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Narrado por Holland

Bip. Bip. Bip.
Esse barulho ecoava na minha cabeça, era constante. Eu sentia um peso sobre meus olhos os empedindo de serem abertos. Não conseguia mover meu corpo, não conseguia falar. Mas eu ouvia umas vozes, não entendia direito o que falavam, mas me parecia uma voz conhecida.

Com muito esforço consegui abrir meu olho, eu enxergava tudo embaçado. Tentei mover meu braço, mas ele parecia imobilizado. Eu estava com sede. Eu não sabia a onde estava, será que eu morri? Acho que não.
Uma dor insuportável começou a se instalar no meu corpo, como se eu tivesse sido atropelada por um caminhão.

- Ai...- Murmurei o máximo que minha voz conseguiu, o que não foi muito, mas chamou atenção.
Uma das pessoas que falavam chegaram mais perto.

- Holl, ainda bem que você acordou. -Eu conhecia essa voz, mas não consegui indentificar quem era.

Narrado por Dylan

O dia tinha sido incrível, eu realmente queria tentar uma aproximaçao com as ruivas, mas Holland parecia armada até os dentes. Ela é uma pessoa muito orgulhosa, e tem medo, mas eu ne senti tocado com a história dela, era como se eu quisesse ajudar, e eu sei que eu posso...

Eu estava estirado na minha cama, tinha acabado de falar com Cora, mas meu pensamento estava na minha transa na roda-gigante, aquilo foi incrível, uma das melhores da minha vida.

Meu celular começou a vibrar ao meu lado, pensei que era Cora novamente, mas não, era um numero desconhecido.

Quem liga uma hora dessas? Eu ein.

Ligação On

- Alô.

- Alô, Sr. Obrien? - Falou a mulher com uma voz de choro. Me sentei sobre a cama.

- Sim. Quem fala?

- Aqui é a Natalie, a vizinha da frente da Holland, aconteceu uma coisa horrível. Estamos aqui no hospital Miami Grace

Ligação off

O desespero percorreu meu corpo. Sai correndo de casa, peguei o meu carro mais rápido, e sai de lá a 120Km/h.

Que se foda as multas!

Cheguei ao hospital em que Natalie disse que Holland havia sido internada.

- A minha amiga está internada aqui. -Falei para recepcionista.

- Qual o nome dela Sr? - Falou a enfermeira de voz nojenta.

- Holland

- Sobrenome? - Levei as mãos a cabeça já nervoso.

- Eu não sei. - Murmurei.

- Então Sr, não temos como ajuda-lo!

- Como não? - Bati minha mão no balcão, fazendo um barulho enorme. Assustou algumas pessoas.

- Senhor, por favor. - Falou assustada.

- Olha aqui... - Eu falava apontado o dedo em sua cara, mas fui interrompido pela voz de Natalie.

- Dylan? - Me virei pra ela, a mesma tinha uma expressão triste. - Que bom que você chegou meu filho.

Fui até ela e a abracei.

- Como ela está?

- Não deram nenhuma notícias até agora.

- Eu preciso saber como ela esta. - Fui andando rápido em direção ao corredor de onde ela tinha vindo, eu não sabia a onde estava.

- Se acalme. Vão aparecer notícias.- Me sentei na cadeira frustado.

- Quem fez isso com ela? - Passei a mão no cabelo.

- Invadiram a casa dela, acho que foi assalto.

- Assalto? - Fechei meus olhos, e inspirei. Porque eu estava tão preocupado? - E Alisson, cadê ela? - Me desesperei ao lembra da pequena.

- Ele está bem, só fizeram mal a ela. Foi ele que a viu assim, e foi me chamar. A enfermeira levou ele para tomar água. - Suspirei aliviado.

- Tio Dylan. - Olhei pro lado, e vi quando Ali soltou a mão da enfermeira, e correu até mim. A abracei, e o sentei no meu colo, seus olhos brilhando pelas lágrimas recentes, e seu rosto esta vermelho.

- Você esta bem princesa?

- A mamae..- Fungou...

Passamos algumas horas sem notícia nenhuma. Até que o médico apareceu.

- Acompanhantes, de Hollan Roden.- l

- Eu...

- Conseguimos conter seu estado, mas continua grave, ela sofreu varias lesões, uma costela quebrada, uma perna quebrada, o maxilar deslocado, varias contusões, e inchaços, marcas roxas, e alguns cortes. A situação em que ela se encontra é bem difícil, terá que se submeter a duas cirurgias, e aparelho respiratório, e o governo não está cobrindo nenhuma cirurgia, e suponho que a paciente não tenha plano de saúde. Infelizmente não a nada a ser feito, nos não podemos fazer nada pela moça.

- Vocês querem a deixar morrer?

-Nos não queremos isso, mas faremos o possível para ajuda-la, mas não a muito o que fazer.

- Eu quero transferência desse hospital, agora. Eu a quero no melhor hospital de Miami...

(...)

Três dias se passaram, Holland teve todo o atendimento necessário no hospital em que eu estava pagando. Mas ela também não tinha acordado ainda, o médico disse que foi porque a pancada na cabeça foi forte, mas ela iria acordar, assim espero.

Estava conversando com o medico, quando ouvi um murmúrio, olhei para cama, e Hol estava com os olhos abertos, e com uma cara cansada. Senti uma alegria em vê-la acordada, uma coisa inexplicável.

Fui até a cama.

- Ainda bem que você acordou.

Prometa NÃO se Apaixonar. (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora