Naquela quinta-feira eu tinha ido trabalhar normalmente: de manhã eu fui para a clínica e a tarde eu fui para o núcleo administrativo. A noite eu voltei para casa, porque eu ainda estava de férias. E quando foi as 22:18H...
_Artur: Pronto
Morto de vergonha, mas mandei a parte q faltava pra seu e-mail
_Gabriel: kkkkk vou ler
_Artur: Ai SENHORRRRR kkkk ta bom, leia
(Onze minutos depois...)
_Gabriel: UAAUUUUU
Kkkkkkk
_Artur: Já leu? :o
_Gabriel: Vc se expressa tão bem escrevendo kkk :o poderia se expressar pessoalmente tbm né!
_Artur: E a porra da timidez não deixou
_Gabriel: Ne kkkk Fico encantado com as suas palavras, mas queria ouvir elas J
_Artur: Vai ouvir. Aquele foi apenas um ensaio pra fazer bonito depois <3
Pelo visto eu não tinha escrito nada de repugnante, apenas contei tudo o que realmente aconteceu e ele amou tudo. Eu me sentia aliviado e agora, cheio de expectativas, pois faltava um pouco mais que 24 horas para o sábado chegar e então eu poder beijá-lo novamente. Ainda conversamos por mais alguns minutinhos e antes que eu dormisse, ele me enviou uma música que representa a relação construída por nós: Se eu falo com as paredes, de Os Mamutes. Eu nunca tinha ouvido!
Se eu falo com as paredes, o que é que tem de mais?
Se meus pés esquecem o chão isso me faz capaz
De esquecer um pouco sobre o seu coração
É logo desse que eu não queria abrir mão
Eu já sei
Seu jeito impulsivo logo logo vai me escutar
E aí
Queria tanto lhe dizer
Que eu quero sempre um pouco mais
Ainda penso em nós dois
E juro se você voltar
Eu deixo tudo pra depois
Eu nunca vou me acostumar
Por mais que eu tente te esquecer
Você que me ensinou a amar, meu bem
Hoje sei, sem você não sou ninguém
Nem meu, meu bem
Sem você não sou ninguém
Eu queria não me apaixonar, mas eu não conseguia. Depois de ouvir esta canção, fui dormir tão leve quanto uma pluma, até porque eu tinha que acordar cedo no dia seguinte, pois ainda era sexta-feira e eu teria que repetir a rotina de trabalho da quinta-feira.
Na sexta-feira, tudo foi muito tranquilo e semelhante a quinta-feira, como era de se esperar. A diferença é que a noite eu fui ao supermercado comprar umas coisinhas para o Gabriel comer comigo no sábado. Mas o fato é que, tirando o almoço, acabaríamos não comendo nada das merendas que eu comprei. Afinal, uma coisa era clara: o Gabriel e eu não estávamos tão interessados em comida cozida e sim, carne humana, crua. A nossa carne!
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Refém do Amor
RomanceO presente livro narra a história de dois garotos que nascem e crescem em cenários completamente diferentes e distantes, vivenciam experiências marcantes, até que um dia, desses que a vida nos prepara, o destino resolve cruzar essas histórias. Basea...