Capítulo XX - Pedro.

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— Não sei o que fazer? não consigo falar com ela. — Eu falo

— Você precisa contar a verdade e deixar ela digerir isso, se ela quiser ficar com você ela vai voltar. — Diz Viviane se sentando na cadeira ao meu lado. — Por que você não contou pra ela quando chegou?

— Eu contei pra Alice, achei que todos tinham escutado. Pelo visto tava errado. — Apoio minha cabeça nas mãos. — E se ela não me quiser mais?

— Você só vai saber se for falar com ela. — Julia fala.

Trouxe Julia pra conhecer meu irmão e minha mãe, ainda é difícil falar mãe, mas estou melhorando.

— Ta certo.

Pego meu telefone e disco o numero do Guilherme. Depois de poucos segundos ele me atende.

''Fala mano'' ele diz.

— Sabe onde Giovanna tá? —  pergunto

''Cara, vou ser sincero com você, ela não quer te ver. Não sei o que aconteceu, mas ela não deixa ninguém nem sequer tocar no seu nome.''

— Eu só quero conversar com ela. Já faz quatro dias que não a vejo, que não tenho noticias, vou no seu apê e ela nunca está, ligo e ela não atende. Eu to ficando maluco sem conseguir falar com ela.

'' Realmente ela não está ficando aqui, ela ta na casa do Vinicius.'' quando ele fala isso, sinto uma pontada tão forte no meu peito. Ela não sabe quem ele é. Preciso ver ela, e se ele fez alguma coisa com ela? afasto esses pensamentos da minha cabeça o mais rápido que consigo.

— Fala aonde eu posso encontrar ela. Guilherme. Por favor. — Minha voz sai embargada pelo choro. — a ligação fica em silencio durante uns segundos. — Você conhece o Vinicius, sabe o que ele fez! — Sem perceber já estou gritando. — Você sabe! E mesmo assim deixou ela sair com ele. Que tipo de irmão é você?

'' Ela deve estar do escritório do pai dele.''

a Chamada é encerrada, agora alem da Giovanna, Guilherme também deve estar com raiva de mim. Pego meu casaco e as chaves do carro. Dou partida e sigo pra onde é o escritório. Só consigo pensar em como ela está. Piso fundo no acelerador e em 15 minutos chego a entrada do prédio. Desço do carro e já entro correndo, o porteiro me diz que fica no 6º andar.

Entro no elevador e mal consigo esperar a porta abrir pra sair a procura dela. Consigo olhar através da porta de vidro seu rosto, está com uma fisionomia tão triste, só de ver ela assim meu coração se parte. Isso tudo é minha culpa. Deveria ter contado de cara que Julia é só minha amiga. Tenho culpa por ser egoísta e pensar só nos meus sentimentos quando a beijei.

Vejo seus olhos pousarem sobre mim, o escritório tem poucas pessoas. A vejo falar algo com a mulher ao lado e se levantar. Ela está vindo em minha direção. Não consigo não sentir meu corpo mais fraco.

— O que você esta fazendo aqui? — ela fala sem olhar pro meu rosto.

— Eu preciso falar com você, te liguei e mandei mensagem e nada, fui diversas vezes ao apartamento do Guilherme atras de você e nada.

— E com isso tudo você não entendeu que eu não queria falar com você? — isso fez meu coração parar por alguns segundos.

— Julia não é minha namorada. — falo de supetão. Ela faz uma cara de surpresa. — E não está esperando um filho meu. É só minha amiga, trouxe ela pra conhecer a pessoa que eu mais amo na face da Terra. A trouxe pra conhecer você.

— Por que você não disse? me deixou acreditar nisso esse tempo todo. — Parece que ela não percebeu que eu disse que ainda a amo.

— Você me conhece melhor do que qualquer pessoa, eu nunca trairia alguém. — Ela parece confusa.

Meu Querido PrimoOnde histórias criam vida. Descubra agora