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Narrado por Dylan

Abro meus olhos lentamente ao sentir o sol batendo em meu rosto. Olho em volta percebendo o ambiente estranho, logo me lembro que dormimos dentro do carro, no banco de trás.

Eu e Hol.

Sinto sua respiração bater em meu rosto, me fazendo olha-la, ela dormia serenamente abraçada a mim. Seu rosto e tão angelical, nem imagina seu gênio forte.

Pego uma mecha do seu cabelo, que caia sobre seu rosco colocando de trás da orelha. Aos poucos seus olhos vão se abrindo, me permitindo ver aquelas orbes grandes, e verdes.

- Bom dia. - Fala com a voz rouca.

- Bom dia.

- Dormimos aqui mesmo né? -Olhou para o carro.

- Sim. - Falo rindo.

Olho para o relógio no meu pulso checando as horas.

07:30Am

Até que ainda ta cedo!

- Vamos para casa. - Falo acariciando sua bochecha. Seus olhos estão fechados como se tivesse continuado a dormir. - Holland? - Chamo, mas ela não me responde.

Dou uma pequena risada, ao ver que a mesma dormiu. Aconchego seu corpo no banco de trás do carro, e me levantando com todo cuidado possível para não acorda-la. Abro a porta do carro, e saio. Estralo minhas costas, acho que dormir no banco de trás do carro não foi uma boa ideia.

Olho pra paisagem na minha frente, aqui é lindo tanto de dia quanto de noite.

Entro no lado do motorista, ligo o carro logo saindo dali.

[...]

Chego na garagem do apartamento, e estaciono o carro na vaga.

Saio do carro, e pego a ruiva no banco de trás do carro, com cuidado. Vou até elevador, e consigo - Dificilmente - apertar o botão com o cotovelo.

Assim que o elevador chega, entro, e quando as portas fecham ela acorda em um susto.

- A onde a gente ta? - Fala sonolenta.

- No elevador, já chegamos em casa.

- Ahhh. - Olha pra cima, e depois pra mim. - Você pode me soltar se quiser.

- Não, tudo bem. - Falo sorrindo.

Olho em seus olhos mas em questão de segundos ela desvia o olhar, ela faz isso todas as vezes que eu a encaro.

- Por que você faz isso? - Ela me olho confusa.

- Isso o que?

- Quando olho em seus olhos você não mantém o olhar, você sempre desvia.

- Ah. - Olha pra cima novamente. - Eu não consigo encarar um homem, eu não sei por que. Acho que deve ter haver com os clientes, não era bom ver em seus olhos a diversão deles, e o prazer em usar meu corpo. - Fecha os olhos.

- Mas agora você não precisa mais olha-los. - Rapidamente ela abre os olhos e me encara. - Você está aqui, não vai mais voltar lá. - Ela parece desconfortável com o que acabo de falar.

Ficamos em silêncio alguns segundos, e logo o elevador abriu no meu apartamento.

Sai com ela ainda em meu colo, e logo ela desce, passamos pelo saguão, sala de visitas, e fomos até a sala.

Assim que entramos damos de cara com Alisson assistindo desenho na TV.

- Acordada uma hora dessas? Que milagre! - Falo dando um beijo em sua testa.

Prometa NÃO se Apaixonar. (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora