CAPÍTULO 13 - Como quebrar o gelo

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Eu precisava quebrar aquele gelo, me soltar um pouco mais, mandar a tensão ir embora. Era o meu primeiro encontro com outro garoto e mesmo ele tentando puxar assunto para quebrar a minha timidez, eu continuava meio nervoso. Decidi esperar o filme passar um pouco para eu me acostumar mais, ou pelo menos a minha vergonha diminuir. O filme é perfeito, interessante e tudo que um casal gay precisa pra relaxar. Ou melhor, corrigindo: qualquer pessoa precisa para relaxar. Ficamos durante uns 20 minutos parados, só assistindo. Uma vez ou outra eu soltava um riso com alguma cena, mas ainda muito tímido.

Mas em seguida, algo tirou a minha concentração do filme. Era o Gabriel se chagando para mais pertinho de mim. Ele deitou a sua cabeça um pouco abaixo do meu ombro esquerdo e começou a fazer um carinho por cima do meu abdômen. As batidas do meu coração aceleraram consideravelmente e ele percebeu isso:

_Gabriel: Tá nervoso?

_Artur: não!

_Gabriel: seu coração ta batendo rápido!

_Artur: deve ser a emoção do momento.

Coloquei a minha mão direita sobre a mão esquerda dele, que fazia um leve carinho em mim, e então o retribuí vagarosamente, com a ponta dos meus dedos. Sei que parece uma coisa boba, mas não foi. Esse simples carinho era muito bom.

As cenas do filme iam rolando e eu deixando a cena do nosso filme rolar junto. Depois de um tempo ele soltou minha mão e começou a acariciar a região do meu peitoral direito, por cima da minha camisa e depois por baixo dela, sempre com movimentos leves. Ele não me olhava enquanto fazia isso, nem eu o olhava, ele simplesmente fazia e eu tentava retribuir me achegando para mais perto dele.

Aquela sensação de tê-lo ali tão perto de mim era incrível. Sentir ele, era incrível. Tocá-lo, era incrível. Tocá-lo de diversas formas, era incrível! O que eu estava sentindo naquele momento era tão bom, que jamais eu havia sentido antes. Esqueci quem eu era, esqueci os problemas, esqueci o que as pessoas achariam de nós. Eu não tinha mais dúvidas que aquela experiência era perfeita e a cada toque dele, fazia tudo ficar mais claro. "O meu coração estava acelerado, mas a minha alma estava tranquila".

De repente o filme começou a travar e não foi só uma vez! Travou uma, travou duas, travou três, travou quatro, travou cinco vezes e eram pausas demoradas. Em meio a essas falhas no carregamento, ele se levantou duas vezes: uma para ir lá na cozinha tomar água e outra, ele me perguntou se poderia fechar a porta da varanda. Eu disse que sim, pois o barulho da rua estava incomodando. Então ele a fechou e voltou a deitar-se comigo. Dessa vez, ele ficou ao meu lado, porém com o seu corpo mais sobre o meu e cruzamos as nossas pernas. O meu coração disparou! Eu comecei a ficar até meio excitado. E de propósito eu falei pra ele, pois queria ver a sua reação:

_Artur: Biel

_Gabriel: Ahm

_Artur: Eu estou ficando excitado

(Ele continuou em silêncio, deitado e apoiado sobre mim! Passou mais algum tempinho e eu estava ficando cada vez mais tenso. Então, repeti novamente aquilo que eu estava sentindo)

_Artur: Biel

_Gabriel: Ahm

_Artur: Eu estou ficando excitado

_Gabriel: e daí?

Então eu apenas relaxei e deixei o meu pau inchar por dentro da minha cueca, formando um volume moderado no meu short. Novamente o filme falhou e isso quebrava a nossa concentração das cenas, até que de tão demorado que estava o carregamento, ele virou sério para mim e disse:

Refém do AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora