Elizabeth.
Assim que aquele maldito louco me ligou sai correndo de casa, ódio incendiou todo o meu corpo, ele teve a audácia de dizer que minha menina era filha dele, esse homem está completamente descontrolado, ele poderia continuar me infernizando, mas não com a minha filha!
Antes de sair peguei uma das pistolas de Dominic, preciso ter como me defender caso ele tente atacar a mim ou a minha filha. Usei a saída dos fundos para não alarmar as seguranças, mas levo meu celular comigo sei que Dominic terá como me encontrar.
O caminho até Nova Jersey dura no máximo quarenta minutos, mas como estou com muita pressa dirijo esse carro praticante voando, provavelmente tomei umas quinze multas mas não dou a minima para isso, minha filha está nas mãos daquele psicopata! As suas ordens por telefone foram claras, eu deveria vir sozinha não poderia avisar à ninguém para onde estava indo e assim que chegasse na entrada da cidade eu deveria ligar para ele, para que ele possa me levar até o buraco que encontrou.
Estou estacionada em um posto de gasolina há uns quinze minutos esperando por ele, meu celular toca no bolso incansáveis vezes com chamadas de Dominic, mas não posso atendê-lo agora, as ordens de Pricceli foram claras se o Dominic estivesse comigo ele mataria Rachel, e não posso nem por um segundo arriscar a vida de minha filha. Minutos depois vejo ele se aproximar com um carro cinza. Observo a placa e desvio o olhar quando ele se aproxima de mim, seus olhos brilham em pura loucura, respiro fundo e ergo a cabeça, preciso ser forte por minha filha.
– Ciao amore. – Diz com seu sorriso psicopata e tremo por dentro, ele segura meu braço e beija meu rosto, resisto ao enjoo que sinto quando ele me toca.
– Cadê minha filha?
– Calma, ela está em casa. – Diz e meu coração dispara. Ele deixou minha filha sozinha? Meu Deus.
– Então vamos logo, por favor. – Preciso chegar logo nessa casa, uma recém nascida sozinha em uma casa, ela pode cair, pode estar com fome ou com frio.
– Vejo que está animada! Eu também estou, então vamos. Você vai deixar o seu carro aí, quero também seu celular.
Já imaginava que ele fosse fazer esse pedido, então trouxe o celular de Antonella comigo também, irei entregar o meu. O dela tem um rastreador que Dominic havia instalado, ela já havia comentado sobre isso, escondi no enorme blusão que estou usando.
Quando entrego o celular e as chaves do carro ele guarda no bolso e me arrasta até o carro. Assim que dá partida arremessa as chaves e o celular pela janela, aperto minhas mãos e tento acalmar meu coração que bate descompassado no peito.
– O que está fazendo? – Pergunto quando o vejo tirar um lenço do bolso.
– Vou te vendar, sinto muito querida, mas eu não confio em você. – Diz e amarra o pano sob meus olhos.
Respiro fundo tentando manter a calma e fico quieta prestando atenção nas movimentações do carro, creio que dez minutos depois paramos o carro. Ele desce primeiro e logo depois tira a venda de meus olhos, onde observo uma rua pacata com várias casinhas brancas padrão, observo uma casa com telhado azul no fim da rua, mas não tenho mais muito tempo pois ele me empurra com brutalidade até a casa, subo os degraus da entrada rapidamente e assim que entro na casa escuto o chorinho de minha filha, lágrimas vem aos meus olhos e meu coração se contorce no peito. Minha gatinha!
Observo ao redor e a vejo no sofá, corro em sua direção me afastando de seu toque asqueroso e pego minha filha nos braços a abraçando com força, não resisto as lágrimas que acabo deixando cair ao segura-la contra mim.
– Oh minha filha, não chore meu amor, a mamãe tá aqui. – A balanço e percebo que ela está com fome, pois esfrega a cabecinha contra mim. Maldito filho da puta, deixou minha filha com fome.
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Salvatore
RomanceElizabeth Moore é uma mulher determinada e independente, sempre teve um espírito livre e acreditava ser sua própria alma gêmea. Mas quando parte em direção a Itália para acompanhar o casamento de sua irmã mais nova se depara com um homem que mudará...