Capítulo 6

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Finalmente Melania e Gustavo chegaram ao local e quando Darcy colocou os olhos na noiva, um remorso tremendo tomou conta de si. Ele estava encarando Elizabeth incessantemente há poucos minutos, enquanto a mulher que estava em sua vida há um bom tempo, se arrumava para surpreendê-lo. Por um momento ele sentiu-se um completo cafajeste, só por ter pensado em tantas coisas absurdas sobre àquela garota que acabara de conhecer. Talvez fosse seu nome que o impressionara, Darcy não saberia dizer ao certo, na realidade não era um grande fã de literatura inglesa. Porém, obviamente havia lido o livro do qual sua mãe tirara inspiração para o seu próprio nome. Ainda assim, isso não fazia diferença para ele, não pensava que estivesse destinado a se apaixonar por uma Elizabeth ou coisa do tipo. De modo que, logo descartou a possibilidade de ter sido atraído devido a esse motivo. Darcy não acreditava em destino; consequentemente, custava a aceitar que independente do século que estivessem, o coração de um Darcy sempre pertenceria ao de uma Elizabeth, mais precisamente, àquela que ele conhecera recentemente.

"Então o que é?", se perguntou em pensamento.

— Oi, amor. - Melania veio em sua direção, trazendo os olhares de todos ao redor para o casal.

— Que bom que está aqui. - Darcy sussurrou no ouvido da noiva e lhe deu um beijo rápido.

— Podem parar com essa pegação aí, aqui é um lugar público. - Gustavo interferiu em tom de brincadeira. - Tudo bem, amigo?

— Oi Gus, que bom que finalmente vocês chegaram, estou bem e você? - Respondeu educado.

Entretanto, por dentro, sentia o coração levemente acelerado, Elizabeth havia olhado de esguelha em direção a ele disfarçadamente, assim que sua noiva se aproximou.

— E o que temos de bom nessa festa interiorana? - Melania interrogou o noivo, passando os olhos ao redor com desdém.

Só frequentava aquele tipo de lugar por ele, pois preferia mil vezes jantares chiquérrimos com pessoas da alta sociedade, à ralé.

— Bom, precisamos fazer uma social aqui. Afinal, será bom para os meus negócios na região. - Darcy explicou.

— E as mulheres? Temos mulheres bonitas por aqui? - Gus perguntou interessado.

Diferente do amigo, ele não era de se relacionar por longos períodos, gostava mais de ser um homem disponível, até tinha breves casos, mas nenhuma mulher o prendia mais do que uma semana. Era o seu prazo recorde, quando Gustavo gostava muito da companhia, costumava vê-la durante esse tempo. Depois disso, seu coração volúvel já estava de olho em outro par de pernas, olhos, ou o que quer que lhe chamasse atenção na mulher em questão.

— Veja com seus próprios olhos. - Darcy esquivou-se.

Não queria se comprometer, aquela resposta fora bem estratégica e diplomática.

— Aqui, no máximo você encontrará mulheres fedendo a estrume de vaca. - Melania comentou sorrindo para o primo.

— Não seja maldosa, a cidade é industrializada, apesar de ser interior. As garotas daqui não fedem a estrume. - Darcy ofendeu-se, pensando imediatamente em Elizabeth.

Ela sem dúvida tinha seus encantos e não se encaixava na descrição da sua noiva, de modo algum.

— Então quer dizer que já bateu o olho em alguma? - Ela indagou franzindo o cenho para ele.

Um pedido à estrela cadenteOnde histórias criam vida. Descubra agora