Capítulo IX

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Elizabeth.

Com certeza estamos perdidos!

Há mais de meia hora estamos zanzando pelo mesmíssimo lugar, como eu sei disso? É quarta vez que passamos por essa mesma placa de sinalização, mas quando eu tentei falar Dominic afirmou que era apenas um atalho que ele tinha pegado, não sei que atalho é esse no qual você passa quinhentas vezes.

– Nós estamos perdidos, peça ajuda. – Digo já irritada por ele ser tão teimoso.

– Nós não estamos perdidos, só tendo algumas dificuldades com o caminho.

– A sua dificuldade com o caminho é que você não consegue encontrá-lo! Ligue o GPS e chegamos lá rapidinho.

– Eu não tenho GPS aqui. – Diz como um garotinho mimado, chega até fazer um biquinho engraçado quando ele franze as sobrancelhas.

– Ótimo, então vamos pedir ajuda. – Saio do carro escutando ele chamar meu nome, mas sigo firme em direção à pequena lojinha de conveniências.

Entro na lojinha e me dirijo ao rapaz que se encontra no balcão, ele me parece jovem espero que entenda inglês, se eu falar devagar e talvez sorrir, quem sabe ele não me acha simpática e me dá um mapa.

– Oi, hmm... Eu acabei me perdendo no caminho será que você poderia me ajudar a chegar em Garda? – O garoto me olha com os olhos esbugalhados e diz com a voz trêmula.

– Sim, nossa a senhorita me desculpa, mas você é a mulher mais linda que eu já vi. – Awnt que garoto..

– Filho da puta! Está cantando ela? – Dominic grita como um louco, e o pobre do garoto arregala ainda mais os olhos e dá um passo para trás.

– Não senhor,.. eu... eu sinto muito, só estava elogiando.

– Pois não elogie. – Diz grosso.

Quem ele está achando que é?

– Você é realmente um ogro estúpido não é Dominic?

– Qual é o problema agora, Elizabeth? – Se vira para mim entediado.

– Meu problema é você! Pare de agir como se tivesse algum direito sobre mim.

Ele apenas respira fundo, pega um mapa que está sob o balcão e empurra para o garoto junto com um maço de cigarros. Desde quando ele fuma? Quando nos conhecemos ele só faltou fazer uma palestra sobre o quanto isso seria prejudicial à minha saúde e faz a mesma coisa? Imbecil.

O garoto do caixa apenas efetua a compra calado, Dominic pega a sacola quando o menino termina e sai sem dizer uma palavra, porém entendi que ele esperava que eu o seguisse, sorrio amigável para o rapaz me despedindo. Toda minha simpatia vai embora quando encontro Dominic fumando na calçada com uma mulher extremamente sorridente a sua frente.

Dominic.

Elizabeth está fazendo de propósito não é possível!

Tudo que ela faz tem o objetivo principal de me irritar. Para começo de conversa o que custava ter me falado desde o começo que não tinha um namorado? Beijar aquela mulher foi sem dúvidas a experiência mais intensa da minha vida, e olha que eu já passei por muitas coisas, e muitas camas, o pior é que foi só a porra de um beijo!

Estava tudo muito bom até eu lembrar que ela tinha um homem que também a beijava assim, o que me deixou com muita raiva, saber que esse homem não existe me aliviou um pouco, não fiquei bravo com ela por descobrir sua mentira, fiquei bravo comigo mesmo por me importar tanto. Então preferi me afastar o máximo possível dela, nunca fui dependente de alguém e não posso me sentir assim tão vulnerável agora e nem nunca.

SalvatoreOnde histórias criam vida. Descubra agora