– Tá fazendo o que aqui Dominic?
– É muito bom ver você também, não vai me convidar para entrar? – Ele avança e fecho mais a porta.
– Não. E como você conseguiu o endereço da minha casa? – Ele sorri de lado e por um segundo quase esqueço da vontade que estou de arrancar a cabeça dele fora.
– Ah Elizabeth está me perguntando isso mesmo? Poderia te encontrar até no inferno.
– Ah é mesmo? Então você já pode ir indo pra lá. – Tento fechar a porta e ele coloca o pé me impedindo. Cretino! Continuo forçando a porta até ele gemer de dor.
– Aí sua maluca! Quase arrancou meu pé. – O rosto dele ficou todo vermelho, acharia até fofo se não estivesse com muita raiva.
– Pois se você não sair da minha frente agora eu arranco seu pinto! Eu não quero mais falar com você Dominic, sua carta foi muito específica, estou seguindo em frente.
– Por favor, me deixa te explicar o que aconteceu, sei que fui um filho da puta com você, mas eu fiz pelo seu bem..
– Ah para com isso! Você não é o salvador da pátria, pare de agir como se fosse, nunca precisei ser cuidada por você e sempre tentei deixar isso bem claro, mas parece que você não entende!
– Mas, Lizzie..
– Não me chama de Lizzie! Não fala comigo, você disse o que queria e assim será feito, agora sai da minha frente!
– Você tem que procurar me entender..
– Não, eu não tenho não, pegue suas justificativas e enfie todas elas no seu..
– Será que vocês dois poderiam parar de gritar! - Tobby, um garoto magrelo e meio emo que mora no apartamento da frente abre a porta e nos encara. Droga estava gritando?
– E quem é você? – Dominic com sua postura imponente questiona, mas o garoto parece não se abalar e a fumaça que sai de seu apartamento me da indícios do porquê.
– Só um cara afim de ter um pouco de paz, quer gritar, vai gritar na rua.
– Escuta aqui seu moleque... – Dominic vai na direção do garoto, mas seguro seu braço o impedindo, ah esse braço, forte e tão tornado, da vontade de.. Não! Foco Elizabeth! Foco.
– Tá legal Tobby, ele já está indo embora. – Continuo com o braço no dele e o guio até as escadas.
– É esse tipo de gente que você tem como vizinho Francamente. – Diz esnobe enquanto inspeciona o lugar com os olhos.
– Para de reclamar parece a minha mãe. – Sinto ele ficar tenso por alguns instantes. – E não é da sua conta o tipo de gente que compõe a minha vizinhança.
– Mas é claro que é, quero você bem e um drogado raquítico não me parece ser boa companhia. – Passamos pelo porteiro e aceno levemente para o homem que nem fez o favor de me avisar que um louco completo estava subindo.
– Isso não lhe diz respeito, seja lá o que veio fazer aqui desista. Já entendi o seu recado, te esqueci e aparentemente você fez o mesmo bem antes de mim, então.. Só me deixa em paz, ok?
– Não. Elizabeth! – Vou me afastando aos poucos e entro no prédio rápido. Felizmente ele não me seguiu.
Subo para meu apartamento o mais rápido possível, não sem antes fazer uma nota mental de reclamar com esse porteiro, ao chegar no meu apartamento tranco a porta e pego um copo d'água.
Não acredito que ele veio até aqui, o que ele quer comigo?
Me atormentar mais ainda?
Me fazer gostar dele novamente para depois quebrar meu coração outra vez?
Não importa o que seja eu não vou permitir. Não dessa vez!
Focar no trabalho é o que tenho que fazer, não pensar em Dominic, pego meu notebook em cima da mesinha de centro e vejo se a secretaria da Sra.Stevens já me mandou, os horários e a lista de empresários envolvidos na campanha. Pelo que li tendo que estar lá as oito e meia da manhã, com meu projeto quase pronto e apenas tirar as fotos do modo que eu queira.
Sim vai dar tudo certo, começo a ler a lista de empresários e congelo.Nem fodendo.
Dominic Salvatore, CEO la fiori d'ouro
Ele só pode estar brincando comigo!
Dominic.
Ela só pode estar brincando comigo!
Sabia que seria difícil reconquistá-la, mas não a esse nível, parecia pronta para arrancar minha cabeça fora, eu a magoei demais, Nelly estava certa fui um pouco egoísta a tentar tomar decisões por ela sem ao menos consultá-la, porém fiz na melhor das intenções e espero que ela possa compreender isso e vir logo ficar comigo, pois esse local que ela mora não é nem um pouco seguro, e se algo acontecer com ela? O porteiro é um vagabundo, os vizinhos parecem ocupados demais fumando ou fazendo sei lá o que, aquele lugar é um ambiente horrível, isso porquê mandei alguns seguranças vigiarem ela, incompententes nem pra me dizer que ela morava naquele pulgueiro prestaram, porém apenas nos meus maiores devaneios ela aceitaria vir morar comigo, porém sonhar é de graça e a esperança é a última que morre.
Meu telefone toca no bolso e atendo logo em seguida ouvindo a voz histérica de minha irmã.
– E aí como é que foi?
– Ela me chutou pra fora do apartamento dela. – Digo enquanto entro no carro e sigo até meu apartamento no Upper East Side. Comprei para quando precisasse ficar em Nova York, nunca imaginei que viria passar uma temporada aqui rastejando por uma mulher. Lamentável.
– Ela o que? – Nelly pergunta e começa a rir desesperadamente.
– Você já esperava isso não é? – Pergunto retoricamente.
– Sim, mas não deixa de ser engraçado. - Ela respira fundo antes de continuar. – Ok, vai ter que se esforçar mais, mostre a ela como você se importa, aqui na Itália ela conheceu sua rotina, agora é sua vez garotão.
– Pois é, que eu tenha paciência para esse lugar.
{....}
Ao chegar no meu apartamento, me jogo no sofá pouco usado e começo a pensar no que Nelly me disse, o que posso fazer para me interar mais a vida de Elizabeth? Poderia pedir um dossiê, mas sei que não foi isso que Nelly quis dizer quando me mandou conhecer a rotina dela.
Cazzo estou completamente perdido não sei por onde começar, ela não quer me ver nem pintado de ouro, com sua razão afinal tive que ser frio naquela carta ou ela não se desligaria de mim, e infelizmente consegui o que eu queria.
Ligo meu celular para pedir essa coisa que eles chamam de pizza aqui, nada comparado ao que se tem na Itália, mas por hoje vai servir. Aproveito para checar as minhas mensagens e encontro uma de minha secretária informando da tal sessão de fotos com empresários imobiliários. Aí cassete tinha esquecido completamente dessa merda, mas agora não tenho como desmarcar, peço a minha secretária para checar quem será a equipe que fará a campanha, preciso sempre saber se não há algum infiltrado atrás de mim. Poucos segundos depois ela me envia uma lista dos integrantes da agência de publicidade.
Fotógrafa auxiliar: Elizabeth Moore
Oh porra! Parece que o destino está finalmente começado a sorrir para mim.
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Salvatore
RomanceElizabeth Moore é uma mulher determinada e independente, sempre teve um espírito livre e acreditava ser sua própria alma gêmea. Mas quando parte em direção a Itália para acompanhar o casamento de sua irmã mais nova se depara com um homem que mudará...