Capítulo IV

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Parte 1.

- Aí mano, esqueci meu celular, já volto.

- Vai rápido, já já o Uber chega.

- Jae.

Entro na casa, esqueci meu celular em cima da cama do Guilherme, passo pela sala, assim que entro no corredor, escuto a voz de da Giovanna, parece estar chorando.

Chego mais perto da porta, sem fazer barulho, não quero que eles saibam que estou ouvindo. Escuto a conversa toda. Não acredito que aquele filho da puta fez isso com ela, por que ele não veio tirar satisfações comigo? Bateu nela, sem nem ouvir o que ela ia dizer, sei que não é certo esse lance. Mas nem somos primos de verdade e todo mundo sabe disso. Esse filho da puta não perde por esperar.

Já estou puto. Pego meu celular e vou pra uma boate com o Guilherme. Assim que chego vou direto pro bar, peço 4 shots de tequila, viro dois e o Guilherme dois.

- Aconteceu alguma coisa? Tu ficou bolado do nada.

Peço mais 4 shots, mas dessa vez eu viro os quatro sozinho.

- Descobri umas paradas aí, mas deixa quieto. Resolvo isso amanhã.

- Só não vai se estressar atoa, vai estragar essa carinha de neném - ele dá dois tapinhas na minha cara - vamos, quero transar e ficar locão.

- Somos dois, vou chegar naquela ali.

- É assim que eu gosto, vai lá garanhão.

Olho a menina de costas, cabelo loiro, pelo meio da costas, com cachos na ponta, ela está com uma saia preta colada e um top colorido e solto, salto alto preto, de costa me lembra um pouco até a Giovanna, então, vai ser ela mesmo.

- Oi delícia.

- Olá lindão

- posso dançar com você? - antes mesmo de terminar a pergunta ela já estava esfregando a bunda em mim.

Danço um pouco com ela, está tocando uma música do kevinho, confesso que não sou muito fã, mas o que a gente não faz pra transar não é mesmo?

- quer ir pro bar? Beber, conversar um pouco? Quem sabe rola uns beijos - abro aquele meu sorriso, é a minha arma secreta.

- Vai me pagar uma bebida? - a voz dela é bem fina e irritante.

- Quantas você quiser bebê - nem me dei o trabalho de perguntar o nome dela, essa será a primeira e a última vez.

Vamos pro bar, pago uma caipirinha de morango pra ela, e peço um copo de whisky.

- você é daqui mesmo? - pra que ela quer saber isso?

- Nascido e criado. E você é de onde? Já dá pra ver que não é carioca.

- Sou de Minas Gerais.

- Sabe fazer queijo? Desculpa, pergunta idiota. - ela ri um pouco, pelo menos deu pra dar uma descontraída.

- Você é muito bobo, e sim, eu sei fazer queijo. - puxo ela pros meus braços.

- Só queijo? Ou algo mais? - dou um beijo nela, mas ela para.

- então, quantos anos você tem?

- Tenho 19 e você? Parece ter 15, como conseguiu entrar? - fico jogando charme, falando coisas que ela quer ouvir - Mais uma rodada por favor!

- Assim eu fico tímida, tenho 23, você é bem novinho.

Ficamos uns bons 30 minutos jogando conversa fora, se beijando. Nesses 30 minutos já foram 6 caipirinhas e 8 doses de whisky. Já estou meio tonto, hora de tentar algo a mais.

Meu Querido PrimoOnde histórias criam vida. Descubra agora