Forcei os olhos ao acordar quando senti vários beijos por a minha cara. Testa, bochecha, nariz, queixo... Sorri sem abrir os olhos e senti lábios contra os meus, dando-me um cumprimento matinal bem caloroso. Ah, como é bom acordar ao seu lado.
– Bom-dia, meu amor. – Disse rouco no final do beijo. Como eu amava quando ele me chamava de "meu amor".
– Bom-dia. – Acarinhei a sua face e voltei a puxa-la para mim, beijando-o novamente. Hoje ninguém me tirava a boa disposição.
Puxei a sua face mais para mim enquanto aprofundava o beijo. Levei as mãos até ao seu cabelo e comecei a massajar o couro cabeludo com as unhas. Senti a sua mão numa das minhas pernas e puxou-a para cima da sua cintura, fazendo o meu joelho roçar no seu membro, levemente erecto. Ah, já? Ou seria a famosa erecção matinal? Passeava a sua mão por toda a minha coxa causando-me leves arrepios. Estávamos ali, colados um ao outro, numa quarta-feira de manhã, sem saber que horas eram, apenas concentrados em nós.
– Sim, eu digo-lhe e ela fala já cons.... – Ouvi a voz de Sisi ecoar pelo quarto. Assustada, larguei o Justin e tapei-me mais com o cobertor que tinha sobre mim, sentando-me na cama. Sisi estava à porta do quarto, que não tivera sido fechada desde ontem, com o telefone ao ouvido, olhando boquiaberta para nós. A situação poderia ser constrangedora, no fundo até era, mas como era Sisi o problema não era assim tão grave. Não quero nem imaginar se fosse o meu pai a apanhar-me numa situação como esta.. – Ah, Sr. Miller? – Falou para o telefone. Porra! Ela estava a falar com o meu pai!Lembrei-me que ontem não lhe chegara a responder à mensagem. Ele deveria ter ficado preocupado. – Ela agora não pode falar, está um bocadinho ocupada. – Dizia enquanto me olhava. Justin estava super descontraído, deitado com os braços atrás da cabeça e ria da situação. – Mais tarde eu peço para ela lhe ligar, tudo bem? – Esperou que ele lhe respondesse. – Hm hm, fique descansado. Eu tomo conta de tudo e certifico-me que não vem ninguém cá a casa, inclusive rapazes! – Deu ênfase na palavra "rapazes". Justin ria baixinho. Até tenho de concordar de que a situação estava a ser um pouquinho engraçada. – Tudo bem, Sr. Miller. Até logo. – Desligou a chamada e levou as mãos à cintura, esticando uma perna e sobrecarregando o corpo na outra. – Mas o que é que vem a ser isto, meus meninos?! – Ela não conseguia fingir-se de zangada.
– Bom-dia também para ti, Sisi. – Disse Justin. – Também tenho saudades tuas e obrigado por me achares cada vez mais lindo. Agradece à minha mãe. – Tive de rir do que ele dissera. Sisi também não aguentou e riu.
– Mas o que é isto? – Apontou para o quarto, fazendo círculos com o indicador. – Vocês voltaram? Não me contou nada, menina Bianca!
– Não contei porque não havia nada para contar. – Voltei a deitar-me e aconcheguei-me sobre o peito do Justin.
– E com que então, houve festa ontem à noite, ahm! – Sisi apanhou o papel que guardava o preservativo com a ponta dos dedos e estendeu-o no ar. Encolhi os ombros envergonhada. – Lá se foi, né menina Bianca? – Assenti enquanto ria. Percebi que ela falava da virgindade. – Já estava à espera, mas sinceramente pensei que ainda fosse cair na lábia do Espanhol bonitão. – Comprimi os lábios e arregalei os olhos para ela, repreendendo-a. Justin não conseguia ver a minha face por estar de lado em cima do seu peito.
– Se eu já estou para acabar com ele, se ele fizesse isso, matava-o. – Justin pronunciou-se.
– Ele não gosta do Leonardo. – Murmurei para Sisi.
– Não gosta dele porquê? – Sisi perguntou a Justin. – Vê nele um forte candidato à sua altura? – Brincou.
– O meu pé é mais bonito que ele inteiro. – Justin tirou o pé debaixo do cobertor e esticou-o no ar, fazendo-nos rir. – Não tenho problemas de concorrência com ele.
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Uncover
FanfictionProvas de amor é um benefício que todos os apaixonados saboreiam em receber, é a prova de uma verdadeira sanidade mental. Mas nada vai mais além que uma prova consumada de fidúcia. Uma relação que não abranja confiança, sobreviverá de quê? Uma relaç...