C A P Í T U L O - 32

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Jade Thirlwall

Desde que cheguei a casa de Perrie nunca me senti tão livre e feliz, mesmo com a situação constrangedora pela qual estavamos passando, nunca desde que sair de casa eu me senti tão feliz e segura como me sinto nesse instante, é algo completamente novo pra mim, a felicidade.

Quando Perrie começou a chorar na minha frente por um momento eu não tive reação, como alguém tão forte como ela, alguém que apesar das decepções parecia estar sempre tão feliz poderia estar tão mal e guardar isso para sí o tempo todo? Era angustiante, mas comigo ela nunca mais teria que fazer isso, ao meu lado Perrie poderia ser ela mesma sem medo.

Enquanto ela tomava seu banho para iniciar mais uma semana cheia de trabalhos eu preparei seu café da manhã e liguei para Lauren, perguntando se ela poderia me acompanhar no primeiro ultrassom do bebê. Perrie queria tanto me acompanhar nesse momento, até chorou quando Jesy ligou para lembra-la que hoje teriam uma audiência e Perrie precisava estar lá.

Obviamente eu perguntei se ela queria que eu remarcasse, mas meu pré natal já iria começar tarde, Perrie não queria que atrasasse mais por "sua causa" então eu chamei Lauren para me acompanhar, chamei Leigh-Anne também mas aquele dia ela voltaria ao trabalho desde que suas gêmeas nasceram e sua sogra é quem vai ficar com as bebês para ela. Leigh-Anne estava uma pilha de nervos por isso.

Aproveotei que Perrie estava tomando seu banho para provar o sorvete que ficou no congelador por todo domingo, apesar de ter medo do gosto que aquilo poderia ter eu ainda estava com desejo, e não podia deixar de provar, ao menos com Perrie no banho eu podia fazer careta caso tivesse ruim, assim não à magoaria.

Coloquei o sorvete em uma taça de sobremesa logo após terminar de fritar o bacon e os ovos para o café da manhã, algumas torradas também tinham sido feitas e o mais importante, café, Perrie não podia começar o dia sem ele, e isso eu já tinha decorado. Com muito medo, confesso, sentei-me no balcão e peguei um pouco do sorvete com a colher levando até a boca.

— Perrie fez com tanto carinho, coma isso Jade. — disse para mim mesma, mas aquilo só me desencorajava.

Antes de pensar em mais alguma coisa eu enfiei aquela colher na boca e fechei meus olhos sentindo-o derreter aos poucos e mastiguei um pedaço de morango, abrindo os olhos aos poucos bastante surpresa com aquilo já que estava perfeitamente comestível apesar da cara pouco atrativa.

Delicioso!

— Perrie! — gritei logo após encher mais a boca, precisava comunica-lá desse feito milagroso. — Perrie!

Não demorou quase nada para que ela aparecesse na cozinha com uma metade do cabelo feito e a outra não, olhando assustada para todos os lados da cozinha erguendo um taco de baisebol.

— Ele está aqui, eu acerto a cabeça dele. — ela entrou lentamente olhando desconfiada, mas parou ao me ver saboreando aquela maravilha e fez careta. — Olha, se está fazendo isso para me agradar pare, por favor, isso parece meleca.

— Oh não diga isso. — ri. — Está maravilhoso, muito bom. — comi mais um pouco. — Juro eu e o bebê estamos tão felizes. Obrigado por fazer de tudo para me agradar.

Ela tombou a cabeça para o lado deixando o taco cair no chão, formando um bico fofo nos lábios pintados de vermelho vinho.

— Perfeita é você. — Perrie andou até mim e colocou as mãos em minhas bochechas. — Mande a Lauren gravar cada pequeno movimento do nosso bebê, e a sua reação quando ouvir o coraçãozinho bater. Hoje deve ser marcado o seu julgamento também, mesmo sem o Cooper, conseguimos provas concretas contra ele, ele e os amigos são os culpados. Ele está aparecendo nos jornais o tempo inteiro e estão oferecendo recompensa para quem acha-lo, ele é de fato um traficante proucurado agora, pode se sentir mais segura. — me deu um rapido selinho. — O natal está chegando e seu aniversário também. — Perrie se afastou. — O que quer de presente?

— Você já me faz feliz e isso me basta. — disse e o sorriso de Perrie aumentou. — Não quero nada. Agora vá se arrumar logo, seu café da manhã vai esfriar.

— Qualquer coisa eu prendo meu cabelo, acha mesmo que vou deixar você tomar café sozinha, Jeed? Está enganada. — Perrie deu a volta sentando no lugar vago em minha frente, sorrindo para mim.

...

Olhei para o meu celular pela centésima vez esperando alguma notícia de Lauren mas não vi nada, ela estava há quase uma hora atrasada mas eu relevei, ela tinha começado em um novo emprego aquela manhã, como secretária em um pequeno consultório de odontologia, o dia deveria estar sendo complicado para ela, por isso eu respirei fundo e continuei com a minha espera.

— Está com fome não é bebê? — coloquei a mão na minha barriga. — Mamãe vai cuidar disso, o que acha de um sanduíche, huh?

Sai da sacada andando lentamente até a cozinha quando ouvi o telefone tocar, resolvi ignorar, a casa não é minha e eu não posso atender o telefone dos outros, continuei meu caminho e o barulho irritante parou depois de alguns minutos, mas retornou a tocar, respirei fundo e continuei montando meu sanduíche. Queijo, frango, cebola, tomates, maionese e tudo mais que vi na geladeira, minha fome parecia não ter limites.

O telefone parou de tocar novamente.

Coloquei meu sanduíche no prato e peguei suco de maçã, voltando para a sacada, mas o telefone voltou a tocar. Incrivelmente irritada com aquele barulho, deixei meu lanche na mesa de jantar e fui atender o aparelho. Eu anotaria o recado caso fosse para Perrie, mas se fosse o contrário Carly iria se virar para descobrir.

Carly, querida, é a mamãe.

— Não é a Carly, ela está viajando. — respondi.

Huh, você deve ser a nova empregada... — revirei os olhos, percebendo a primeira semelhança entre ambas. — Pois bem, avise a ela que a vovó chegou aqui hoje, ela está com saudade e doida para vê-la, os primos dela também vieram e os avós por parte de pai também, lembre-a que nosso aniversário de casamento é na próxima semana e eles estão aqui para celebrar isso.

Mas ela não viajou para ver a avó doente, como era possível todos os avós dela e parentes, que até então estavam rezando pela vida da pobre senhora estejam aqui em Nova York?

Diga também que estamos com saudade dela, não vemos ela a quase dois meses e... O que estou falando, você é só a empregada, faça o que eu mandei.

A chamada foi encerrada e meu queixo foi ao chão. Se Carly não estava viajando para ver a avó dela, aonde ela está?






Digam-me vocês, aonde Carly está?

only you • concluídoOnde histórias criam vida. Descubra agora