MICHAEL CAMPBELL

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— Não não, você não vai sair daqui, não vê? Você é o meu presente para ele — Olivier me virara para encarar a Breno, pela primeira vez ele estava surpreso, pálido inclusive. Meu coração não parecia caber em meu peito, eu nunca temi tanto a morte, nunca me arrependi tanto por estar em um lugar.

— Michael, deixe a menina em paz, não é assim que você vai conseguir o meu agrado.

— Mas você não vê? Eu a escolhi quando vi que se interessou por ela, eu não sabia o porquê, mas agora eu sei.

— Por que você está fazendo isso, Olivier? Quem é você? — Eu chorava, meu desespero pela vida me fazia não me importar em demonstrar fraqueza.

— Você é tão burra, como ela pode te interessar?

— Michael era um seguidor, Catarina, mas ele se demonstrou instável demais para continuar conosco, ele roubou a identidade de um primo, um jornalista muito pouco conhecido e acabou fazendo o nome dele crescer.

— Mas e a família dele? Não percebeu nada? Não denunciou?

— Eu não tenho família — Olivier deixou a faca mais próxima ao meu pescoço, jurei que aquele seria meu último momento, tentava me acalmar e pensar no que fazer de maneira prática, mas não existia nada que não envolvesse um grande risco de morte.

— Michael perdeu os pais em um acidente, esse primo era o seu único parente vivo, também não tinha pais, vivia recluso, ninguém deu por falta dele quando Michael o matou e tomou o seu nome.

— Mas você é famoso, eu vi seu nome e fotos nos jornais — tentei fazer Olivier falar, talvez ele se distraísse, talvez me deixasse escapar...

— Eu fiz o meu nome, sou bom no que faço, consegui contatos, consegui te enganar, não consegui? Você transou comigo, foi minha, eu precisava sentir o gosto que o Breno tanto queria antes de te entregar.

Como eu fui burra de fato, como eu deixei me seduzir, eu queria tanto voltar atrás, estar em casa, denunciar Olivier, Michael, quem fosse.

— Michael, se ela morrer aqui, as pessoas irão investigar, é isso que você quer? — Breno se acalmou muito mais rapidamente do que eu, a cada momento a insanidade de Olivier era provada e eu sentia mais medo, pensava em todos que amava e que como eu estava decepcionando a cada um deles, como eu iria os deixar...

— Não vão, eu contei para aqueles dois idiotas que trabalham comigo que mudamos a data do encontro, ninguém sabe que ela está aqui.

— A minha amiga sabe, eu contei para a Lia — adicionei rapidamente.

— Bem, ela está longe, certo? Até ela conseguir contactar alguém, eu já inventei alguma história brilhante, não se preocupe.

Olivier me carregou pela sala com a faca no meu pescoço e meu corpo de costas para o seu, eu não queria mais chorar, eu precisava pensar em um plano.

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