Capitulo 19

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POV JUSTIN

Dava passos largos em direcção à cozinha enquanto ouvia o meu telemóvel a tocar. Era Thomas que me ligava, às onze e meia da noite. Mas o que é que ele quereria a esta hora da noite? Menti à Bianca ao dizer que era a minha mãe. Já sabia qual iria ser a sua reacção ao dizer que eram eles que me ligavam, então preferi jogar pelo seguro.

– Diz bro. – Atendi.

– Méquié Bieber? – Gritou do outro lado da linha. – Tudo numa boa? Tudo na paz?

– Andas-te na erva da boa, Thomas.

– Eu só uso erva da boa e olha que esta soube-me mesmo bem. – Gargalhou descontroladamente.

– Mas diz lá, o que é que queres?

– Era para vires ter connosco, para veres o serviço que fizemos esta noite.

– Que serviço? – Não me lembrava de termos combinado nada.

– Não é bem um serviço, foi uma coisa que.... Opá, apeteceu-me.

– Estás com quem? – Perguntei ao ouvir gritos por trás da sua voz.

– Oh! – Gritou. – Como é que tu te chamas? – Ouvi alguém falar, mas não consegui perceber. – Ah, sim, Josh. Estou com o Josh. – Revirei os olhos por o seu estado ser critico.

– E o que é que vocês fizeram?

– Oh bro, isso tens de vir ver... Mas Foda-se! Aviso-te já, foi muito bem dada.

– Drogas-te alguma miúda?

– Mano, daqui a 10 minutos vem à casa abandonada.

– Eu não posso, Thomas!

– O tempo está a contar. – Desligou a chamada sem que eu lhe pudesse responder.

Mandei o telemóvel para cima da bancada enquanto pousei as minhas duas mãos abertas sobre ela e bufava de olhos fechados. Era só o que me faltava! Como é que eu ia sair daqui a estas horas? Que desculpa é que eu dava à Bianca? Comecei a ouvir o som de saltos a chocalhar no chão, a chegar à cozinha. Procurei rapidamente por um copo e enchi-o com água da torneira, bebendo tudo de uma só vez.

– O que é que a tua mãe queria? – Perguntou Bianca ao chegar à cozinha. Coloquei o copo na bancada e virei-me para ela que estava extremamente sexy, encostada à bancada com a mão na cintura. Arrependo-me todos os segundos das merdas que fiz só de olhar para a sua face inofensiva. Como é que eu fui capaz?

– Ela... – Engoli a saliva que se tinha acumulado por baixo da minha língua. – Ela pediu para eu ir lá a casa. – Tinha de inventar algo plausível para conseguir sair de casa aquela hora.

– Mas nós acabámos de vir de lá. – Endireitou-se e franziu-me a testa.

– Pois, mas.... Ela é assim, o que é que eu posso fazer? – Dei de ombros e aproximei-me dela, puxando-a pela cintura. Ela colocou uma mão em cada antebraço meu e acarinhou-os. – Aproveito e trago algumas roupas para vestir amanhã.

– Queres que eu vá contigo?

– Não é preciso, meu amor. – Depositei um casto beijo na sua testa. – Eu volto rápido. – Ela assentiu e eu larguei-a, tirando o meu telemóvel de cima da bancada e guardando-o no bolso. – Até já. – Mandei-lhe um beijo e pisquei-lhe o olho. Ela retribuiu com um sorriso junto de um aceno e virou-me as costas, abrindo o frigorífico, dando-me a bela visão do seu redondo traseiro. Mordi o lábio inferior e saí dali em passos rápidos, quase a correr até à porta. Sisi estava tão fixa na televisão, que nem deu por a minha saída.

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