Capítulo 8 - Surpresas

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"Você não vai acreditar no que aconteceu hoje."

"Não se você não contar."

"Está preparado?"

"Ally, você não deveria estar com algum paciente ou algo assim? Deve estar com muito tempo livre para fazer todo esse suspense."

"Ei, você vai querer ouvir ou não?"

"Você está tão animada enquanto fala que eu acho que vou querer."

Era final de tarde e Tony estava na empresa terminando alguns relatórios quando seu celular tocou. Sempre que Ally o ligava era por razões obvias. Tony quase sempre conseguia saber o que era antes mesmo de atender a ligação. Naquele dia ele achou que seria mais uma dessas vezes, mas ao que parecia, estava mais para uma chamada rara.

"Aqui vai..." -Disse Ally fazendo uma nova pausa suspensiva. "Querido Anthony, quem você acha que me pediu o número do seu celular hoje?"

"Allyson, eu achei que o suspense tinha acabado."

Ela riu. "Eu só vou contar porquê eu tenho certeza de que você não vai acreditar. De qualquer maneira, foi a Virginia."

"Não!" -Ele disse totalmente surpreso. Como Allyson havia dito Tony não conseguia acreditar.

"Eu sei... Eu também fiquei surpresa e eu sabia que você também iria ficar."

"Ally, você tem certeza de que estamos falando da mesma Virginia? Virginia Potts? A mesma mulher que me expulsou da vida dela?"

"Eu tenho."

"Como é que foi isso? Q-Quer dizer... O quê?"

Allyson riu da forma que Tony se perdia entre as palavras então ela começou a contar o que havia acontecido naquela manhã de quarta feira.

  ⚜  

Naquela manhã Ally deveria chegar ao hospital apenas às 10h. Por isso, ela aproveitou para levar Hope na escola e passar em uma das suas cafeterias prediletas para tomar café da manhã, coisas que ela não fazia há um tempo.

Apesar de ser mais uma das inúmeras cafeterias da cidade Ally sentia algo de especial com o lugar. A faixada da cafeterias lembrava algo que você provavelmente encontraria andando pelas ruas de New York. Era algo simples, feita de pequenos tijolos alaranjados, algumas luzes junto ao telhado inclinado e poucas decorações de cores escura. Havia também algumas meses na frente do local, mas o que ela mais gostava era que o ambiente estava sempre cheio de flores. Olhando a pequena faixada você não imaginava o quanto o quão espaçoso era o ambiente por dentro.

Assim que abriu a porta verde musgo e ouviu o sino soar ela se sentiu em casa. Aquele cheiro de café recém feito e dos bolinhos que haviam acabado de sair do forno traziam uma sensação de tranquilidade. A princípio Ally achou que o lugar estava movimentado para uma quarta feira, então ela percebeu que na verdade era normal. Muitas pessoas entravam apressadas, pegavam seus cafés e saiam na mesma velocidade.

Ela foi até o balcão, pediu um café com latte e um cookie com gotas de chocolate. Ao olhar o espaço percebeu que havia apenas uma mesa disponível, de frente para a janela. Ela estava se aproximando quando se deu conta de que alguém ocupará o lugar.

Quando a pessoa que estava sentada percebeu que Ally se aproximava com o intuito de ocupar a mesa e estava prestes a se virar na direção oposta, para provavelmente deixar a cafeteira que todos os outros lugares estavam ocupados, ela chamou a sua atenção.

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