A? A! - Capítulo 15 - Tempo.

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Revisado por Luiz Monteiro.

Um pequeno segredo de longevidade no casamento: Namorar todos os dias. O namoro é a fonte de energia para um casamento eterno.

― Como é que é? ― perguntei não acreditando no que ele estava falando.

― Vamos todos esfriar a cabeça ― falou minha mãe.

― Todos pra fora ― disse sem tirar os olhos do meu marido.

― Eu não vou deixar meu filho... ― mas cortei meu pai na hora.

― Pra fora agora, pai ― eu estava bem sério ― isso é só entre mim e ele.

― Vamos, homem ― disse minha mãe levando todos para a cozinha. Quando ouvi a porta ser fechada, indaguei.

― Você está me mandando embora? ― perguntei.

― Não, claro que não ― disse ele se levantando da cama e colocando as mãos atrás da cabeça ― Mas precisamos, como a sua mãe disse, esfriar a cabeça. Pelo menos enquanto a estadia dos seus pais durarem. Vá passar um tempo com eles, eu cuido das coisas aqui.

― Não é me mandando para longe que vamos resolver as coisas, Linkin ― disse magoado.

― Eu sei, sei disso, mas olha a que ponto eu cheguei ― disse ele lagrimando ― Seu pai está certo. Se ele não tivesse chegado, o que eu teria feito?

― Você não pode me pedir para ficar longe por causa de ataque de raiva ― disse entrando em desespero ― Eu também tive culpa, eu escolhi deixar ele me beijar.

― Eu preciso digerir isso, você precisa remediar a situação com seu pai. Essa semana será boa, vou procurar ajuda para o meu ciúme. ― explicou ele.

― Mas eu não vou deixar as crianças com você ― disse firme

― Então eu posso ir pra casa da minha mãe e você fica aqui ― pensou ele.

― Meu pai não vai aceitar ficar aqui ― disse com muito pesar. ― Vamos fazer o seguinte: deixamos os meninos com a sua mãe, ela reclama que nunca mais formos lá e eu vou para casa dos meus pais.

― Tudo bem ― disse ele ― desculpa Oliver, seu pai está certo.

Eu não podia ficar ali ouvindo aquilo dele, então saí sem falar mais nada. Fui para o escritório e me permitir chorar por vinte minutos. Nunca pensei que o casamento seria tão difícil. Depois de um tempinho eu liguei para minha sogra.

― Casa dos Guimarães ― disse a saudosa voz do senhor R.

― Ricardo, sou eu, Oliver ― disse.

― Menino Oliver, quanto tempo ― disse ele.

― Realmente, escute. Martha esta por ai? ― perguntei.

― Sim, vou passar para ela ― esperei o que foi dois minutos e depois a voz da minha sogra entrou pelo meu ouvido.

― Oliver, querido ― disse ela ― que ótimo você me ligar. Eu estava morrendo de saudades de vocês, nem vem mais me visitar.

― Bem, isso vai mudar logo ― disse dando o meio sorriso.

― Como assim? ― perguntou ela mudando o tom de voz de divertido para preocupado.

― Preciso que os meninos fiquem com você uns dias ― pedi.

― Você vai viajar com o Linkin? ― quis saber ela.

― Eu não posso explicar agora, mas não, ah... A gente meio que precisa de uma semana... Um tempo ― tentei dizer

― Como assim um tempo, Oliver? O que está acontecendo? ― perguntou ela alarmada.

Aceito? Aceito!  (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora