Quando deixou o consultório de Michelle, Pepper estava se sentindo muito melhor. Ela dirigiu até a cafeteria em que ela e Tony haviam combinado de se encontrar, a mesma em que sempre ia, e mesmo após vê-lo lá dentro, esperando por ela, Pepper não exitou em entrar.
— Hey. -Ela o cumprimentou quando se aproximou da mesa que ele ocupava.
— Hey. -Disse sorrindo e se levantando para melhor cumprimentá-la. Ele lhe deu um breve abraço e um rápido beijo na bochecha. Pepper tinha certeza de que estava corando.
— Você já fez os pedidos? -Perguntou se sentando e analisando os bolinhos de limão e coco e os cafés sobre a mesa, que pelo cheiro eram expressos com vanilla.— Como você sabia o que pedir?
— Não é o que vocês mulheres sempre pedem?
— Nós mulheres? -Ela arqueou a sobrancelha.
— Tudo bem. Digamos que quando nos vimos da última vez as coisas não acabaram bem, então eu queria fazer tudo certo dessa vez. Eu liguei para a Ally e perguntei o que você havia pedido quando se encontraram.
Pepper deu gole no café e constatou sua pré suposição. Era de fato seu café favorito.
— Muito obrigada. -Disse sorrindo e Tony sentiu todo um calor percorrer seu corpo. Ele não havia esquecido o sorriso dela. Ainda lembrava de quando o viu pela primeira vez no escritório de Donna e poder apreciá-lo novamente, de tão perto, estava sendo ótimo. — Você não precisava ter feito isso, foi bem gentil da sua parte.
— Eu posso ser bem gentil.
— Eu estou vendo. E prometo não gritar com você desa vez.
— Por isso eu escolhi um lugar público. -Disse fazendo graça e ele ficou feliz ao ver que tinha conseguido arrancar um riso dela. — Sabe, eu realmente achei que você não fosse vim.
— Eu também. Mas eu conversei com a minha terapeuta e cheguei a conclusão de que era uma boa ideia aparecer.
— Sério? Me lembre de mandar flores para ela depois. Fico feliz de que ela tenha feito um ótimo trabalho.
Pepper riu. — Você pode ir lá pessoalmente, fica apenas a algumas quadras daqui.
— Certamente eu irei... Espera. Eu sou tão ruim assim que você precisa de terapia para decidir me ver? -Ele perguntou fazendo uma cena. Não sabia se ela realmente queria compartilhar que estava em terapia, então tentou demonstrar que aquilo não mudava nada.
— Gosh, you're the worst. E esse seu cabelo...
— O que tem o meu cabelo? -Perguntou rapidamente.
— Nada. -Disse rindo. — Apenas imaginei que esse seria um ponto fraco seu e pelo visto eu acertei.
— Ei. Isso foi golpe baixo. -Disse fingindo estar ofendido.
— Sorry... -Disse sem conseguir conter o riso.
Ela respirou fundo e percebeu como as últimas horas em que esteve em contato com ele estavam sendo tão leves. Tão fácil. Simples.
— Como vai a Meg? Faz muito tempo que não a vejo.
— Ela vai bem. Sentiu sua falta durante a festa. Desculpa por isso, de novo.
— Já entramos em acordo de que ambos erramos, então não precisa dizer isso novamente. A Meghan é uma garota especial.
— She is.
— Quer dizer, a Hope me adora porquê eu sou o tio legal. E sou o padrinho, a conheço desde que nasceu e sou a escapatória dos pais, você sabe como é... Mas a Meg não tinha motivos para gostar de mim.
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The Only Exception
RomanceO amor costuma deixar rastros, pegadas, marcas duras que sobrecarregam a singela malinha reformada em vivos tons florais que levamos no entrelaçar dos dedos, ao longo da vida. A gente pega tudo aquilo que um dia doeu, machucou, feriu coloca ali, naq...