Finalmente Melania e Gustavo chegaram ao local e quando Darcy colocou os olhos na noiva, um remorso tremendo tomou conta de si. Ele estava encarando Elizabeth incessantemente há poucos minutos, enquanto a mulher que estava em sua vida há um bom tempo, se arrumava para surpreendê-lo. Por um momento ele sentiu-se um completo cafajeste, só por ter pensado em tantas coisas absurdas sobre àquela garota que acabara de conhecer. Talvez fosse seu nome que o impressionara, Darcy não saberia dizer ao certo, na realidade não era um grande fã de literatura inglesa. Porém, obviamente havia lido o livro do qual sua mãe tirara inspiração para o seu próprio nome. Ainda assim, isso não fazia diferença para ele, não pensava que estivesse destinado a se apaixonar por uma Elizabeth ou coisa do tipo. De modo que, logo descartou a possibilidade de ter sido atraído devido a esse motivo. Darcy não acreditava em destino; consequentemente, custava a aceitar que independente do século que estivessem, o coração de um Darcy sempre pertenceria ao de uma Elizabeth, mais precisamente, àquela que ele conhecera recentemente.
"Então o que é?", se perguntou em pensamento.
— Oi, amor. - Melania veio em sua direção, trazendo os olhares de todos ao redor para o casal.
— Que bom que está aqui. - Darcy sussurrou no ouvido da noiva e lhe deu um beijo rápido.
— Podem parar com essa pegação aí, aqui é um lugar público. - Gustavo interferiu em tom de brincadeira. - Tudo bem, amigo?
— Oi Gus, que bom que finalmente vocês chegaram, estou bem e você? - Respondeu educado.
Entretanto, por dentro, sentia o coração levemente acelerado, Elizabeth havia olhado de esguelha em direção a ele disfarçadamente, assim que sua noiva se aproximou.
— E o que temos de bom nessa festa interiorana? - Melania interrogou o noivo, passando os olhos ao redor com desdém.
Só frequentava aquele tipo de lugar por ele, pois preferia mil vezes jantares chiquérrimos com pessoas da alta sociedade, à ralé.
— Bom, precisamos fazer uma social aqui. Afinal, será bom para os meus negócios na região. - Darcy explicou.
— E as mulheres? Temos mulheres bonitas por aqui? - Gus perguntou interessado.
Diferente do amigo, ele não era de se relacionar por longos períodos, gostava mais de ser um homem disponível, até tinha breves casos, mas nenhuma mulher o prendia mais do que uma semana. Era o seu prazo recorde, quando Gustavo gostava muito da companhia, costumava vê-la durante esse tempo. Depois disso, seu coração volúvel já estava de olho em outro par de pernas, olhos, ou o que quer que lhe chamasse atenção na mulher em questão.
— Veja com seus próprios olhos. - Darcy esquivou-se.
Não queria se comprometer, aquela resposta fora bem estratégica e diplomática.
— Aqui, no máximo você encontrará mulheres fedendo a estrume de vaca. - Melania comentou sorrindo para o primo.
— Não seja maldosa, a cidade é industrializada, apesar de ser interior. As garotas daqui não fedem a estrume. - Darcy ofendeu-se, pensando imediatamente em Elizabeth.
Ela sem dúvida tinha seus encantos e não se encaixava na descrição da sua noiva, de modo algum.
— Então quer dizer que já bateu o olho em alguma? - Ela indagou franzindo o cenho para ele.
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Um pedido à estrela cadente
RomanceElizabeth Boaventura fazia o tipo tranquila, gostava de mergulhar em um romance e outro frequentemente. Sem pensar que um dia encontraria um amor só dela. Lizzie só não imaginava que sua vida sofreria uma reviravolta considerável. Quando o pedido es...