A dor da perda é algo pelo qual todos passamos, entretanto, cada indivíduo tem a sua forma de lidar com ela. Enquanto alguns vivem o luto ao máximo, outros preferem sufocar o que estão sentindo para transparecer que estão lidando bem com a situação, o que pode trazer problemas no futuro. E você, como costuma reagir ao passar por essa situação?
Eu tinha perdido Oliver, mas para sempre?
Não.
Com certeza, não!
Eu nunca perderia o amor da minha vida para sempre, apenas Deus e a morte tinham esse poder. Eu precisava arrumar a minha bagunça, precisava me redimir. Precisava mudar, não apenas por Oliver, mas por mim.
Eu era um mentiroso, é isso tinha que acabar.
Procurei o controle remoto ao lado da minha cama e apertei um botão. Uma grande claraboia de vidro abriu no teto, a luz do sol pela manhã entrou no meu quarto.
Meu celular tocou, olhei a tela e vi que era Scott.
— Bom dia senhor Linkin — disse ele no tom alegre que de manhã eu odiava.
— Quais são as novidades, garoto? — perguntei.
— Ontem Oliver assinou os documentos — informou.
— Finalmente — disse aliviado — Hoje era o prazo final.
Depois de um suspiro, indaguei.
— Como foi? — disse olhando para o céu azul.
— Ele quis saber o real motivo no dia que eu fui até o apartamento dele — Scott estava medido palavras.
— Suponho que você contou, não foi? — Era mais um problema.
— Você o conhece melhor do que eu, senhor — se explicou — Ele não assinaria sem saber a verdade, contudo ficou de pensar e ontem me enviou uma mensagem dizendo que finalmente tinha assinado, inclusive ele mesmo vai lhe entregar a papelada.
— Tudo bem — disse sentando na cama — chega de mentiras. Você fez o certo.
Ficamos um tempinho calados, o meu assistente sabia que eu sempre precisava de espaço antes de continuar os outros assuntos do dia.
— A equipe de segurança chegou? — perguntei.
— Estão desembarcando em Manaus nesse exato momento — me notificou.
— Ótimo — disse mais tranquilo — e Gabriel?
— Ele chega no início da tarde — disse ele — com a equipe da Policia Federal e membros do FBI para fazer o acordo.
— Certo — disse indo me trocar — Me mantenha informado.
Desliguei.
Fui para o banheiro, tomei meu banho, fiz todos os processos de higiene e voltei para o quarto. Abri meu antigo guarda roupas e vi um emaranhado de ternos, camisas e gravatas. Eu não sabia me vestir sozinho, a que ponto eu estava dependente dele.
Peguei tudo preto, pois não tinha erro.
Assim que me vesti, eu fui tomar café. Os meninos estavam na mesa, não com as melhores caras do mundo, mas estavam mais alegres, fazia quase um mês que estávamos na casa da minha mãe e Gabriel estava péssimo, eu precisava conversar com ele sobre Scott.
— Bom dia meu filho — Dona Martha me recebeu — venha tomar seu café.
— É hoje mãe — disse a ela, depois de lhe dar um beijo e me servi.
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Aceito? Aceito! (Romance Gay)
Romance(LIVRO 2 - CONTINUAÇÃO DE " O IRMÃO DO MEU ALUNO"). Oliver Porscher é um jovem professor de 23 anos recém-casado com Linkin Guimarães, um empresário de 28 anos que comanda um quase império do seguimento dos transportes. Os dois ainda em clima de lu...