Perrie Edwards
O silêncio dentro do carro chega a ser perturbador, Jade está com a cabeça deitada no banco olhando através do vidro, um olhar triste e solitário, ela já não fala tanto comigo quanto antes e isso é o que mais me tortura e entristece. Em casa as coisas não são diferentes, ela fica no quarto durante todo o dia, não fala nada, apenas chora e arruma as coisas do bebê sem parar.
Eu quero tanto poder ajudar, mas sinto que isso não está ao meu alcance, sinto como se fosse apenas um peso morto e nada que eu faça possa realmente ajudar Jade.
Nós estamos voltando do hospital agora, fomos fazer uma consulta de rotina, ver como Alex está e se está se desenvolvendo bem, e graças a Deus nosso filhote está perfeito, e eu me sinto tão feliz por isso. Pela primeira vez em dias Jade sorriu quando ouviu seu pequeno coraçãozinho bater forte, preenchendo a sala pequena do consultório.
Aquilo me encheu de paz.
Minha última tentativa para trazer de volta o sorriso para o seu rosto é levar ela até nossa nova casa, que já está pronta, como eu tinha prometido. Jesy me ajudou em tudo, para deixar tudo pronto para quando nos mudarmos, o único cômodo da casa que não está pronto é o quarto de Alexsander, eu deixei para que nós pudéssemos fazer isso juntas.
Sem muitas opções eu acabei cancelando a viagem para South Shields, não era a hora de sair do lado da Jade, por mais que ela tivesse insistido para que eu fosse, eu nunca vou deixá-la, ainda mais sabendo que Cooper ainda está solto por aí. Coloco minha mão em sua coxa e olho para ela rapidamente, Jade suspira sem tirar os olhos da janela e coloca sua mão por cima da minha.
--- Estamos indo ver a Lauren? --- Jade perguntou.
--- Não, estamos indo pra casa. --- respondi, olhando para o retrovisor apenas conferindo se o carro dos polícias que estavam conosco para fazer a segurança ainda nos seguiam.
--- Casa? --- Jade se virou pra mim franzindo o cenho e eu sorri. --- Nós estamos na casa da sua mãe, e esse não é o caminho Perrie.
Sorrindo, eu virei na rua aonde está a nossa casa deixando de responder Jade, vendo seu rosto agora num misto de curiosidade e diversão, voltando o olhar para as ruas. Dirigi até o final da rua e então parei o carro, e pude ver o sorriso que se formou no rosto doce de Jade, ela me olhou com seus olhos brilhando e então saiu do carro caminhando até a varanda ainda vazia.
Os policiais saíram do carro e caminharam ao meu lado parando na porta, como sempre faziam. Parei logo atrás de Jade e beijei sua cabeça tirando a chave do meu bolso e entregando em suas mãos.
--- Essa é a sua, agora você pode entrar na nossa casa. --- disse bem próximo ao seu ouvido e ela me olhou por cima dos ombros.
Separando-se de mim, ela foi até a porta e destrancou rapidamente entrando na casa devagar, abrindo a boca surpresa quando viu nossa sala completamente decorada. A sala é grande e bem iluminada, com janelas grandes que permitiam que a luz invadisse o cômodo, Jade deu mais alguns passos indo para o centro da sala esquecendo a porta aberta.
Ela olhou tudo ao nosso redor e eu confesso que estou sentindo muito medo disso tudo, medo dela não gostar de nada disso. No centro da sala está a mesa de centro, com um vazo de rosas vermelhas no meio, que não combina nada com a decoração, mas eu tenho certeza que foi idéia de Leigh-Anne.
A lareira fica logo a frente do sofá maior, e sobre ela tinha um único porta retrato com o primeiro ultrassom do nosso bebê, dando espaço para muitos outros que ainda viriam a estar compartilhando o pequeno espaço. Tudo aqui tem algum pequeno detalhe que combina, sejam as cortinas azuis com detalhes brancos, ou as almofadas, os objetos de decoração sobre a mesa de centro e uma mesa redonda que estava entre as poltronas em frente a janela, tudo minuciosamente escolhido.
Com o sorriso imenso que Jade tinha em seus rosto palavras não se faziam necessárias. Ela caminhou até o outro lado da sala aonde uma porta grande de madeira branca com vidro mantinha a sala de jantar separada, e o cômodo também combinava perfeitamente com a sala, cadeira estofadas no mesmo tom de azul, uma vasta mesa de madeira e uma janela grande que trazia luz para dentro do cômodo quando as cortinas grandes estavam abertas.
--- Perrie. --- Jade se virou para mim com seu rosto molhado pelas lágrimas.
Evitei ao máximo reparar nas marcas em seu pescoço, aquilo me causava uma dor sem tamanho.
--- Essa é a nossa casa?
--- Sim, é a nossa casa, aonde vamos criar o Alex e os outros bebês que ainda vão vir. --- sorri. Jade selou nossos lábios rapidamente empolgada, correndo em direção as escadas que ficavam em frente a porta de entrada, ignorando a cozinha e também o jardim.
Ela caminhou pelo extenso corredor abrindo cada uma das portas, olhando para os três quartos de hóspedes e o único quarto da casa que ainda está vazio, com as paredes brancas e sem vida. Calmamente ela entrou no quarto e caminhou até a janela olhando para o nossa vizinhança, a rua calma tinha apenas algumas poucas crianças brincando em seus jardins, mesmo com o frio que está fazendo.
--- Aqui vai ser o quarto do Alex? --- sua voz estava trêmula e ela solucava em meio ao choro, um choro de felicidade.
--- Sim, o único cômodo da casa que eu e Jesy não decoramos. --- respondi, abraçando-a por trás beijando seu ombro.
--- Aonde é o nosso quarto?
--- A porta da frente. --- respondi beijando-a por uma última vez antes que ela fosse novamente para o corredor e abrisse a porta.
--- Uau. --- Jade cobriu a boca com as mãos olhando ao seu redor, e eu à segui.
O nosso quarto é um pouco menor que o do bebê, mas em compensação temos uma sacada grande a nossa disposição, que nos dava uma visão completa no nosso jardim, que apesar do inverno severo que se aproximava ainda estava verde e bonito. Bem no canto da sacada havia um sofá redondo de palha com uma almofada redonda para deixar confortável, e algumas almofadas menores jogadas sobre ela.
Alguns vazos de flores também estavam ali para a decoração, deixando o lugar com um ar ainda mais leve e romântico. Jade abriu completamente as portas de vidro e também as cortinas, iluminando completamente nosso quarto. Ela andou até nosso closet que também não era tão grande riu quando olhou para o teto vendo o lustre luxuoso que Jesy tinha escolhido, dizendo que Jade com certeza iria gostar, e ela estava certa.
Depois Jade foi até o nosso banheiro, mordendo os lábios quando viu a banheira grande e redonda ali, e eu tenho quase certeza de que assim como eu pensamentos pervertidos tomaram conta da sua mente.
--- Você gostou? --- perguntei com um pouco de receio e Jade se virou para mim.
--- Eu amei, isso é perfeito. --- ela me abraçou deitando a cabeça no meu peito. --- Obrigado por me fazer tão feliz.
--- Eu faço isso por que te amo. --- beijei sua testa. --- Amo demais.
--- Eu também amo você Perrie. --- ela me olhou. --- Desculpe se estou sendo tão chata nos últimos dias, é que eu... Cooper me dá medo Perrie, muito medo.
--- Ele ameaçou nosso filho, foi isso? --- perguntei.
Jade não negou e bem afirmou, apenas desviou seu olhar e aquilo já me bastou como resposta. Meu sangue ferveu. Como ele podia ser tão desprezível a ponto de ameaçar um bebê que ainda nem nasceu? Alguém tão puro e inocente, alguém que tem - por mais que eu e Jade façamos de tudo para esquecer -, o seu sangue.
--- Você precisa denúnciar o Cooper, você precisa contar tudo para a polícia, Jade. Por favor, você não estará segura enquanto ele estiver solto, a polícia está aqui para nos proteger, pra proteger você. --- disse apertando-a em meus braços.
Jade ficou alguns minutos silêncio, os mais torturantes de toda a minha vida, mas logo me olhou, com seus olhos inchados por causa do choro e lágrimas escorrendo pelas bochechas.
--- Eu falo Perrie, eu falo. Se isso for trazer a nossa segurança, a do nosso bebê eu digo para a polícia exatamente tudo o que eu sei, de como era a nossa vida em South Shields, aonde ele vivia, eu digo tudo, eu só quero poder viver em paz com você e sem medo.
--- Nós vamos Jeed, eu te prometo que vamos. --- disse, colocando o dedo em seu queixo o inclinando um pouco para que pudesse tomar seus lábios.
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only you • concluído
FanficNÃO PERMITO ADAPTAÇÕES DAS MINHAS HISTÓRIAS. Jade Thirlwall foi acusada de um crime que não cometeu, indo parar atrás das grades, temendo por sua liberdade mas ainda mais temerosa com o que seu ex namorado, e real culpado, poderia fazer com ela caso...