A militante

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- Eu desisto - entrei no quarto de Mayã chorando, soluçando, me debulhando em lágrimas. Ele deixou o livro de lado e se sentou, me sentei do seu lado sendo envolta por seu braço.

- O que houve?

- Eu sou uma egoísta. Mayã, não tem comos fazermos isso.

- Quem você foi ver?

- O que? - levantei o rosto para o encarar. Como ele sabia que eu havia ido ver alguém? - Enéas.

Mayã se levantou como um furacão e eu o puxei pelo braço.

- O que planeja fazer?

- Ele não pode te dizer algo assim, você nunca machucou ninguém correndo atrás do que queria.

Ele estava exaltado. Se gesticulava e puxava o seu braço. Se ele fosse até Enéas do jeito que estava, estaríamos totalmente ferrados. A culpa iria cair sobre mim se alguém descobrisse do nosso plano.

Me levantei puxando o seu rosto para mim e o fazendo olhar nos meus olhos.

- Se você for até ele, irá se arriscar demais e não conseguirá salvar seu amigo.

- Nós - enfatizou o nós. - Iremos salvar Renan.

- Eu não irei, eu não posso, todos me conhecem.

- E é por isso que você deve ir, você deve ser o rosto da salvação.

- Mayã...

- S/n - e colou seus lábios aos meus.