Capítulo 28

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— Liz, foi tudo perfeito. - Cecília jogou-se na cama, sonhadora.

— Me conta tudo, quero detalhes! - A Boaventura do meio sorriu grande para a irmã, sentindo-se bem melhor.

Elizabeth, no fundo, tinha um pouco de receio de que Cecília não perdoasse Gustavo. Porém, vendo-a tão exultante, percebeu que, não importava o que acontecesse, aqueles dois haviam de se acertar.

— Ah, Lizzie. Gus me mandou um bilhete marcando um encontro, por meio de um gurizinho tão fofo. - Cecília não conseguia desfazer o sorriso. - De início eu fiquei balançada, metade de mim queria ir e a outra ainda tinha receio por tudo o que aconteceu. Contudo, decidi ouvir o que ele tinha a dizer, confesso que não me arrependi.

— E o que Gus fez para mudar teu pensamento? - Elizabeth mal se continha de felicidade pela irmã.

— Bem, ele preparou um jantar à luz de velas no terraço daquele prédio gigante saindo da cidade. Ah, foi tudo tão perfeito! - Ela suspirava de contentamento. - Gus me explicou tudo o que aconteceu e pediu perdão, disse que trocou o número de celular para ninguém mais nos incomodar.

— Então você confia nele? - Lizzie queria ter certeza dessa informação, do contrário, de nada adiantaria continuarem.

— Sim. - Cecília estava convicta, seus olhos não emanavam mais aquela dúvida costumeira.

— Que bom, minha irmã. Fico feliz por vocês. - E correu para abraçar Cecília.

No outro dia pela manhã, no entanto, quem estava a flor da pele era Elizabeth

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No outro dia pela manhã, no entanto, quem estava a flor da pele era Elizabeth. Darcy chegaria juntamente com o crepúsculo, aquecendo completamente o coração de Lizzie. Portanto, com Gustavo e Elizabeth no mundo da Lua, o dia passou mais rápido do que ambos poderiam imaginar.

Ao sair do escritório, Elizabeth mal respirava, o coração queria saltar do peito, batia aceleradamente, desesperado. Tudo por que, finalmente, ela iria encontrar Darcy. Fazia menos de duas semanas que ele viajara. Mesmo assim, a sensação em seu interior era que ela não o via há séculos. Afinal, mal tiveram tempo para apreciarem um ao outro, tudo acontecera rápido demais, sem dar aos dois chances de se prepararem. Consequentemente, uma coisa foi levando a outra e ali estava Elizabeth. Com as mãos trêmulas, respiração descompassada, olhar afiado, tentando avistar o quando antes a silhueta de seu amado. Ela não tinha mais duvidas quanto a isso, era Darcy, assim como em orgulho e preconceito. Tinha de ser ele, caso não fosse, Lizzie não se sentiria a ponto de transbordar, exatamente como uma represa.

Ela queria transbordar, mas em seus braços.

Elizabeth, pela enésima vez, espiou ao redor buscando encontrar os olhos brilhantes de Darcy. Imediatamente, sentindo ainda mais falta daquele olhar tão profundo, olhar que a fez se apaixonar ainda mais naquela viagem.

Tudo o que ela queria era confortar o coração afoito, no abrigo dos beijos cálidos de Darcy. Então, após o décimo suspiro de ansiedade; finalmente ele apareceu. Darcy, por sua vez, trajava um suéter escuro, evidenciando a pele alva e destacando ainda mais os olhos que Elizabeth tanto amava.

E, quando os olhares se cruzaram, ambos souberam, tinham encontrado a pessoa certa.

— Lizzie, que saudades! - ele correu para abraçá-la, sentindo o seu perfume floral.

Enquanto Elizabeth mal conseguia proferir palavra, ainda tentava controlar o ritmo de seu coração. Que, por sinal, teimava em bater desenfreado, como se estivesse bombeando sangue demais.

Por fim, finalmente ela conseguiu dizer algo:

— Que bom que está aqui, senti tanto sua falta. - as palavras sairam engroladas de sua boca, devido ao caleidoscópio de sentimentos que sentia.

— Eu estou, não vou há lugar algum agora. Aqui é onde eu devo estar, Lizzie, ao seu lado. Esses dias serviram para eu ter ainda mais certeza disso. - Darcy afagava os cabelos de sua amada com muito zelo e carinho, como se, de alguma forma, com um movimento em falso ele pudesse machucá-la.

Porém, no fundo Darcy já sabia, jamais poderia feri-la. Aquele receio que sentia anteriormente, há muito tinha se esvaído, conforme o amor por Elizabeth cada vez mais tomava conta de todo seu coração.

Era ela, Darcy não ousaria mais duvidar desse sentimento.

— Promete que vai ficar aqui? Comigo? - Darcy sorriu abertamente ao ouvi-la, sentira tanta falta de sua voz, de seu cheiro, de seus lábios...

— Prometo, Lizzie.

E, enfim, Darcy aproximou-se para beijá-la novamente, era tudo o que ele queria, senti-la em seus braços. Como na noite em que se beijaram banhados pela água agitada do mar. Por Darcy, aquele momento seria congelado no tempo, para que nada nem ninguém pudessem interrompê-los ou separá-los, Darcy asseguraria isso.

Mas, sobretudo, constatou que ambos teriam todo o tempo do mundo para se amarem, ele não precisava mais temer o contrário. Lizzie não fugiria; e, Darcy, por sua vez, jamais a deixaria.

Um pedido à estrela cadenteOnde histórias criam vida. Descubra agora