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Na noite passada, após trocarmos "eu te amo", eu e Yuri fizemos amor.

Não foi sexo, foi amor. Tinha sentimento, e foi romântico. Sob as estrelas.

Depois disso ficamos deitados por um tempo trocando carícias até decidirmos entrar e dormir.

Cheguei por volta de meio dia em casa. Renan estava sentado no sofá e me olhou assim que fechei a porta.

O encarei por meros segundos e segui em direção a escada.

- S/n - me chamou.

Me virei para o olhar e não me aguentei. Me pus a chorar ali mesmo. De pé no segundo degrau da escada.

Me sentia culpada e suja, por um motivo que não conheço.

Renan deixou seu livro de lado e se levantou vindo me abraçar.

Afundei meu rosto no seu pescoço abafando meus soluços e sentindo seu perfume.

***

Renan acariciava meu cabelo enquanto estavamos deitado na sua cama. Não havia acontecido nada, ele só estava me acalmando.

O inominável nos chamou do andar de baixo e Renan suspirou, me levantei da cama e sai antes dele, não conseguia olha-lo.

A vida de piranha estava me pesando.

Chegando no andar de baixo, o Coiso tava junto com Alexandre Frota e um jovem muito bonito. Ui!

A vida de piranha de repente ficou mais leve.

- Este é o Mayã, filho do Frota - estiquei a mão para o cumprimentar fazendo um forte contato visual (se é que vocês me entendem). - Queria que você e o Renan o levasse para conhecer a cidade enquanto converso com o Frota sobre proibir porno no Brasil - que hipocrisia, socorro. - Falando nisso, cadê o Renan?

- To aqui - desceu e olhou o Mayã. - Frotinha, quanto tempo - o deu um daqueles abraços de mano.

- Eae, Jairzinho.

Perdi o interesse nos dois depois desses apelidinhos.

A militanteOnde histórias criam vida. Descubra agora