Part 32

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Dinah rolou os olhos.

–Me dê isso – e Dinah pegou a folhinha. -7º ­ Fazer um coração na areia da praia de novo.

–Alexa está ficando sem criatividade, não acha? – comentou Normani.

–Melhor assim – opinou Dinah.

Normani riu, se levantando.

–Vamos logo.

Dinah a seguiu, ela percebeu que os cabelos de Normani pareciam perfeitamente macios, se lembrou da sensação de enroscar os dedos ali e estremeceu. Lá fora, o Sol brilhava intensamente.

–Que horas são? – perguntou Dinah.

–Não sei. Talvez três ou quatro.

–Hum – fez Dinah. – O tempo está passando rápido hoje.

Normani sorriu, semicerrando os olhos contra o Sol.

–Isso é uma forma indireta de mostrar que gosta da minha companhia?

–Ei. Você disse isso para mim outro dia.

–E eu gosto da sua companhia – explicou Normani com simplicidade.

Dinah deu de ombros, desconfortável.

–E eu consigo sobreviver à sua.

Normani riu.

–Você é péssima em inventar desculpas.

–Não sou não – defendeu-­se Dinah, sem pensar.

–Ah, é? – perguntou Normani, rindo.

–Argh, Normani, poupe-me de você. Será que o coração que fizemos anteontem vai estar aqui ainda?

–Provavelmente não. Deve ter ventado, chovido... não sei. Podem ter pisado em cima dele.

–Ai, que horror.

Normani riu.

–Vem. Vamos fazer um aqui ou melhor, você vai!

Normani pegou um pauzinho e estendeu para Dinah que rolou os olhos.

–Você ainda não aprendeu a fazer um coração?

–Não – retrucou Normani. – Por favor, venerada mestra, mostre-me.

Dinah ameaçou bater em Normani com o pauzinho; Normani riu. Num gesto lento e preciso, calculado, Dinah desenhou um coração. Perfeito.

–Está vendo? minhas críticas são construtivas. Esse aqui não ficou com um lado maior que o outro – comentou Normani.

–Cale a boca. Escreva seu nome.

Normani o fez, sorrindo.

–Essa é uma coisa tão idiota para se fazer – comentou Dinah, escrevendo o próprio nome embaixo do de Normani.

–Por quê? – perguntou Normani, se sentando na areia.

–Aah... talvez porque a areia é algo muito fácil de se desfazer – disse Dinah, se sentando à esquerda de Normani e abraçando os próprios joelhos.

–Então, tudo bem escrever o nome em uma árvore, porque ela é sólida e firme, o que significa confiança e segurança – disse Normani, compreendendo o que Dinah queria dizer.

–Exatamente. Já a areia, qualquer ventinho desfaz.

–E é muito mais fácil escrever o nome na areia.

–Sim. Na árvore, é preciso escolher o lugar certo, onde a madeira se permite ser cortada. É preciso ter uma faca, ou um canivete.

–A não ser que se tenha unhas compridas demais – sugeriu Normani, fazendo Dinah rir.

–É, a não ser que se tenha unhas compridas demais – suspirou Dinah.

O Sol estava brilhando, não havia nenhuma nuvem no céu e soprava uma brisa marítima deliciosa. Dinah mordeu o lábio.

–Não parece o cenário perfeito? – Dinah se perguntou no que Normani estava pensando.

–Sim. O tipo de lugar que se vê nos filmes, quando os protagonistas estão se beijando.

–Isso foi uma indireta? – perguntou Dinah, rindo.

Normani riu também, passando o braço ao redor dos ombros dela. Dinah enrijeceu.

–Só vou te abraçar – disse Normani, tranquilizando-­a.

– O próximo item é caminhar, podemos ficar alguns minutos aqui.

Dinah suspirou.

–Só por que o cenário está perfeito.

–Continue dizendo isso para si mesma.

Dinah rolou os olhos, rindo, mas repousou o rosto no ombro de Normani, com a mão livre, Normani pegou a mão direita de Dinah e a passou ao redor da própria cintura. Dinah parecia hesitante, mas Normani logo sentiu-­a relaxar, Normani inspirou o perfume suave do cabelo de Dinah, fechando os olhos. Era aquela sensação perfeita, de que havia só elas no mundo, de que Dinah ficaria ali com Normani para sempre... de que as duas se completavam perfeitamente. Normani quase cedeu ao impulso de dizer isso a Dinah, mas se lembrou de que havia prometido a si mesma ir mais devagar.

Contentou-se, então, em sorrir para si mesma e abraçá-­la mais forte. Porque, naquele momento, Normani sentia que o tempo parara.

Eram só Normani e Dinah. E nada poderia ser mais certo.

The Experiment - norminah version ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora