Capitulo 25

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POV JUSTIN

Saí da casa da Bianca com a raiva a transparecer-me por todo o lado. A discussão não me saia da cabeça. Como é que ela o defendia tanto? Como é que ela tinha a coragem de me comparar a ele e no final, ainda ter a lata de dizer que ele é melhor que eu? Depois de toda a forçosa discussão, consegui ter certezas de que eles eram mais chegados do que aquilo que eu imaginava e que ele era claramente uma pedra no meu sapato, uma barreira no meu futuro com a Bianca. Não iria pensar duas vezes. Tinha veracidades do que iria fazer esta noite.

Esta noite todos os meus problemas com ele iam acabar, já que era o fim dele.

Fui para casa e assim que entrei, vi que a minha mãe dormia no sofá. Sorri com a sua paz e serenidade durante o sono. Curvei o tronco sobre ela e depositei-lhe um leve beijo na sua carregada maça do rosto, acordando-a.

– Hmm... – Espreguiçou-se no pequeno sofá de cabedal que enfeitava a sala. – Já chegas-te meu amor? – Sentou-se, enquanto esfregava os olhos.

– Sim, mas vou sair outra vez. – Sentei-me ao seu lado. – Hoje à uma festa na escola.

– Vais com a Bianca? – Perguntou sorridente. Adorava aquele seu sorriso de felicidade. Daria a minha vida para a ver sorrir assim, 25 horas por dia.

– Não, a Bianca não vai. Vou com os rapazes. – Passei a língua por entre os lábios. Manias viciantes.

– Passa-se alguma coisa com vocês? – Agarrou a minha mão e acariciou-a. Ela adorava a Bianca e temia que eu ficasse mal com ela de novo.

– Não, está tudo bem. A Bianca não quer ir á festa, então eu vou com eles. – Dei de ombros.

– Trocas-te a tua namorada por uma festa, Justin Drew Bieber? – Perguntou incrédula em tom de brincadeira. – Isso não é coisa de homem.

– Eu não a troquei. Eu estive a tarde toda com ela lá em casa e ela não se importa que eu vá à festa. – Acariciava a sua mão também. – E para além disso, é só uma noite.

– E a que horas é a festa?

– Já começou. Vim só a casa trocar de roupa. – Aconcheguei-me no sofá.

– Vieste a casa só trocar de roupa e estás assim? Deitado no sofá? – Ri, assentindo. – Vai-te despachar, seu preguiçoso! – Levantou-se e agarrou na minha mão, tentando levantar-me do sofá, mas eu tinha mais força que ela. É, já passei aquela fase do medo das fortes palmadas dela.

– Já estou a ir, Senhora chata! – Levantei-me num salto e beijei-lhe o rosto, indo seguidamente para o meu quarto.

Entrei no quarto, e enquanto me dirigia á casa de banho ia despindo a minha t-shirt, mandando-a no fim para o chão. Sentei-me sobre a sanita e descalcei os ténis, deixando-os de qualquer maneira ali. Levantei-me e desabotoei as calças, deixando-as cair por as pernas e tirei o resto com os dois pés despindo também as meias. Liguei a água e antes de entrar, olhei-me ao espelho. Quê? Gosto de ver a minha cara antes de ir para o banho. Certifiquei-me se a água estava na temperatura que queria, após aprovar, despi os boxers e entrei.

Passava as mãos por o cabelo enquanto a água descia por todo o meu corpo. Inclinei a cabeça para a frente para sentir a água a bater-me nas costas e fechei os olhos apreciando a sensação de relaxamento muscular. A hora do banho era dos únicos momentos do dia em que eu tinha para poder reflectir sobre tudo.

Era inevitável. Cada vez que eu fechava os olhos, via a Bianca à minha frente. Sempre foi assim desde que a conheci. Isto pode parecer a coisa mais gay de sempre, e talvez até o seja, mas desde o dia em que eu a pedi em namoro à dois anos atrás eu senti que era ela. Era ela a rapariga certa para mim. Era ela que deveria ficar ao meu lado o resto da minha vida. Era ela que deveria ser minha. Ela não fazia parte do padrão habitual das raparigas de hoje em dia, e era isso que me cativava mais nela. Todas se tentam enquadrar em mim, tentam agradar-me, mas ela não. Ela diz tudo aquilo que tem a dizer, em se importar se me irá magoar ou não. E eu gosto disso! Foi por ela se diferenciar dessa maneira, por ser tão única, que eu me apaixonei por ela. Ela nunca me desiludiu, nunca me magoou, nunca me deixou. Mas eu.... Eu sim, já a desiludi, já a magoei e já a deixei. Fui o maior estúpido, otário, palerma, tudo o que me queriam chamar, à face da terra por lhe te feito o que fiz. Ela é tudo e eu sou um nada. Isso leva-me a pensar se eu realmente mereço uma rapariga como ela. Uma extraordinária e apaixonante rapariga como ela.

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