Catarina é uma jornalista investigativa brasileira trabalhando em um pequeno jornal de Londres. Uma série de assassinatos macabros ligados à uma seita, um deles bem próximo a sua família no Brasil acabam a levando de volta a tudo que ela deixara no...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Entrei no apartamento dos meus pais de fininho, entrei na banheira, precisava seriamente relaxar, meu corpo ainda estava muito dolorido. Enquanto relaxava, escrevia, queria como sempre, todos os momentos frescos em minha memória, cada passo do ritual, cada pergunta que eu conseguia lembrar e cada resposta dada por mim e por ele.
Pedro: Você tem certeza de que chegou bem?
Catarina: Você lê a minha mente ou algo parecido?
Pedro: Talvez...
Catarina: Eu estou bem, mas abalada, ele fez perguntas pesadas sobre a Lillá.
Pedro: Como o que?
Catarina: Ele me culpa por tê-la perdido, ele acha que se eu não tivesse desejado no começo da gravidez que ela não existisse ou se não tivesse me preocupado com dinheiro e reputação, ela teria sobrevivido?
Pedro: Ele disse isso? Bem, ele é um vilão, certo? Ele quer te fazer mal e culpada para lhe deixar vulnerável a ele, é claro que você não tem culpa, ninguém tem, você sabe disso, Catarina.
Catarina: Mas eu me senti mal mesmo assim, ainda mais com o aniversário dela chegando já já...
Pedro: Não se sinta, você foi uma mãe maravilhosa para ela enquanto ela estava em sua barriga, meu amor.
Catarina: Você vai comigo no seu túmulo?
Pedro: Sim, claro que eu vou e a mamãe quer que a nossa família se reúna, ela diz que já é tempo para isso.
Catarina: Eu vou falar com os meus pais, mas você sabe o quanto eu gosto da sua família.
Pedro: Ok, me diz depois, tá? Amanhã quando eu deixar a Mariana na casa da mãe eu passo aí, quero te ver.
Catarina: Eu também quero, mas agora vai cuidar dela, eu vou terminar o meu banho e descansar um pouco.
Pedro: Sim, mas não esquece que você não é culpada de nada.
Catarina: Eu vou lembra disso, obrigada por me ajudar.
Pedro: Sempre...
Olivier, é claro, queria saber cada detalhe discutido com Breno, ele insistira para me ver, mas uma conversa online foi tudo que o permiti, a última coisa que precisava hoje era dele.
O jantar com os pais do Pedro fora marcado para a noite do dia vinte e cinco, não era o momento ideal, mas estar com a família pode me fazer bem.
Todo o meu material sobre a minha purificação fora enviado para Olivier, Marina e Ricardo.
Pedro chegou no dia seguinte como prometido, ele me ouviu sem reclamar quando contei sobre tudo que passei, me consolou, me fez sentir muito melhor.
