Part 13

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Dinah estava no banheiro, nervosa. Ela deveria trocar de roupa, colocar a camisola... Só que era aquela camisola, sabe? Ela não estava exatamente à vontade.

Foi então que ela se decidiu pela maior invenção do mundo: o roupão de chiffon. Leve, lindo e não deixaria ninguém suspeitar que ela estivesse – em suas próprias palavras – seminua. Saiu do banheiro, encontrando Normani sentada na cama, provavelmente a esperando, ela já estava de pijama.

–Eu acho que tenho um creme em algum lugar – disse Dinah, abrindo seu lado do armário.

–Aqueles perfumados, de patricinha?

–É, Idiota.

–Eu vou ficar cheirando a rosas ou algo parecido?

–Humm – Dinah leu o rótulo do potinho. – Romã e frutas vermelhas.

–Romã não é uma fruta vermelha?

–Não, por quê?

–Porque romã é vermelha – respondeu Normani, enquanto Dinah se sentava na cama.

–E daí? Framboesa é roxa e é uma fruta vermelha.

–Framboesa não é roxa, é azul marinho.

–De onde tirou isso?

–Sempre foi assim.

–Tanto faz, você prefere ficar deitada de costas ou sentada?

–Deitada.

–Então está fazendo o quê sentada?

–Não vai pedir para eu tirar a camisa?

–Quer que eu coloque uma roupa de médica, também?

–Uma vez eu tive um sonho assim.

Dinah ficou vermelha, roxa, ela teve a bizarra sensação de que se podia fritar um ovo no seu rosto, de tão quente.

–Aah, desculpe, escapou – Normani disse, e Dinah ficou ainda mais vermelha. Normani riu – estou brincando.

–Idiota.

–Precisava ver o seu rosto. Estava muito vermelho.

–Com razão, você ainda não tirou a camisa? – perguntou Dinah, ansiosa por mudar de assunto.

Normani riu, tirando a camisa e colocando-a sobre o criado-mudo.

–Você é uma peste – resmungou Dinah, colocando creme nas próprias mãos.

Normani não a ouviu, cruzando os braços sob o travesseiro e relaxando os ombros.

Dinah se sentou sobre os próprios joelhos, respirando fundo, como se estivesse prestes a realizar uma cirurgia, ou criar o próximo Frankstein.

Apoiou as palmas das mãos sobre seus ombros, acariciando – massageando obrigatoriamente, corrigiu seu cérebro – seu pescoço em movimentos suaves com os polegares. Percorreu seus ombros em movimentos circulares, chegando ao meio de suas costas.

Dinah se concentrava nos movimentos, totalmente alheia ao mundo exterior, como se fosse só ela e Normani ali. A pele de Normani era bem macia e um tanto rígida ao toque.

Normani fechou os olhos.

Era bom, muito bom, fazia tempo que alguém não a acariciava assim. (O que é a massagem? Sucessão de carícias que proporciona bem estar. Ou seja, é carinho, refletiu Normani mais tarde).

E Dinah era tão... Cuidadosa? Carinhosa? Suave? Ela quase não usava força. Extraordinariamente bom.

Dinah voltou a massagear seus ombros e seu pescoço, seus dedos roçando às vezes em seu cabelo.

The Experiment - norminah version ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora