Na manhã seguinte eu acordei e o primeiro pensamento que me veio à mente foi ele. Eu estava começando a me apaixonar pelo Gabriel. Tudo o que estava acontecendo entre nós parecia se fortalecer a cada raiar de Sol e agora, eu me tornava mais vulnerável a ser um refém do amor. Meu desejo agora, não era tê-lo somente como um amigo, mas como o meu namorado, mesmo sabendo que poderíamos não ficar juntos por muito tempo.
A semana foi passando e com ela, eu contava novamente os dias para revê-lo. Eu ainda não sabia quando, mas em nosso primeiro encontro ele me prometeu voltar! Aquilo me animava e me motivava a querer mais e mais dele. No entanto, acho que exagerei na dose de paixão e acabei em uma situação nenhum pouco confortável para nós dois.
Era uma noite de quinta-feira, a última daquele mês de janeiro. Eu tinha ido trabalhar normalmente e quando cheguei em casa no final do dia, me encarreguei de aprontar o meu jantar para depois ficar conversando com ele até as 23H. Eu não lembro o porquê, mas por volta das 21:30H nós começamos a discutir nosso relacionamento de uma forma não tão agradável. Ou melhor, nem sei se era o nosso relacionamento em si, mas acho que a forma como nos relacionamos com as outras pessoas.
Outro dia ele tinha comentado comigo sobre ficar na casa de uns amigos, dormir, ir ao cinema... ter um dia legal para curtir. A princípio eu não disse nada, mas fiquei meio enciumado pelo fato dos amigos dele ter oportunidades e momentos assim com ele e eu não. E novamente tornamos a falar sobre esse assunto naquela noite. Ele me contou que na terça-feira iria ao cinema com um amigo e depois dormiria na casa dele por não haver ônibus disponível depois do filme, para a cidade de Missilândia.
Tudo o que eu queria era ter uma oportunidade daquela. De poder sair com ele. De frequentar lugares e espaços legais e sobretudo, românticos, tal qual um cinema é! E saber aquilo me deixou de coração apertado e com ciúmes do amigo dele, pois eu tinha medo de perde-lo. Eu tinha medo do Gabriel estar em uma fase de despedida e querer apenas curtir a vida nos restinhos de dias que lhe restavam por aqui.
Naquele mesmo momento, parei de responder as suas mensagens. Fiquei calado e eu não conseguia imaginar outra coisa senão projetar aquele rolé na minha mente. Saí do WhatsApp e fiquei passeando pelo Instagram e por volta de uns dois minutos sem nos falarmos, até que eu recebi o sinal de uma solicitação de mensagem para conversar comigo no Instagram. No mesmo instante eu verifiquei quem era, mas não conheci. Pela foto de perfil em miniatura circular, me parecia ser uma garota. Quando eu recebo solicitações de amizade ou mensagens de estranhos, eu costumo ficar de orelha em pé, porque já me aconteceu várias vezes de aceitar essas solicitações e me deparar com algumas pessoas mal intencionadas procurando por sexo virtual ou algo do tipo. A mensagem dizia:
_@brunnalbuquerque: Ei, tu estuda na Federal né?
Visualizei essa mensagem, mas não aceitei a sua solicitação. Aguardei mais um pouco e a garota com o nome de Bruna, insistiu:
_@brunnalbuquerque: Desculpa o incômodo
Eu só queria tirar umas dúvidas em relação a entrada pelo SISU
Fiquei pensativo, mas acabei aceitando a solicitação e respondendo:
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Refém do Amor
RomanceO presente livro narra a história de dois garotos que nascem e crescem em cenários completamente diferentes e distantes, vivenciam experiências marcantes, até que um dia, desses que a vida nos prepara, o destino resolve cruzar essas histórias. Basea...