Capítulo XX

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Elizabeth

Pricceli não voltou a me amarrar, felizmente, porém o quarto continua trancado, fico andando pelo grande espaço sozinha em busca de alguma forma de sair daqui, mas aparentemente ele pensou em tudo, os vidros da única janela presente no quarto são muito resistentes, acredite eu já tentei quebrar de várias maneiras, porém não teve jeito.

Estou presa aqui e não há escapatória, ao menos que eu o ataque quando ele entrar aqui, o que não é uma solução muito inteligente tendo em vista que provavelmente ele tem essa casa lotada de seguranças armados até os dentes, preciso dar um jeito de sair daqui.

Não vou para Paris fingir ser esposa desse maluco, Deus me proteja para que ele não tente tocar em mim.

Argh!

O que será que Dominic está fazendo agora?

Será que está me procurando ?Será que ficou muito puto comigo por ter tentado protegê -lo?

Provavelmente sim, mas não me arrependo do que fiz, se aquela bala tivesse atravessado a cabeça de Dominic nunca me perdoaria.

– Vejo que já está de pé, minha linda.  A voz de Pricceli me desperta de meus pensamentos, ele entra no quarto com um grande sorriso e uma moça que parece ser sua empregada, caminha logo atrás dele com uma bandeja em mãos. – Essa é Carolina, ela irá te servir enquanto não viajamos, não se preocupe será por pouco tempo.

– Pode me chamar para o que precisar senhora. – A moça coloca a bandeja sobre a cama e assente timidamente com a cabeça sem me encarar de fato, pobre garota tão novinha e me parece tão sofrida.

– Obrigada. – Digo e ela sorri levemente, antes de murmurar um "com licença" e deixar o quarto.

– Não precisa agradecer os empregados, o trabalho deles é nos servir querida. – Ele diz e se senta na cama, colocando a bandeja na minha frente. – Coma, você me parece um pouco abatida e preciso de você forte para nossa viagem amore mio. - Ele me encara de um jeito intimidador e penso em recusar o alimento, porém estou perto de um homem que obviamente tem problemas de controle, então devagar começo a tomar a sopa.

Ele ri como se alguém tivesse contado uma piada muito engraçada e me assusto um pouco.

– Que bom que gostou da sopa, preciso de você forte, aliás esse vestido deve estar te incomodando por que não trocou? – Pergunta e fico confusa por um segundo.

– Trocar pelo que? – Pergunto com cautela e ele ri ainda mais.

– Ah minha princesa, você não abriu os armários? – Nego com a cabeça e ele caminha até uma das portas. Revelando um closet lotado, em média três portas cheias de roupa e depois mais portas com roupas e acessórios.

Fico sem reação diante o que vejo, aqui tem roupas para umas dez pessoas. Ele comprou tudo isso, desde quando ele vem montando esse quarto? – Devo pedir a Carolina que arrume suas malas com parte dessas roupas, mas se quiser podemos comprar novas em Paris.

– Ah não, essas estão boas. Obrigada. – Murmuro e ele vem em minha direção beijando minha cabeça.

Respiro fundo tentando conter a vontade de vomitar, apesar do medo o nojo que sinto por esse homem é a parte mais sufocante, minha vontade é que de socar toda a cara dele, mas preciso ser inteligente e ter cautela ao lidar com ele.

– Que bom que gostou, comprei tudo conforme seus gostos. – Quão fácil é para esses mafiosos descobrirem a minha vida? – Também tem alguns livros aqui, sei que você gosta de ler. – Apenas aceno com a cabeça, ele começaria a falar novamente mas seu celular começa a tocar, ele antende rapidamente e sai em direção à porta. – Tenho que resolver os últimos detalhes da nossa viagem, te vejo depois , querida! Bon jour. – Diz sugestivo e animado.

SalvatoreOnde histórias criam vida. Descubra agora