C A P Í T U L O - 77

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Perrie Edwards

Quando cheguei em casa depois de horas na delegacia estava acabada, decepcionada, com medo e cansada. Quando recebo a ligação de Leigh-Anne não achei que fosse nada sério, pelo contrário, nos outros dias todos ligavam apenas para saber sobre os nossos filhos, e eu imaginei que fosse isso, mas não, era para me dar um notícia horrível.

Cooper fugiu, não só ele, mas outros presos, logo agora que os bebês nasceram, que todo esse inferno estava próximo de acabar nós temos oa riscos de ter ele solto de novo, e isso me enche de medo, mais ainda pelos nossos filhos, e agora até mesmo o sumisso da Martha faz sentindo, todo o sentindo.

Joguei minha bolsa no sofá da sala e me sentei nele em seguida, tirei as sapatilhas dos pés e joguei no chão, esticando as pernas de colocando sobre a mesa de centro, relaxando meu corpo depois de toda a tenção que sofri.

A casa está tomada pelo silêncio e escuridão, cada barulho, por menos que fosse já me deixava em alerta, pois algo me diz que ele virá atrás de nós, e viver dessa forma me deixa apavorada. A segurança dos meus filhos é tudo para mim agora.

Quando a luz da sala se ascendeu eu pulei no sofá, olhei para trás assustada e Norma me olhou confusa, agarrando seu hobby florido para cobrir melhor seu corpo.

— Querida, aconteceu alguma coisa? — perguntou preocupada e veio até mim, se sentiu ao meu lado aguardando pela minha resposta.

Pensei se deveria ou não falar para minha sogra, ela poderia falar para Jade e deixar ela preocupada, tudo o que eu menos quero é deixar ela ainda mais sobrecarregada do que ela já está. Talvez se eu pedir ela guarde esse segredo, e até me ajude a manter Jade por perto.

— Vamos, eu te faço um chá e você me conta. — ela se lavantou e eu fiz o mesmo, seguindo minha sogra até a cozinha.

Ela ascendeu as luzes e colocou a água para ferver, pegou as canecas no armário acima da pia e colocou os sachês com chá de hortelã, colocou um pouco de açúcar e pacientenente esperou que a chaleira "gritasse", indicando que a água já estava quente.

Norma encheu as canecas e colocou a minha perto, puxou a cadeira para se sentar e soprou sua bebida, bebendo aos poucos.

— É sobre o Cooper, mas eu preciso da sua garantia de que não vai dizer nada a Jade, por favor. — pedi quase implorando e ela pareceu preocupada, assentiu diversas vezes enquanto me olhava.

— Ele fugiu com outros presos, não sabem aonde ele está, mas estão fazendo as buscas. — passei as mãos em meu rosto, sentindo vontade de chorar de desespero. — Eu estou tão preocupada com os bebês, com ela.

— Meu Deus. — Norma murmurou em choque, suas mãos cobrindo a boca. — Por isso a Martha não foi no hospital? E se eles vierem atrás dos gêmeos.

— Por isso eu estou com medo, e acho melhor não contar.

— Talvez devêssemos esperar um pouco, se não acharem ele logo nós teremos que contar. — ela disse.

— Obrigada Norma.

Minha sogra se levantou e deu a volta na mesa, passou as mãos em meus braços e sorriu terna, me fazendo lembrar da minha mãe. Abracei Norma á deixando surpresa com minha atitude, mas rebribuiu o abraço, beijou minha testa e afagou meu cabelo.

— Vai ficar todo bem, os bebês vão ficar bem também. Eles tem sorte por ter vocês. — ela me beijou de novo. — Eu sou tão grata por isso.

Ficamos dessa forma por algum tempo, e antes que eu deixasse o cansaço me vencer nos afastamos, Norma perguntou se eu queria companhia e eu neguei, então ela subiu para o quarto com sua caneca fumegante de chá, me deixando só para pensar um pouco mais em tudo isso.

Perdi a noção do tempo que passei ali, pensando e pensando, armando planos para que Jade não saísse de casa sozinha, ou só saísse quando fosse necessário, meus filhos então não sairiam de modo algum. Eu não sei do que aquele homem é capaz, mas me apavora só imaginar.

Quando meu chá já estava morno eu o bebi devagar, subindo para o quarto quando a bebida chegou ao fim. Jade dormia serenamente, Alex e Bruna no meio da cama, juntos um do outro, como quando estavam dentro de seu ventre.

Troquei a roupa de trabalho por um pijama e me deitei ao seu lado, beijei meus filhos e fechei os olhos ao sentir o cheiro que emanava deles, quando fui fazer o mesmo com Jade ela abriu os olhos devagar, piscou algumas vezes e me olhou.

— Aonde você estava Perrie? — sua voz estava arrastada, suave e baixa, ela nem ao menos mantinha os olhos abertos por muito tempo.

— Resolvendo assuntos de trabalho. — repondi, mesmo odiando mentir para Jade.

— Tem certeza? Se descobrir que mentiu eu mato você. — ela abriu e fechou a boca algumas vezes, olhos fechados.

Ri e beijei a ponta de seu nariz. Deus, o que eu faço se acontecer alguma coisa com eles?

— Absoluta meu amor.

— Hum. — murmurou. — Seus filhos me vêem como uma vaca leiteira, só me dão alguma atenção quando sentem fome.

Ri novamente e olhei para os bebês.

— Você está com sono, vai dormir um pouco, amanhã a gente conversa melhor.

— Também acho, por que amanhã você vai me falar tudo. — ela suspirou e se virou de costas. — Eu vou dormir de verdade agora, essa é a sua noite, boa sorte mamãe.

— Pode descansar, eu fico de olho neles. — afirmei, mesmo sabendo que no primeiro choro por mínimo que fosse ela iria acordar, mas o único que chora durante a noite é Alex, Bruna apenas resmunga e volta a dormir.

Com pouquíssimo espaço para mim na cama me ajeitei na ponta com cuidado para não cair, olhos atentos em meus bebês, minhas pequenas preciosidades.














only you • concluídoOnde histórias criam vida. Descubra agora