XXXIV - Pedro.

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Me perdoem pelos erros, escrevi esse capítulo com pressa. Espero que gostem.

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Eu já estava desesperado com toda a situação, ver aquele sangue escorrer pelas pernas dela me deixou louco.

Sinto que a qualquer momento eu vou infartar, meu coração está acelerado demais, e o pior, pra manter ela calma, eu tenho que ficar calmo.

- Vou começar. - a médica logo coloca um gel na barriga dela.

Aos poucos uma imagem muito confusa aparece na tela do computador.

Ela explica algumas coisas do exame mas eu não presto muita atenção, eu só queria saber se meu filho ainda estava ali.

- Como eu imaginei, um dos nenéns não estava tão forte, então o seu corpo o expulsou.

- Um dos nenéns? - a voz embargada da Giovana soa. - Como assim?

- Vocês não sabia? Eram gêmeos.

Dessa vez, por mais que eu tentasse não chorar, eu não consegui. As lágrimas rolaram no meu rosto enquanto eu tentava entender aquilo tudo.

Eu ia ser pai de gêmeos.

- E agora? Esse também está correndo risco? - falo enquanto limpo o rosto da Giovanna.

- Sempre tem um risco, então eu quero que você repouse. Sem fazer esforço algum.

- Isso eu vou garantir.

As lágrimas rolaram incessantemente pelo rosto da Giovanna, nesse momento ela não conseguiria dizer nada.

Uma parte de mim estava muito feliz por meu filho estar ali, mas a outra parte ficou abalada quando soube que poderiam ser dois. Infelizmente as coisas fogem do nosso controle.

Tem coisas que não podemos evitar ou consertar. Por mais que eu não soubesse que tem gêmeos, sempre vai ficar um sentimento guardado aqui dentro por ele.

...

- Eu sei que você está preocupado mas eu continuo bem como cinco segundos atrás. - ela passa a mão pelo meu rosto e isso me acalma.

Eu queria que tudo desse certo, que ela ficasse bem. Estava sendo exagerado, eu sei. Mas ela é o meu bem mais importante.

Alice a essa hora já deve saber de tudo. Minha cabeça está a mil por conta de tanta coisa acontecendo ao mesmo tempo, além de me preocupar com a Giovanna, me preocupo também com minha mãe e meu irmão.

As ameaças da Alice me atormentam todos os dias, infelizmente agora não tenho muito o que fazer.

- Tá pensado em que? - ela me tira da tormenta dos meus pensamentos.

- Em como eu te amo.

- Mentira. Eu sei que está preocupado, eu te conheço. Vai ficar tudo bem.

Eu queria acreditar nisso, mas eu sinto algo dentro de mim dizer o contrário. Não queria dar ouvidos a essa pequena voz, mas estava sendo impossível.

Escuto algumas batidas na porta e meu corpo entra em alerta. Me levanto e a abro. Guilherme está parado do outro lado do corredor.


-

Como ela está? - ele fala.

- Tá melhor, só tem que ficar de repouso.

Os olhos dele parecem esconder algo, isso me dá uma angústia.

Meu Querido PrimoOnde histórias criam vida. Descubra agora