Capítulo 2

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                 YURI

     Apesar de todos os esforços, Samuel não conseguiu pagar pelo prejuízo que seus homens fizeram. A divída de 800 mil dólares em ecstasy foi um erro inadimissível, eles tiveram dois meses de planejamento para a exportação da droga. Mas foram burros o sufiencente para os federais arruinarem tudo. Meus homens concertaram a bagunça deles, mas agora Samuel terá que arcar com os custos.

— Te dei duas semanas para me pagar, mas você não parece estar muito preocupado com a sua vida — digo.

— Por favor, eu preciso de mais tempo — Samuel implora.

— Seu tempo esgostou há quatro dias atrás. Nesses dias você deveria ter dado um jeito. Mas o que você está fazendo agora? Está em um circo vendendo drogas.

— É só um trabalho de fora. Eu...

   Tiro minha  arma do coldre e peço um silenciador.

– Quem está em segundo no comando? — pergunto.

— O Dylan, mas ele não sabe muito sobre as cargas de ecstasy.

— Parece que você também não sabe — falo e atiro em sua cabeça.

    O corpo tomba para o lado.

— Leve o corpo e não deixe rastros — falo e tiro o silenciador — Hugh, leve alguns homens com você e elimine o grupo de Samuel.

— Tudo bem — ele diz.

   Guardo a arma no coldre e observo meus homens guardando o corpo de Samuel em um saco.

  Saío do trailer em que Samuel estava vendendo as drogas e o barulho aumenta.

— Limpe o trailer e não deixe vestígios — digo para Scoot, meu braço direito.

— Ok, houve mais um ataque em um dos depósitos de armas. Tudo sugere que foi a Tríade.

— Malditos! Faça uma investigação e me envie um relatório amanhã —  digo.

   Pego meu celular e ando um pouco. Respondo algumas mensagens e remarco minha ida a São Petersburgo para daqui seis dias.

   Um choro de criança me faz parar. Olho para os lados e encontro um menina chorando.

   Eu penso em sair dali e deixar que alguém ajude ela. Mas algo em sua aparência me faz aproximar dela.

  Droga! É a filha de Rachel.

   Chego perto dela e a menina se assusta.

– Quem é você? — ela pergunta.

— Quero te ajudar.

— Minha mãe me disse para não confiar em gente estranha.

- Sua mãe é inteligente, mas não quero te machucar — falo — Você se perdeu?

    Ela balança a cabeça.

— Sua mãe se chama Rachel e é ruiva? — pergunto.

— É sim! Você conhece minha mãe?

— Como conheço — digo — Posso te ajudar a encontrar ela.

— Obrigada.

   A menina segura minha mão.

— Você veio de carro? — pergunto.

— Sim, um carro vermelho.

   Levo a menina até o estacionamento. Acho o único carro vermelho que tem alí. Tento soltar a mão dela, mas a menina não deixa.

Marcas do Passado #2 |Série TambovskayaOnde histórias criam vida. Descubra agora