Capitulo IV

34.4K 2.4K 365
                                    

Dominic.

Nunca tive uma vida fácil, sei que em comparação á muitas outras pessoas eu fui um privilegiado mas desde que nasci minha vida já havia sido completamente planejada para mim.

Claro ninguém me amarrou e me obrigou a assumir isso, mas renunciar seria jogar fora anos de trabalho e dedicação que meus ancestrais colocaram nessa organização.

Quando meus pais morreram naquele acidente de carro como a polícia gosta de chamar, sabia muito bem quem tinha encomendado essa morte rápida e estratégica, já que obviamente aquele covarde do Pricceli não iria assumir esse crime.

Mas eu sempre soube que foi ele, a inveja que sentia do meu pai o fez cego e principalmente o amor pela mesma mulher, na cabeça doente daquele monstro minha mãe sabia de seus sentimentos obsessivos e se casou com meu pai no intuito de juntos o ferirem.

Maluco desgraçado.

Tinha apenas dezessete anos quando tive que assumir o lugar de meu pai como capo, se eu estava preparado para assumir este cargo?
Com certeza não.

Mas precisava cuidar de minha irmã Antonella e não poderia passar o império da minha família para outras mãos.

Descobri que do mesmo modo que o amor pode ser algo lindo e puro como foi o de meus pais, pode se tornar perigoso e obsessivo, mas de todo jeito nunca experimentei esse tipo de sentimento talvez possa ser devido a falta de tempo para me dedicar á alguém, o máximo são algumas idas até os clubes e boates da organização e creio que nenhuma daquelas meninas tenha me despertado algum sentimento que não seja tesão.

Mas foi em um beco imundo e escuro após levar um tiro de um dos desgraçados que trabalha para o Pricceli que escutei resmungos de uma doce voz, posso dizer que nunca vi uma mulher xingar daquele jeito, talvez seja porque as garotas dentro da máfia são criadas para serem esposas troféu apenas sorrirem e concordarem com os homens, como robôs.

O jeito que ela me enfrentou e se recusou a responder minhas perguntas sendo incrivelmente arisca meio que me enfeitiçou, que mulher recusaria um elogio do capo?

Isso mesmo nenhuma delas apenas Elizabeth.

Sorri com ela em uma noite tudo que venho guardando desde os meus dezessete anos.
Quando Enrico veio ao meu encontro meu sorriso voltou a morrer sabia que não seria seguro para ela ser vista comigo então tive que deixá-la ir, um sentimento estranho de perda e abandono se apossou de mim nas doze horas em que tive certeza que nunca mais a veria.

Mas como a vida é realmente uma caixinha de surpresas quando estou pronto para arrancar o paradeiro de Pricceli de um de seus capangas ela me aparece novamente.

Tão linda quanto na noite anterior e ainda mais irritada se possível, o rosto vermelho pelo sol os cabelos presos no alto da cabeça deixaram para meus olhos disponível a visão de sua nuca, ao me aproximar dela sendo um pouco mais grosseiro notei que naquele momento não poderia mais deixá-la ir os homens de Pricceli a essa altura já perceberam nosso aproximação, então a arrastei de lá e a coloquei no meu carro quando Enrico me avisou que as coisas aviam saído do controle.

Sou um bom piloto de fuga despistar aquele idiota não foi difícil para mim, difícil está sendo encaram essa mulher irritada ao meu lado que me encara fixamente com a sobrancelha arqueada.

- Disse que ia me explica anda logo. - Ela fica ainda mais vermelha com raiva, isso é realmente adorável.

Adorável?

Que porra está acontecendo comigo? Essa palavra nunca fez parte do meu vocabulário.

- Dominic! - Exclama como se eu fosse uma criança desatenta. - Que história é essa de mais ou menos como Dom Corleone você é um mafioso?

SalvatoreOnde histórias criam vida. Descubra agora