todas as imagens do horror que eu vivi voltaram muito nítidas a minha mente.

— Calma, calma, filha, você não pode ficar nervosa assim, seus pontos podem abrir — pediu papai.

— O que houve com o Alberto? Como eu cheguei aqui?

Mamãe abriu a boca, mas não conseguiu falar, Hugo então tomou o seu lugar.

— Ele morreu, Cat. A polícia finalmente resolveu o caso da titia por causa da confissão que ele fez.

Dos teus lírios Onde histórias criam vida. Descubra agora