Part 35

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Quando Dinah saiu do banho Normani não estava mais no quarto, Dinah prendeu o cabelo em um rabo de cavalo e desceu as escadas, um pouco incerta. Decidira o que iria fazer, mas quando contaria a Normani? Segundo o roteiro, ainda tinham que jantar, Normani tinha que fazer massagem nela, darem um beijo de boa noite e dormirem abraçadas. Quando contar, afinal? "Não no jantar", decidiu Dinah, escorando-se no corrimão da escada para a sala.

"Não sei como Normani vai reagir, então é melhor esperar. Na hora da massagem... não... tenho que olhar para Normani quando falar, ou não vou conseguir. Na hora do beijo, ou de dormir? Oh, não posso enrolá-­la todo esse tempo!"

–Você fica mais bonita de cabelo solto – disse Normani, fazendo Dinah se sobressaltar.

Normani estava em um sofá da sala, mudando os canais distraidamente. Vestia uma camisa branca de algodão e short, o mesmo de sempre, então por que o coração de Dinah falhara uma batida?

–Aah. Isso foi um pedido? – perguntou Dinah, incerta se Normani estava tentando fazer as coisas voltarem ao normal ou simplesmente a pressionando.

–Não. Não exatamente.

Mas Dinah soltou o cabelo.

–O que está assistindo? – perguntou Dinah, depois de alguns minutos em silêncio.

–Nada – respondeu Normani, ainda mudando de canais. – Não consigo encontrar nada interessante.

–Ah.

E Dinah não teve coragem de dizer mais nada, gostaria de ceder ao impulso de chorar como uma criança e contar tudo para Normani agora, tirar aquela expressão de naturalidade do rosto de Normani.

Normani não poderia ficar impassível depois de dizer que a amava, poderia? "Mas eu não respondi", Dinah fungou.

Normani se virou para Dinah instantaneamente, se amaldiçoando por isso.

–Eu... eu vou arrumar a mesa – murmurou Dinah, se levantando.

–Não precisa. Não estou com fome agora.

–Nem eu – respondeu Dinah, saindo.

Normani franziu o cenho para si mesma, Dinah estava querendo adiantar as coisas. "Mas para quê? O que Dinah queria fazer depois do jantar? Ou talvez, sugeriu uma vozinha maligna na sua mente, Dinah só queira ficar sozinha para poder pensar ainda mais, ou chorar um pouquinho". Normani sentiu um aperto no coração, largando o controle sobre o sofá, elas estavam agindo como idiotas completas, pensou Normani, fazendo uma retrospectiva: "Ela percebeu ontem à noite que a amava; Hoje, lançou duas ou três indiretas a Dinah, que se irritou com isso; Tentou relaxar um pouco. Descobriu que as duas não se odiavam mutuamente como sempre disseram; Teve um momento romântico perfeito; A beijou enquanto a lua surgia; Disse que a amava; Dinah não respondera; As duas sofreram com isso e estavam aqui, quase sem se falar, como duas crianças birrentas".

O pior era que Normani não tinha forças para levantar e conversar com Dinah. A conhecia por tempo suficiente para saber que Dinah tinha tudo planejado e que, se estava agindo assim e adiantando o jantar, era porque tinha algo em mente, Normani só esperava que isso envolvesse um eu também.

X­­­-X

–Pode vir. Não sei quem a cozinhou, mas a torta está com um cheiro bom.

Normani assentiu, se levantando e desligando a televisão, as duas se sentaram uma à frente da outra, e Normani a serviu como se esse fosse um hábito antigo.

–E voltamos às nossas tendências alcoólatras? – perguntou Normani, vendo a garrafa de vinho.

Dinah sorriu.

The Experiment - norminah version ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora