Perrie Edwards
Fui para casa imediatamente depois da ligação de Jade, completamente sem rumo. Dirigi o mais rápido que pude pelas ruas até chegar em casa, e quando cheguei meu coração apertou.
Jade estava deitada no sofá chorando as mãos em sua barriga, eu mal podia ouvir sua voz quando ela falou comigo, saiu abafada e sofrida. Minha esposa chorava por ajuda, e implorava para que seus bebês não á deixassem.
Meu coração quebrou naquele momento.
Quando chegamos ao hospital ela foi levada sozinha para a emergência, e eu não pude acompanhar, infelizmente. Me sentei na sala de esperar e chorei com a possibilidade dela sair de lá sem nossos bebês. Doía tanto.
— Perrie. — ouvi a voz de minha mãe e levantei a cabeça.
— Mãe. — me levantei indo até ela. — Ela estava chorando tanto.
Mamãe passou as mãos em meu rosto e beijou minha testa, me abraçando forte. Eu estava com tanto medo. Perder meus bebês seria o fim pra mim, o fim para Jade. Nós não vamos suportar essa dor tão grande.
— O que houve? Jade estava tão bem. — mamãe se afastou e olhou em meus olhos.
— Não mãe, eu não sei... Eu... Deveria ter ficado em casa. — tentei parar com meu choro, mas não adiantou nada.
— Não Perrie, não, a culpa não é sua. — minha mãe secou minhas lágrimas. — Você não tinha como saber disso, e eu já liguei pra Norma, ela está vindo pra cá.
Assenti mesmo que no fundo estivesse morrendo de medo, voltei a me sentar em meu lugar e Debie me abraçou pelos ombros, beijando meu rosto diversas vezes e dizendo que tudo ficaria bem.
Meia hora se passou e ainda não tínhamos notícias, eu estava a ponto de surtar, andando de um lado para o outro, Norma já até tinha ligado e dito que estava no aeroporto esperando por seu vôo, mas nenhuma notícia tinha sido dada a nós.
— Eu não estou aguentando do mais essa espera. — disse alto e algumas pessoas olharam para mim. — Quero notícias mãe. — me levantei.
— Fale baixo Perrie, não transforme isso em um circo. — Debie disse.
— Familiares da paciente Jade Thirlwall- Edwards. — uma voz feminina soou alto chamando a nossa atenção. Me virei para ela vendo uma mulher de meia idade, com seu jaleco perfeitamente branco segurando uma prancheta.
— Eu sou a esposa dela. — me aproximei o mais rápido que consegui. — Como estão nossos filhos, eles estão bem? Ela está bem?
Minha mãe também se levantou e veio até nós, ambas olhavamos atentas e preocupada para a médica.
— Jade está bem, e os bebês também, porém ela terá que ficar em observação por algum tempo até que possa voltar pra casa. — disse. — Ela teve um princípio de aborto, mas os bebês já se encontram fora de risco. Jade tem passado por algum momento delicado, ou de estresse? — questionou colocando sua prancheta em baixo do braço, me olhando.
— Bom, ela estava bem até hoje cedo quando sai para trabalhar, mas no tempo em que estive fora eu não sei. — disse.
— Bom, Jade tem dois meses de gestação ainda, os bebês estão grandes e pesados, ela não pode se estressar ou fazer esforço, ainda mais por serem gêmeos, caso ela continue assim os bebês podem nascer antes do tempo ou o pior acontecer. — suspirou. — Os bebês estão começando a ficar com pouco espaço, e isso pode afetar no crescimento deles, mais exames serão feitos e o medico dela terá que acompanhar esses últimos meses de gravidez, pois pode acontecer dos bebês nascerem antes do tempo. Mas de todo modo eles estão bem e vocês podem entrar lá para ver sua esposa. — sorriu gentilmente e eu devolvi o sorriso, mesmo preocupada com tudo o que ouvi, o alívio ainda era maior no momento.
Eu e minha mãe fomos guiadas até o quarto aonde Jade estava, abrimos a porta devagar e entramos. Jade estava pálida, olhando para a janela passando a mão em sua barriga, parecendo realmente pensativa sobre algo.
— Vida. — disse baixo, chamando sua atenção.
Ela virou a cabeça devagar e seus lábios se curvaram num pequeno sorriso, seus olhos brilharam e ela pareceu feliz em me ver.
— Nós estamos bem. — disse baixo. — Alex e Bruna estão bem.
— Sim, eles estão. — fechei a porta devagar, indo até ela.
Sentei na poltrona ao lado da cama e minha mãe parou ao meu lado, com suas mãos em meus ombros.
— Como se sente?
— Com fome. — disse e eu ri. — Mas pensativa.
— Você estava tão bem quando eu saí, o que aconteceu.
Jade torceu a nova parecendo pensar sobre aquilo, e nesse momento em percebi que algo estava errado. Coloquei minha mão sobre a sua e apertei levemente, olhando em seus olhos.
— Me diz, por favor. — pedi baixo.
— Eu acho que talvez Martha deva conhecer e conviver com as crianças. — Jade disse baixo, mas tão baixo que não parecia querer dizer aquilo.
Soltei sua mão e olhei incrédula para ela.
— Ela não vai. — disse com firmeza.
— Ela é a avó. — continuou ainda baixo.
— E eu a mãe, e estou dizendo que não quero.
Parei de falar me lembrando do aviso da médica. Respirei fundo e me encostei no sofá, soltando sua mão.
— Essa não é a hora para falarmos disso, e eu nem sei por que você está tocando nesse assunto.
Ficamos em silêncio, minha mãe se afastou e saiu do quarto devagar para nos dar um momento a sós, Jade voltou a olhar para a janela e eu irritada permaneci em meu lugar, só que parada desta vez, até que as coisas começaram a fazer sentido pra mim.
— Martha esteve na nossa casa? — olhei pra ela.
Jade permaneceu calada.
— Jade fala comigo por favor, ela esteve ou não na nossa casa? — perguntei novamente.
— Sim, ela esteve, nós discutimos e eu passei mal, ela me disse umas coisas e eu...
— A minha resposta ainda é não. — me levantei. — Não e não, não aja como se eu não tivesse nada com isso ou me exclua disso, também são meus filhos e eu tomo as decisões também, e minha resposta final é não, eu não quero que aquela mulher chegue perto deles.
Sem superar por uma resposta eu sai do quarto deixando Jade sozinha.
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only you • concluído
Fiksi PenggemarNÃO PERMITO ADAPTAÇÕES DAS MINHAS HISTÓRIAS. Jade Thirlwall foi acusada de um crime que não cometeu, indo parar atrás das grades, temendo por sua liberdade mas ainda mais temerosa com o que seu ex namorado, e real culpado, poderia fazer com ela caso...