Perrie Edwards
Eu sempre estive confiante em cada um dos meus casos, garantindo ao meu cliente a liberdade, fazendo com sua inocência fosse provada e sua vida retomada, sempre, por isso sou a melhor, mas hoje, especialmente nesse caso eu não me sinto tão confiante como sinto que deveria estar.
Minha cabeça dói depois de horas no tribunal, mesmo com a sala de espera em absoluto silêncio. Os pensamentos frenéticos em minha cabeça não param, as paranóias não param, e por isso minha cabeça dói tanto.
Ao meu lado está Jade, quieta, observando tudo ao seu redor, se sentindo mal pelos olhares que o júri lançou para ela, como se ela fosse culpada, mas logo isso mudou, no minuto em que o áudio foi revelado para que todos no tribunal ouvissem.
Não foi difícil chegar a conclusão de que Cooper é um homem asqueroso e mentiroso, mas ainda sim, não posso falar pelo júri e nem julgar por ele, pois se pudesse minha esposa não estaria passando por isso, não mesmo.
No total já se passaram cinco horas e alguns minutos que estamos aqui, ouvindo as testemunhas e fazendo tudo como se deve, e assim como Jade eu não vejo a hora disso acabar.
— Como estão os bebês? — perguntei chamando a atenção de Jade.
Falar sobre outros assuntos talvez possa ajudar.
Ela sorriu pequeno e piscou seus olhos, como se tivesse algo para me contar. Ergui as duas sombrancelhas esperando pela minha resposta.
— Estão com Camila, Lauren e Martha. — disse devagar.
— Martha? — perguntei.
— Sim. Per esse não é o momento para discutir isso eu...
— Tudo bem, Martha se mostrou uma boa pessoa e eu não posso simplesmente negar que ela veja os netos, tudo bem, temos coisas mais sérias para nós preocupamos agora. — toquei seu rosto.
Sabíamos que não era o momento e nem o lugar para demonstrar tanto afeto, mas eu não conseguia, estar perto de Jade e não poder toca-la era quase como tortura para mim.
— Se eu sair livre daqui... — ela começou a falar e eu revirei os olhos.
— Você vai. — disse firme.
— Quando eu sair livre daqui, eu quero aproveitar cada minuto do seu lado. — Jade disse.
— E eu já sei como. — sorri e desviei meu olhar. — Se lembra quando falamos da nossa lua de mel? — Jade balançou a cabeça. — Você terá uma lua de mel inesquecível.
Jade deu um grande sorriso, tão grande que nem parecia que estamos a esperar o veredito que decidiria sua vida. As portas de madeira a nossa frente foram abertas e Jesy entrou ao lado de um policial, nos levantamos. Meu coração já varia forte tomando pela ansiedade.
Aquela era a hora.
— Estão chamando para a leitura do veredito, Perrie. — Jesy disse.
Respirei fundo e olhei para Jade. Podia ver o nervosimo transbordando pelos seus poros, suas mãos um pouco trêmulas e suando. Jade começou a andar em silêncio e eu a seguir até o tribunal.
Quando chegamos a primeira coisa que fiz foi olhar para o júri, e como sempre eles se mantinham calados, sem reação, apenas esperando o momento para dizer se Jade estava livre ou não. A demora estava me matando.
Me sentei em meu lugar e Jade ao meu lado, Cooper também estava ali, com seu uniforme laranja e mãos algemadas ao lado de sei advogado, como se existisse no mundo alguém capaz de provar sua inocência. A cena chegava a ser hilária.
Olhei para minha esposa e sorri, Jade tentou fazer o mesmo mas estava nervosa demais, pegou em minha mão por debaixo da mesa e o voltou seu olhar temeroso e perdido para os jurados, a procura do que eu imagino ser uma resposta.
A juíza chegou e todos nos colocamos de pé. Ela caminhou até seu lugar com um olhar duro e indecifrável, sentou e colocou seus óculos, dando ao júri a liberdade para dizer o que tinham decidido, e então a atenção estava toda para eles, e a tensão ali não era pouca.
Jade já estava chorando sem nem mesmo saber o que eles tinham decidido. Uma mulher então se levantou e tirou de dentro do envelope um papel, e então começou a falar:
— Nós do júri consideramos Jade Amélia Badwi Thirlwall-Edwards, inocente. — disse.
Jade desabou ao meu lado, cobriu o rosto com as mãos e começou a chorar. Me aproximei dela e abracei, chorando junto a ela, mas tentando manter a calma.
Um burburinho alto começou e Cooper estava furioso, pois a sua sentença também dita, e ele era culpado de todos os crimes que foi acusado. A juíza bateu o martelo e falou alto para recuperar a ordem no tribunal, todos se calaram.
Jade não sabia se chorava ou ria de felicidade, alívio, e eu me encontrava da mesma forma que ela. A juíza então leu a sentença de Cooper, que não foi nada leve. Ele pegou vinte anos de prisão.
Saímos do tribunal lado a lado, Jade ainda bastante emotiva, chorando. Eu mal podia acreditar que todos aqueles meses de agonia, que todo o sofrimento e angústia tinha chegado ao fim, e que agora, nós poderíamos finalmente viver em paz com nossos filhos, com a nossa família.
— Eu nem acredito que isso tudo acabou. — Norma puxou a filha para um abraço quando já estávamos do lado de fora do tribunal.
Norma beijou seu sua testa enquanto segurava o rosto de Jade com ambas as mãos, olhando em seus olhos.
— Nós vamos poder viver em paz agora. — disse.
— Eu nem posso acreditar mãe. — Jade secou as lágrimas. — Eu vou poder finalmente viver a minha vida, depois de anos presa a ele, eu finalmente vou poder viver de verdade.
— Minha querida. — Norma abraçou Jade novamente.
— Nós precisamos comemorar isso. — Leigh-anne disse alto chamando nossa atenção, abraçando sua esposa por trás. — Finalmente isso tudo acabou. — ela soltou Jesy e foi até Jade, esperando que Norma a soltasse para que ela pudesse abraça-la.
Depois de muitos abraços e muito choro, todos dizendo o quanto estavam feliz por Jade, nós fomos até o nosso carro, iríamos para casa comemorar de alguma forma a liberdade de Jade, o fim daquele inferno o qual estávamos vivendo.
Enquanto dirigia para casa eu senti uma paz surreal, como se eu peso tivesse saído das minhas costas, como se naquele momento a minha vida ao lado de Jade estivesse apenas começando, e no fundo estava mesmo, só que muito melhor é feliz do que antes.
E é isso, minha vida ao lado de Jade está começando agora.
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only you • concluído
FanficNÃO PERMITO ADAPTAÇÕES DAS MINHAS HISTÓRIAS. Jade Thirlwall foi acusada de um crime que não cometeu, indo parar atrás das grades, temendo por sua liberdade mas ainda mais temerosa com o que seu ex namorado, e real culpado, poderia fazer com ela caso...