Capítulo XXXI

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– Grávida? Ah meu Deus. –Dominic sussurra e sinto sua mão apertar a minha com mais força e ficar gelada. Ah não, acho bom esse filho da puta não surtar agora.

– Acho que a Senhora está enganada, não tem como eu estar grávida. – Digo pra médica que começa a pegar um aparelho para realizar o ultrassom, essa mulher é surda?

– Não é o que indicam os seus exames Senhorita Moore. A Senhorita com certeza deve ter sentido algum sintoma, sua menstruação não atrasou?

– Bom, ela é sempre atrasada, ainda mais devido a um... acidente que eu sofri recentemente, está no prontuário, acabou desregulando meus hormônios tenho certeza que foi isso.

– Não, Senhorita Moore, os seus níveis de betahcg são indiscutíveis, a senhorita chegou aqui devido à náuseas, tontura, dores de cabeça, azia, são sintomas básicos do primeiro trimestre de uma gravidez.

– Ou de uma intoxicação alimentar. – Ela liga o aparelho me ignorando completamente.

– Bom, só há um jeito de termos certeza então, vamos fazer um ultrassom. – Ela sai da sala rapidamente e volta com um aparelho para realizar o exame, será que ninguém aqui me escuta?

Segundos depois imagens surgem no monitor todo borrado, oh puta merda.

– Está vendo? Bem aqui? Tem um bebezinho.

Encaro a tela completamente petrificada, como assim um bebê? Eu.. mas que cassete faz todo o sentido, desde que conheci Dominic tudo passou como um flash, eu quase não lembrava de tomar o anticoncepcional, eram escassos as vezes em que nos lembravamos de usar camisinha, e agora vamos ter um bebê, nunca falemos sobre filhos, nunca me imaginei mãe, oh não e se meu filho me odiar?

– Ei! Ei! Ei! Tem alguma coisa errada! – A médica diz e meu coração dispara, alguma coisa errada? Não pode ter nada errado com o meu bebê aposto que essa vaca não sabe fazer isso direito.

– O que? O que está errado? – Dominic praticamente grita e avança sobre a máquina. – O que está acontecendo com nosso filho?

Nosso filho.

Nosso filho.

Eu e Dominic, o cara que conheço há pouco mais de três meses e pelo qual me apaixonei completamente, teremos um filho! Um bebê, nosso.

– É que ...

– É que, o que? - Grito, essa mulher já tá me irritando. – Fala logo, ele tá bem?

– Sim, está sim, fique calma, é que... são dois.

Dois!? – Eu e Dominic exclamamos ao mesmo tempo.

– Sim, dois bebês, aqui! – Ela indica na tela. – Não consegui ver antes pois a resolução da imagem não estava muito boa, então o que estava na frente apareceu primeiro, mas olhe aqui. – Faz um círculo em volta da primeira bolinha, agora posso ver os dois circulozinhos. – Vamos ouvir os corações?

Ela liga o som e então escuto a desregular sinfonia dos batimentos, alto e forte, posso ouvir o som do coração dos meus filhos.

Meus filhos, dois, se acho que não dou conta de um imagina dois, meu Deus o que vou fazer? Bebês choram, gritam, fazem muito cocô.

– Bom.. – A medica continua. – Vou chamar um obstetra, para conversar melhor com vocês, ainda mais por ser uma gestação gemelar. Com licença! – Ela sorri e deixa a sala com a imagem dos meus bebês congelada na tela.

– Caralho! Porra! Puta que o pariu. – Dominic exclama e começa a andar de um lado para o outro respirando fundo antes de começar a rir desesperadamente. – Aí meu Deus! Vamos ter dois filhos! – Vem na minha direção e ataca minha boca. – Isso é.... maravilhoso. – Abre um sorriso que faz minhas pernas temerem.

SalvatoreOnde histórias criam vida. Descubra agora