Capítulo XXIX

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Dominic

Estaciono o carro em frente ao estabelecimento, que aos meus olhos parece ser velho e sujo, mas mesmo assim está lotado, muitas pessoas entrando e saindo do local, a música alta que posso ouvir daqui e a fumaça que sai de dentro do lugar, o torna ainda pior. Por Deus aonde esse cretino pretendia levar minha Elizabeth? Que bom que estou aqui, pois não gosto nem de imaginar a possibilidade de Elizabeth ficar aqui sozinha nessa espelunca com aquele merdinha.

– Uau, tá lotado né?Já esteve aqui antes? – Pergunto com receio.

– Não. É a primeira vez, mas se tá cheio quer dizer que é bom, vamos. – Ela abre a porta do carro e respiro fundo antes de fazer o mesmo e sair, tô vendo que hoje vai ser uma noite do caralho, Elizabeth me espera sair do carro e pego em sua cintura, preciso que ela fique perto de mim, esse lugar não me parece seguro, e quero mantê-la longe desses bêbados nojentos ou hoje terei que quebrar a cara de alguém.

Caminhamos até a entrada do bar e conforme nos aproximamos a música vai ficando ainda mais alta, o cheiro de cigarro barato me atinge e sinto vontade de vomitar, por Deus custa comprar um cigarro de qualidade pelo menos? Assim que pisamos no local, como um maldito perseguidor aquele Mark acena para nós.

– Oi, que bom que veio. – Ele diz quando nos aproximamos da mesa, ele vai mesmo me ignorar? Filho de uma cadela.

– Pois é, tá bem cheio aqui é sempre assim? –,Elizabeth diz enquanto puxa uma cadeira e se senta, faço o mesmo.

– É porque hoje é noite de karaokê.

– Ah é mesmo, você me disse. – Elizabeth olha em volta e resolve nos apresentar já que aquele garoto não tem um pingo de educação. – Oi, sou Elizabeth, e esse é o meu noivo Dominic.

Adoro quando ela me chama de noivo.

Mesmo ainda não sendo, não oficialmente.

– Dominic? Você não seria Dominic Salvatore, o fodão do ramo imobiliário? – Um outro cara na mesa pergunta com os olhos brilhando em surpresa.

– Sim, sou eu mesmo. – Não estou me gabando, eu sou realmente o fodão em tudo que faço.

– Está gostando de Nova York, Sr. Salvatore? – A mesma mulher que me secou durante a manhã pergunta arrastando meu nome em uma falha tentativa de ser sexy.

– Não é Roma, sabe? - Brinco e eles sorriem, menos é claro o babaca mor. – Mas é uma bela cidade.

– Sim, é mesmo, espero que tenha sido bem recepcionado. – Pisca os olhos e sorri.

– Ah, ele está, pode ficar tranquila. - Elizabeth responde e a mulher a olha feio, a outra moça na mesa ri baixinho e os caras parecem ter entrado em outra conversa.

Até que eles não são de todo mal, conversamos sobre vários assuntos e apesar de ser algo diferente para mim, afinal nunca me encontrei assim com pessoas que não fossem da máfia apenas pra jogar conversa fora, sem tocar no assunto trabalho.

A comida apesar de gordurosa, como tudo nesse lugar, era muito boa e acho que Elizabeth adorou afinal comeu como se não houvesse amanhã, ela apenas bebericou sua cerveja levemente, e eu não tomei um gole de álcool hoje, afinal estou dirigindo e preciso ficar de olho nela, algumas pessoas sobem no palco para a tal noite do karaokê e chego a conclusão que esse tipo de evento não deveria existir, afinal essas pessoas não fazem ideia de como cantar e bêbadas ficam ainda mais desafinadas, o que é um pesadelo para os meus ouvidos.

– Nossa mas será que ninguém aqui sabe cantar? – Elizabeth questiona e nos rimos.

– Fala como se fosse uma profissional. – A loira irritante diz com tom de deboche.

SalvatoreOnde histórias criam vida. Descubra agora