onze

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[Ana POV]

– AAAAAAAAAA TÁ DOENDO PORRA – grita Stella.

– CALMA, MINHAS UNHAS ESTÃO GRANDES, EU DISSE QUE IRIA DOER – grito também

– VAI DEVAGAR TA MACHUCANDO ANAAAA – ela geme de dor quando acidentalmente arranho a mesma.

– Desculpa desculpa! Eu vou tentar ir devagar. Não bota pressão em mim! É minha primeira vez!

Assim que consigo, suspiro aliviada e olho seus olhos, sorrio.

– consegui, está linda – digo

Ela se vira para o espelho e sorri também.

– Não acredito que furei o septo – ela diz

– Não acredito que fez esse escândalo por isso, e estamos num banheiro de uma lanchonete! Tem pessoas lá fora

– iiiiih vão achar que rolou um sexo muito louco aqui

– Tava mais para um estupro – nego com a cabeça. – vamos?

Ela afirma e saímos do banheiro, paramos na porta quando notamos todas as pessoas daquele lugar olhando em nossa direção. Nos encaramos, as duas vermelhas, e comprimo os lábios de um jeito fofo, sem perceber ela faz o mesmo.

Pego na mão dela e a puxo para fora dali, começamos a rir lembrando da cara das pessoas e entramos no carro.

– As pessoas realmente acharam que transamos? – ela pergunta ainda rindo

– Tenho quase certeza que sim. Viu a cara deles? – gargalho e ligo o carro

Dirijo para a escola, já que era de manhã e entramos mais tarde por causa de uma reunião. Quando chegamos, saímos do carro e olho para os lados, entro com ela.

– Pode ir indo para a sala, vou no banheiro primeiro

Ela assente e vai para a sala, vou para o banheiro e ao chegar no corredor que dava para o mesmo, sinto uma onda fria passar por meu corpo. Franzo o cenho e ando devagar no corredor enquanto acaricio os braços na tentativa de me aquecer.

De repente sinto algo em minha barriga, olho e vejo uma arma estranha, arregalo os olhos ao ver que era a mesma arma usada por James quando o mesmo atacou Zoë.
A arma some de minha barriga, mas o buraco continua, sinto uma dor enorme naquele local e por não conseguir me sustentar em pé vou me abaixando.

Sinto uma força fazer com que um de meus pés fique preso no chão, e em seguida o outro pé também fica preso. Sinto lágrimas correrem por meu rosto pela dor que só aumentava.

Um desespero toma conta de meu corpo, começo a chorar pedindo para que aquilo parasse, mas nada adiantava.

– Não não não não

Era tudo o que eu pedia, implorava na verdade. Essa mesma força faz com que meu pulso esquerdo grude no chão também, mesmo eu tentando com todas as forças me soltar e levantar, nada dava certo. Segundos depois a força faz meu outro pulso grudar no chão, e quando eu menos espero, algum objeto afiado sai do chão e ultrapassa minha garganta, arregalo os olhos não sentindo mais dor nenhuma, eu não sentia nada.

Meu corpo estava começando a ficar fraco, minha visão embaçada pelas lágrimas começa a sumir, e meu coração a desacelerar.

Estava inconsciente.

[Isabelle POV]

Estava na aula de álgebra, era prova e eu fui a primeira a acabar, peço para ir ao banheiro e saio assim que o professor autoriza.

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