Revisado por: Luiz_Monteiro
Um mês antes do surto do Oliver...
Os primeiros raios da manhã invadiram o quarto, segundos depois o despertador tocou. Aquele som era irritante, na verdade tudo me irritava ultimamente. Fazia exatamente uma semana depois do show da Beyoncé no Made in América. E nessa semana tinha acontecido tanta coisa que parecia que tinham se passado anos. Eu descobri que Linkin ia ser pai, uma mulher que saiu das cinzas do inferno querendo as crianças, Scott e eu sofremos um acidente e de uma hora para a outra a minha vida tinha virado assunto para programas e instagrans de fofoca. Tudo em uma semana. Dava para acreditar?
Olhei no relógio e marcava 06:12 do dia 16 de setembro de 2015. Suspirei.
Levantei da cama e fui tomar banho e me trocar, quando coloquei a farda da escola eu fechei os olhos, pensando como o meu ambiente que eu tanto amava tinha virado um inferno.
Saí pelo corredor e a casa já estava ganhando vida. Eu já podia ouvir as coisas sendo feitas na cozinha. Entrei no quarto de Ângelo para acorda-lo, mas Guilherme só chegava depois das 10h, pouco antes de Anjo voltar da escola. Ele relutou para acordar, mas depois que estava de pé não demorou ate estar pronto. Seguimos para cozinha onde nos reunimos pela manhã.
Todos estavam lá. Menos Gabriel, o que não era surpresa nenhuma. Marina estava muito felizinha e não desgrudava os olhos do smartphone.
— Bom dia — disse a todos. Não demorou muito Katy e Declan já estavam no meu apartamento para tomar café da manhã como sempre. Os meus ferimentos já estavam bem melhores, apenas me incomodavam um pouco, mas não ficariam cicatrizes.
Fomos para escola logo em seguida, o clima não estava muito bom lá, apesar da minha coordenadora ter me dado todo o apoio, eu podia ouvir os comentários maldosos por parte dos meus colegas de trabalho, sempre era possível ver eles com celulares comentando publicações que me chamavam de corno ou algo do tipo.
Scott ainda não tinha descoberto quem tinha vazado a informação, mas particularmente aquilo me irritava. A manhã passou rápido, logo o quinto tempo bateu e eu fui para a sala dos professores, a porta de entrada dava para um corredor antes de sair na sala dos mestres de fato, assim que pisei no corredor eu pude ouvir.
— Viu que o Oliver levou um chifre? — perguntou o professor de língua portuguesa, o mesmo que tinha dito que eu não precisava trabalhar porque meu marido era rico.
— Eu vi no Facebook — disse a de matemática — uma pena, ele é um rapaz tão legal.
— Bem feito — disse o cara — quem manda casar por dinheiro.
Não era a primeira vez que aquele cara falava algo desse tipo, eu não costumava rebater ou intimidar ninguém, mas aquele sujeito já estava me enchendo. Entrei na sala propriamente dito, eles tomaram um susto, só tinha ambos na sala.
— Eu posso ate ser corno como esses perfis de fofoca dizem — falei indo para o meu armário e deixando algumas coisas nele — mas eu ainda sou rico e essa escola ainda tem acionistas.
Então eu me virei para eles.
— E se eu fosse acionista, demitiria professores que cuidam da vida alheia e contrataria novos que realmente quisessem trabalhar — falei.
— Bem típico de garoto mimado que tem tudo na vida — disse ele. Eu já estava tão cheio daquele cara que por um minuto eu perdi a cabeça e dei um soco na cara dele. O machão cambaleou e caiu no sofá.
— Agora você vai ganhar a sua promoção — pois eu tinha plena certeza que seria demitido depois daquilo — mas não é porque você é bom, mas sim porque você não é homem suficiente para conseguir isso sozinho.
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Aceito? Aceito! (Romance Gay)
Romance(LIVRO 2 - CONTINUAÇÃO DE " O IRMÃO DO MEU ALUNO"). Oliver Porscher é um jovem professor de 23 anos recém-casado com Linkin Guimarães, um empresário de 28 anos que comanda um quase império do seguimento dos transportes. Os dois ainda em clima de lu...