Capítulo VI

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A sala do cinema não está tão cheia, sentamos na última fileira no canto esquerdo. No meu lado direito está o Gus, e no lado esquerdo está o Guilherme. Compramos pipoca, refrigerante e doces. A sala está com o ar condicionado muito forte, estou congelando. Também, coloquei um short jeans preto, um body florido com as costas nua e um tênis da vans, nem pensei em casaco.

- Tá com frio? Você tá muito gelada. - diz o Guilherme.

- Estou com um pouquinho, nada de mais. - mentira, estou me segurando pra não bater o queixo.

- Toma, veste isso. - ele tira o casaco e me veste.

- Obrigado.

Ele me abraça e me esquenta, o filme começa, poucos minutos depois entra uma loirinha na sala.

- Acho que a Gi chegou.

- Duvido, ela não vai vir, resolveu ficar com o pai dela.

- Pai dela? Desculpa a pergunta, mas ele não é seu pai também?

- Biologicamente ele é meu pai, mas não considero. Ele teve um caso com uma mulher durante anos. Enganou minha mãe durante anos, pra mim ele nunca será um exemplo. Nunca será um pai.

- Desculpa, eu não sabia, deve ter sido difícil. - abraço ele mais forte.

- Foi sim, mas já passou. - saio do abraço e me ajeito na cadeira. - Tenho mais histórias triste, se você prometer me abraçar assim de novo a cada história, eu te conto tudo. - ele dá um sorriso e me puxa, fico com a cabeça deitada nele e ele com o braço envolta de mim.

Ele passa o polegar nos nos meus lábios, desenhando a minha boca, isso me faz olhar pra ele e abrir um pouco a boca. Ele tira o dedo e eu dou uma mordidinha no meu lábio inferior.

- Sua boca é tão macia, tão gostosa. - ele se aproxima e chupa meu lábio inferior. Me beija devagar mas ao mesmo tempo intensamente.

Tudo com ele é intenso, o beijo não seria diferente, ele coloca a mão na minha nuca me puxando mais pra ele, eu estava indo colocar a mão na coxa dele, só que coloquei no lugar errado, juro que não foi de propósito, quando eu percebo onde minha mão está eu tiro rapidamente.

- Não precisa ficar com medo - ele coloca minha mão onde estava. - Eu gosto.

- Desculpa, foi sem querer. - fico vermelha.

Ele passa a mão pelo meu rosto e abre um sorriso. Que sorriso senhor. Encosta o nariz no meu.

- Você fica mais linda ainda quando está com vergonha.

- Para, vou ficar vermelha. - o sorriso continua no rosto dele. Ele me beija enfiando a língua na minha boca, eu faço o mesmo.

Ele não liga pra quem está olhando, não liga pra onde está, ele simplesmente curte o momento. O beijo se intensifica a cada segundo, ele coloca a mão na minha coxa e aberta, preciso abrir a boca pra puxar ar, ele desce pro meu pescoço, já estou vendo a hora que ele vai me puxar pro colo dele e tirar minha virgindade aqui mesmo.

O beijo está me deixando louca, ele me puxa cada vez mais pra ele, a mão dele para em cima da minha, me fazendo agarrar aquela ereção. Como é grande. Ele deixa eu trabalhando ali sozinha e vem subindo a mão pela minha cintura, até chegar no meu peito. Ele enfia a mão pelas costas do body, agarra meu peito e passa o polegar pelo meu mamilo, fica fazendo movimentos circulares. A intensidade que ele chupa minha boca, é do jeito que ele queria estar fazendo com o meu mamilo. Derrepente ele tira a mão e para o beijo, tira minha mão da ereção dele.

- Tenho que me controlar. - ele me abraça e dá um beijo na minha cabeça. - Não posso perder a cabeça.

- Que beijo é esse? Fiquei com tesão só escutando a respiração de vocês. - Gustavo fala baixo no meu ouvido.

- Cala a boca garoto. - dou um empurrão nele e começamos a rir.

Ficamos agarrados o filme todo, as vezes rolava uns beijos, um chocolate na boca. Estou começando a me apegar, dormi com ele uma vez e estou aqui no cinema, escolhendo o nome dos nossos filhos. Eu sei como é o Guilherme, conheço ele a anos.

O filme acaba, ele coloca o braço nos meus ombros e desce as escadas comigo, o Pedro foi embora no meio do filme, Gi sumiu, Gustavo e Thiago estão discutindo. Acho que o Thiago tentou beijar ele e ele não quis.

- Tá com fome? Você não comeu nada, só tomou o refrigerante. - eu coloco a mão na cintura dele e a gente sai da sala do cinema agarrados.

- Tô não, comi doce também.

- Quer tomar uma cerveja? Um chopp? Você bebe?

- Bebo sim, eu aceito um vinho.

- Amiga já estou indo, tenho que devolver o carro às 22:30h pro meu pai. - diz o Gustavo.

Me despeço do Gus e do Thiago, até que enfim um momento só a gente, saímos do shopping e vamos pra uma adega, vou me controlar no vinho, se eu beber de mais me dá um fogo. Ele pede um vinho pra mim e um chopp pra ele.

Papo vai papo vem, ele pergunta se eu trabalho, falo que sou auxiliar veterinária, pergunta se tenho irmãos, digo que tenho dois meninos gêmeos de 4 anos... Começamos a falar da vida dele, ele me conta muitas coisas que eu não sabia, como por exemplo, ele sabe cantar todas as músicas do último DVD da Xuxa. E que saiu do futebol. Vai focar só na carreira dele. Pedimos mais vinho e chopp.

- Guilherme? Guilherme Resende é você? - uma mulher chega perto da nossa mesa, cheia de intimidade com ele. - Quanto tempo.

- Oi Sheila, pois é. - ela vai pra abraçar ele, mas ele estendeu a mão. Eles apertam as mãos, ele aponta pra mim. - Essa é a Camilla, minha namorada.

Nesse momento meu coração para de bater, ela vem e me cumprimenta com dois beijinhos na bochecha.

- Não quero incomodar, até mais, prazer em te conhecer Camile.

- É Camilla, até mais. - ela sai andando.

- Quem é? - Falo normal, sem dar uma de neurótica.

- Uma mulher maluca, fiquei com ela uma vez e já achou que a gente estava namorando. - ele pede mais uma rodada de vinho pra mim. - A propósito, desculpa te chamar de namorada, era só pra ela se mancar e sair.

- Tudo bem - abro um sorriso, por dentro? Estou desmoronando.

Resolvo encher a cara pra vê se esqueço disso, bebi umas 6 tulipas de vinho, e ele dois chopp, manerou pois vai dirigir. Ele paga a conta e a gente vai pro carro. Ligo o rádio, e conecto meu celular. Coloco Bon Jovi, alguns quarteirões depois ele para na frente do prédio onde eu moro. Eu sento no colo dele e o agarro, ele enfia a mão no meu cabelo e me beija com muita vontade, eu tiro as alças do body e exibo meus seios, ele sobe a alça.

- Melhor parar por aqui - ele me dá um selinho.

- Era isso que você queria na noite passada. O que foi? Perdeu a vontade? Já sei, não quer mais. - minha cara se fecha automaticamente.

- Não fala isso, eu nunca disse isso. Só acho que você bebeu demais, não quero fazer nada que você vá se arrepender amanhã.

- Mentira, já tá enjoado de mim. Não me quer mais. - abro a porta do carro, ele segura meu braço.

- ele apoia a cabeça nas mãos, olha pra mim. - Você acha mesmo que se eu não quisesse você, eu estaria aqui? Que eu dormiria do seu lado mesmo sem fazer nada? Eu poderia muito bem colocar você pra ralá e pegar outra mina que me daria. Mas eu quis ficar com você. Você não tem noção do quão difícil está sendo falar não pra você aqui agora. Minha vontade é de te jogar no banco de trás e transar com você de um jeito que você nunca esqueceria. Mas as coisas não são assim.

- Desculpa, eu exagerei.

- Rainha do drama.

Ele me abraça, me dá um beijo. Desce do carro e me leva até na porta do elevador.

- Dorme com Deus. A gente se vê. - a porta do elevador fecha.


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