XXII - Pedro.

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Não acredito que esse dia realmente chegou, fiquei noites acordado sonhando com isso e hoje, vira realidade. Giovanna dizendo que me ama e que queria ficar comigo. Não posso conter meus sorrisos, essa sensação é de longe a melhor que eu já senti na vida.

Quanto mais eu a beijo e mais a aperto contra meu corpo, mas eu quero.

Por um momento tinha esquecido de tudo, todos os problemas, todas as frustrações, tudo. Até ouvir alguém bater na porta e me tirar daquele transe.

— Entra! — Julia entra.

O sorriso em seu rosto fica nítido quando ela vê Giovana em meu colo, agarrada em mim.

— Vocês se entenderam? — Assentimos sem nos separar. — Não quero ser chata, mas já sendo. Pedro, posso falar com você um segundo?

— Vou deixar vocês conversarem, estarei no meu quarto. — Giovana fala atravessando o quarto com o sorriso enorme no rosto e saindo logo em seguida.

— Que bom que vocês se acertaram. — ela diz. — Mas.. — ela hesita.

— Mas?

— Você tem sua vida em Sergipe, vão manter um relacionamento a distancia? Não é querendo ser pessimista, mas isso raramente da certo.

— Eu sei, mas vou fazer de tudo pra dar certo, se eu tiver que voltar a morar aqui por ela, eu venho.

Vejo pelas feições da Julia que ela está triste. Não quero ter que escolher, sei que é isso que passa em sua cabeça. Mas foram três anos longe da Gi, e agora que nos encontramos, não quero que nada atrapalhe isso.

— Vai ficar quanto tempo a mais aqui? — ela diz finalmente cortando o silencio.

— Mais uma semana. Vou conversar com ela, vê o que é melhor.

— Tudo bem. Eu quero que você seja feliz.

Apenas dou um sorriso. Sei que ela tá certa, esse também é o meu maior medo. Mas nós nos entendemos, não quero perder isso. Vai ser difícil no  começo, mas a gente consegue.

Deixo a Júlia terminando de arrumar as coisas dela e vou ao quarto da Gi. A porta está aberta, me apoio no portal da porta e vejo ela deitada.

— Posso entrar?

— Claro. — ela abre um sorriso lindo.

— Só queria dizer... — faço um suspense enquanto me sento ao seu lado na cama.

— O que? — ela me olha com preocupação.

— Nada não, só que vou ficar mais uns dias.

Ela pula no meu colo antes mesmo de eu terminar a frase, da pra vê a felicidade nos seus olhos, ver isso não tem preço.

— Por que você não me disse isso no carro? Estava triste pensando que você ia embora.

— Eu queria conversar primeiro com você, eu ia vir aqui, mas você foi lá primeiro.

— E a Júlia?

— Vai ir hoje. Vamos comigo levar ela no aeroporto? — a puxo e dou um selinho nela.

— Claro, depois podemos fazer alguma coisa, preciso me distrair.

— Claro. Se arruma. Vamos sair já já.

— Mas temos um tempinho pra isso.

Ela me puxa pela nuca e cola sua boca na minha, sua língua pede passagem e eu cedo, a sensação da boca dela na minha é deliciosa, exploro cada parte de sua boca com minha língua, como se fosse a primeira vez. Retiro o cabelo que cobre seu pescoço e a beijo ali, dando leves chupões e mordiscando. Ela joga a cabeça pra trás me dando livre acesso.

Meu Querido PrimoOnde histórias criam vida. Descubra agora