Salvatore

Capítulo XXI

Pricceli

– Já está tudo pronto Jonas? –Pergunto para meu braço direito, enquanto me dirijo ao meu quarto.

– Sim, Sr.Pricceli, daqui duas horas partimos em direção à pista onde, os Sr. e Srta.Moore irão tomar o avião.

– Sra.Pricceli.– Grito em direção à ele. Burro! Quantas vezes terei que repetir? – Ela será minha esposa em pouquíssimas horas.

– Sim Senhor, perdão. – Se desculpa e minha raiva diminui um pouco. Não gosto quando ele me faz ficar repetindo as coisas.

– Saia daqui e prepare logo o carro, avise também Carolina para terminar de arrumar as malas de minha esposa e que a ajude a se preparar para a viagem. – Ele acena com a cabeça e entro no quarto, seguindo para o banheiro com um grande sorriso no rosto.

Está tudo dando certo, Liza está contente de estar comigo, como eu já esperava, ela está aceitando muito bem a ideia de passar a vida toda comigo, eu sei que ela me ama era só uma questão de tempo até perceber, seremos muito felizes juntos, e para melhorar tudo à essa hora Dominic Salvatore já deve estar morto!

O pensamento faz com que uma risada escape da minha boca. Espero que tenham comprido com o combinado de filmar tudo, para que eu e Liza possamos ver seus últimos minutos enquanto saboreamos um bom champanhe, no nosso jatinho em direção à Paris, enquanto ele está sendo comido pelos vermes de sua espécie.

Que dia feliz para Luccelo Pricceli!

Tomo um banho demorado enquanto meus pensamentos voam para um futuro que não é muito distante, um futuro no qual eu tomarei posse da máfia Salvatore, no qual acordarei todos os dias com minha linda esposa para me satisfazer, preparar minhas refeições, lavar minhas roupas, cuidar do nosso lar, e das minhas necessidades com toda sua dedicação.

E talvez futuramente dividir sua atenção, não completamente é claro, com alguns filhos. Será perfeito! Tudo será perfeito para nós, após sair do banho, me visto com um dos meus armanis, coloco meu relógio cartier, e meu par de sapato italiano de coro favorito.

Caminho até o quarto de minha futura esposa, quando entro a encontro sentada com as mãos entrelaçadas sobre o colo, ela está de cabeça baixa, me parece perdida em pensamentos.

– Querida? – Chamo e ela me olha no mesmo instante, parece até assustada. – Está pronta para sair?

– Sim.. eu só, preciso usar o banheiro antes. – Ela diz sorrindo um pouco e apenas assinto, deve estar nervosa com o casamento.

– Claro, tome seu tempo. Estarei te esperando lá em baixo, Carolina irá descer suas malas. – Saio contente para esperá-la na sala, suspiro feliz. Está correndo tudo bem.

Dominic

Poucos minutos após dar o comando, já estávamos na rua, organizados em três carros, chamei meus homens de maior competência e confiança para executar essa missão, afinal não vou arriscar a vida de Elizabeth, ela é muito importante para todos que tem o prazer de conhecê-la, ela paga de durona, mas na verdade é uma das pessoas com o coração mais puro que já conheci, não merece estar passando por tudo isso.

Seu celular que acabou ficando na limusine, não parou de tocar em quase nenhum momento, sua irmã Jane, não para de telefonar ou enviar mensagens, o mesmo acontece com seu pai, não sei o que dizer a eles.

Não sei como dizer ao Sr.Moore que por minha causa a filha dele foi levada por um psicopata vingativo em potencial, nesse momento preciso me concentrar inteiramente em trazê-la de volta sã e salva.

Pelo que o homem falou, nos planos de Pricceli ele levará Elizabeth à pista onde se encontra o avião e logo em seguida partirão em direção à Paris, como ele providenciou tudo isso sem ninguém perceber? Um mistério.