C A P Í T U L O - 17

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Jade Thirlwall

Depois de arrumar todas as minhas coisas e pegar a pouca quantidade de dinheiro que eu tinha guardado - escondido para dizer a verdade -, dentro do guarda-roupas nós fomos para o apartamento dela.

Perrie estava mais contente agora, com um sorrisinho nos lábios e dizendo o quanto estava empolgada para irmos comprar os vestidos amanhã, e também para a festa, que segundo ela seria incrível. Em todo momento em fingi estar animada com aquilo quando na verdade eu só não queria estar perto da Carly.

O caminho foi longo e cansativo chegamos lá tarde da noite e para a nossa surpresa Carly estava sentada nos degraus da pequena escada, abraçando o próprio corpo enquanto usava um casaco que eu pude jurar ter visto no corpo de Perrie. Um sentimento estranho apossou-se de mim, um incômodo, e inconcientemente eu revirei os olhos.

- Eu vou entender se não quiser falar com ela. - Perrie disse ainda dentro do carro, olhando proucupada para mim.

- Não vai ficar magoada se te confessar algo? - perguntei enquanto tirava o cinto de segurança.

- Óbvio que não Jade.

- Eu não à suporto. - confessei e abri a porta do carro saindo em seguida.

Aquilo poderia me trazer consequências severas, como ser expulsa dali imediatamente ou então perder minha advogada por estar confundindo as coisas, como quando ela me tocou no apartamento do Cooper.

Meu inteiro se arrepiou ao seu toque e meu coração acelerou quando eu me vi perdida na imensidão de azul que são seus olhos, pude jurar que ela iria me beijar e fiquei esperando por aquilo, mas nada.

Eu estava definitivamente fora de mim, isso é no mínimo patético. Desde quando, Perrie Edwards, uma mulher linda e bem sucedida iria se interessar por alguém como eu? Fodida em todos os âmbitos?

É patético a forma com que minha cabeça cria as coisas.

Perrie saiu e então me seguiu até o porta malas e abriu-o, pegando a única mala que estava ali e me entregando, sorrindo gentilmente ao faze-lo não se mostrando afetada com minhas palavras.

- Estava preocupada com você amor. - sua voz era suave e calma como nunfa tinha ouvido antes e arqueei as sombrancelhas de forma irônica olhando para Perrie que corou. - Desculpe por mais cedo Jade, não queria dizer aquilo.

Não! Minha mente gritou mas eu sorri, dócil como sempre assentindo e subi as poucas escadas entrando no pequeno prédio ignorando Carly e seu falso sorriso, por que eu não acreditava em suas palavras, nenhuma delas, Carly é falsa demais e qualquer um pode ver.

Arrastei minha mala até "meu quarto" e fechei a porta sem vontade alguma de olhar para Carly e Perrie juntas, sentindo todos aqueles sentimentos confusos.

- Jade. - ouvi algumas batidas na porta e gritei para que ela entrasse, e assim ela o fez.

Perrie parou ao meu lado e manteve sua expressão serena e sorriso doce.

- Ainda se sente mal, por que comprei alguns remédios pra você.

- Um pouco, mais tarde eu os tomo. - respondi sem aliviar minha expressão rude, mas não estava assim por causa dela, e sim por causa dela junto com Carly. - Obrigado por se preocupar.

- Por nada Jade, está com fome? Quer pizza ou comida mexicana? - Perrie perguntou.

- Pizza, pode ser pizza mas de qualquer modo tem que ver o que Carly vai querer. - dei as costas para ela e fui vagarosa até a cama sentando-me.

Olhos de Perrie correram pelo meu corpo e logo se encontraram com os meus, e nós ficamos nos olhando por alguns segundos. Meu coração deu uma leve disparada e eu acabei desviando o olhar contendo meu sorriso.

Ela é uma boa pessoa, ótima advogada e muito boa amiga, uma excelente amiga. Repeti mentalmente olhando fixamente para a janela.

- Ora Jade, hoje a noite é sua, não se incomode com isso. - Perrie disse e eu não pude evitar de olhar para ela, sorrindo ao ver seu sorriso doce e olhos brilhantes. - Vou pedir a pizza e tomar um banho, até logo.

- Até.

...

Todas nós estávamos sentadas na mesa se jantar em silêncio comendo nossas pizzas, bastante queijo e calabresa, como eu tinha pedido para Perrie acompanhados de um grande copo de refrigerante, ao menos eu e Perrie, já que Carly tinha escolhido vinho tinto.

Eu não deixei de pensar em nenhum momento o quanto aquela mulher era ridícula, e me repreendendo por aquilo. O que eu tinha que opinar afinal? Apesar da pizza estar exageradamente boa, estava me dando enjôo e azia me fazendo comer o mínimo possível. Aquele mal estar não podia ser normal.

Respirei fundo deixando um pedaço pela metade sobre o pratp e respirei fundo para ver se aquele enjôo passava. Perrie olhou-me preocupada e Carly apenas continuou a cortar sua pizza em pedaços pequenos não dando a mínima para mim ou Perrie.

- Você está bem? - Perrie perguntou colocando sua mão sobre a minha.

Carly levantou o olhar repreensivo e raivoso para a esposa que a ignorou completamente.

- Sim eu só tô enjoada, mas isso passa. - afastei minha mão de Perrie e a coloquei sobre minhas pernas. Carly noa encarava com estranheza agora. - Vou me deitar.

- Pego os remédios pra você.

- Ela não sabe o caminho da cozinha? - Carly olhou para Perrie e elas trocaram olhares por algum tempo como se tivessem discutindo.

- Não precisa. - neguei com a cabeça e me coloquei de pé evitando olhar para Carly.

- Tem certeza? - Perrie voltou a me olhar e eu assenti.

Arrastei a cadeira para trás e caminhei lentamente pelo corredor, sentindo meu corpo fraco e minha visão embaçada, parei de andar e coloquei a mão na parede para buscar algum apoio. Ouvi passos pelo corredor e me virei vendo a mão de Perrie em meus ombros enquanto me chamava.

Sua voz parecia estar cada vez mais distante e eu nem ao menos conseguia vê-la com total nitidez. Quando tentei dar mais alguns passos minha visão se escureceu por completo.


×

Desejo-lhes uma boa noite
Até amanhã meus doces 💜



only you • concluídoOnde histórias criam vida. Descubra agora