C A P Í T U L O - 27

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Perrie Edwards

- Merda! - soquei o volante algumas vezes e senti minhas mãos doerem devido a força que coloquei.

Jade acabava com a minha sanidade, ou o pouco dela que ainda me restava, e isso é tão angustiante. No momento em que ela me disse que queria falar com Fred meu coração se apertou, ela não podia fazer isso com ela, comigo, isso seria colocar à ela mesma e seu bebê. Tudo isso é uma grande droga.

Por que não podiamos ter nos conhecido em momentos normais de nossas vidas? Aonde eu poderia leva-la para jantar, para minha casa de praia em Los Angeles, deitar na areia macia e conversar sob a luz da luz, trocar carícias e juras de amor, tomar um belo vinho enquanto assistiamos a uma série qualquer, curtir para nos conhecermos melhor.

Mas ao invés disso vivemos com medo, medo do Cooper fazer algo contra sua integridade física e segurança, ou a do bebê, com medo de que Carly chegue e acabe com todo o nosso momento pelo simples fato de ser minha esposa e manter um casamento infeliz ao meu lado, por que é isso que eu sou ao lado dela, infeliz.

Fechei as mãos e soquei o volante várias vezes para tentar colocar minha raiva e frustração para fora, não me importando com a dor que aquilo estava me causando.

Parei quando a porta do carro abriu e o vento gelado entrou me fazendo arrepiar um pouco e parar com minha sessão de auto tortura para esvaziar a raiva, olhei para o lado e vi os olhos de Jade brilhar por causa das lágrimas que caiam nas bochechas, ela entrou no carro e bateu a porta.

- O que foi? - perguntei com preocupação. - Ele te ameaçou?

- Ele sabe. - Jade soluçou e fechou os olhos com força, chorando. - Aonde estou, sabe sobre o bebê, o meu bebê Perrie.

Oh droga.

- Quem disse, quem disse que ele sabe? Pode ser mentira Jade. - eu estava começando a me desesperar.

Coloquei minhas mãos doloridas e avermelhadas por cima das suas e apertei com leveza, sentindo o medo invadir-me.

- Pode ser Jade. - insiti e ela negou com a cabeça num gesto repetitivo. - Amor se acalme, por mim... Pelo bebê. - pedi e ela abriu os olhos, olhando para mim.

Vê-la chorar doía como nunca.

- Estresse faz mal para o bebê, pense no seu bebê. - Jade pareceu se acalmar a cada palavra minha e olhou em meus olhos.

- Ele é meu filho, só meu filho, só meu bebê, esse bebê não vai ter um pai, ele terá a mim apenas, eu o protegerei com a minha vida, só não quero que Cooper tenha algum direito sobre o meu bebê. - Jade abraçou a própria barriga e falava com desespero enquanto nos olhavamos, eu estou com tanto medo quanto ela nesse momento.

- Vamos dar um jeito eu vou dar, vou arrumar meios para isso, te prometo babe, confie em mim. - toquei seu rosto com suavidade. - Seu bebê vai estar seguro, eu vou estar com você nessa.

- Vai? - sua voz saiu baixa e duvidosa.

Sorri.

- Lógico que vou, vocês fazem parte da minha vida agora, gosto de você, estou apaixonada. - selei nossas bocas demoradamente e pude senti-la sorrir entre o beijo. - Vamos ser uma família.

- E quando isso acabar, e quando Carly voltar? - ela tocou minha bochecha fazendo carinho, encostando nossas testas. Ela já estava mais calma e isso me aliviava tanto. - Vou me divorciar dela, vou pegar nossas coisas e ir para outro lugar, como você desejar, trarei sua família para cá.

- É um belo plano. - Jade sorriu pequeno, e eu a puxei para os meus braços, apertando-a num abraço cheio de amor. - Conseguiu me comover. Mas eu quero pedir algo pra você, algo que terá que cuidar e proteger com a sua vida por que ele ou ela é a minha agora.

Meu coração disparou.

- Me peça o que for. - à selei novamente, um pouco mais demorado desta vez e colei nossas testas permanecendo com meus olhos fechados. - Eu te darei tudo Jade.

- Quero que cuide do bebê caso algo acontecer comigo, caso Cooper me fizer algo, cuide dele, me prometa. - ela disse firme e eu arregalei meus olhos apavorada com aquela possibilidade. - Prometa. - repetiu com firmeza e senti um nó em minha garganta.

Como era possível estar tão apaixonada por alguém em tão pouco tempo? Isso é surreal, é loucura.

- Nós vamos cuidar dela juntas. - disse e sorri, Jade bufou mas acabou sorrindo junto à mim. - Pare de dizer essas coisas.

- Me prometa. - insistiu mais uma vez e eu suspirei.

- Prometo que criarei como meu próprio filho, como se tivesse sido gerado em meu ventre, tivesse o meu sangue, darei meu nome, darei amor e uma boa criação, darei tudo e muito mais Jade, mas isso tudo ao seu lado, por que essa maré de azar irá passar e daqui há alguns anos isso será uma lembrança ruim da nossa vida. - os olhos de Jade voltaram a se encher de lágrimas com as minhas palavras. - Vamos construir uma história juntas.

- Você pode se arrepender. - ela murmurou.

- Nunca, e para provar vou te dar algo. - me afastei de Jade e tirei o colar que não se separava de mim desde que meu pai me deu na última vez que o vi.

Seu sorriso triste e as palavras de carinho não saíam da minha cabeça. Eu sentia tanto sua falta.

- Eu não tenho nada para dar a você. - Jade disse olhando para mim.

- Não precisa, você já me faz feliz e isso é muito. - Jade se aproximou e eu coloquei o colar em seu pescoço. - Quando me deu ele disse que era para que eu me lembrasse sempre o quanto ele me amava e que ele era inocente, eu acreditava nele mais que tudo nessa vida. Acredito em você e quero que nunca se esqueça de mim e do quanto gosto de você.

Jade não disse nada, mas seu olhar apaixonado em mim já dizia tudo. Com nossos movimentos limitados por ainda estarmos dentro do carro, ela me puxou para um beijo apaixonado.





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Boa noite meus amores, durmam com os anjos e sonhem com nossas meninas lindas.

E pra quem não viu a apresentação das meninas no X Factor o vídeo tá ali em cima.

only you • concluídoOnde histórias criam vida. Descubra agora