18°

609 50 7
                                    

Holland Narrando

Fui abrindo meu olhos aos poucos, minha visão estava voltando aos poucos, olhei pro lado, e tinha um homem que eu suponho que seja o médico, e uma enfermeira.

- Que bom que você acordou. - Falou o homem. - Eu sou o Dr.Dunbar.

Olhei ao redor, minha cabeça latejava um pouco eu ainda não estava conseguindo raciocinar direito.

- Você deve esta se perguntando cadê o seu namorado né? Ele deve esta já chegando.

- Ele não.. Não é meu namorado!

- Ah sim. Me desculpe. Essa é a enfermeira Lauren, ela vai cuidar de você - Falou da mulher parada ao seu lado.

- Deixa eu tirar essas coisas chatas de você. - Sorriu.

Começou tirando uns adesivos com uns fios que estava colado no meu peito, logo depois tirou a agulha da minha mão com o soro, e doeu pra caralho, mas não espressei nada, e depois tirou a da veia, que doeu mais ainda...

- Você já esta liberada, só esperar o Sr.O'Brien chegar, e você poderá ir embora. Tem que tomar todos os remédios, e ficar em repouso. - Me deu um papel com a receita dos remédios. Olhei para aqueles vários nomes escritos no papel, eram muitos remédios, eu não teria dinheiro pra comprar nem a metade.

- Doutor... Esses remédios, eles são... Muito caros?

- Eles são um pouquinho caros. - Fechei os olhos, e respirei fundo.

- Eu não posso pagar por eles, não tem nada mais baratinho? - Ele me olhou com compaixão, eu não quero que ninguém me olhe assim. - Eu entendo se não tiver.

- Esses remédios são os melhores para o seu tratamento, mas eu acho que o genérico dele é mais barato. - Bateram na porta, eu conhecia esse cheiro. Era paco rabanne

- Bom dia. Hol, você acordou. - Era Dylan, ele veio até mim tentando me abraça mais recuei. Ele me olhou estranhando.

- Continuando, eu vou te dar as receitas genéricas, não vai fazer muita diferença de preço, mas já diminui alguma coisa.

- Genérico? Porque o genérico? - Perguntou confuso.

- Eu não tenho dinheiro pra esses remédios, e ele ta me passando o genérico.

-Não precisa, pode deixar o normal mesmo.

- Não!

- Holland - Me advertiu como se eu fosse uma criança.

- Não, Dylan. Que coisa chata.

- Vou deixar vocês conversarem. Vamos Lauren.

- Você já pode se trocar, com licença. - Os dois saíram.

Sentei na cama lentamente, percebi que por baixo da roupa de hospital eu usava tipo uma cinta. Senti um encomodo na minha costela. Olhei pra minha perna, a mesma estava engessada até a coxa.

Bufei frustada.

- Quer ajuda? - Dylan perguntou ja vindo em minha direção

- Eu não preciso da sua ajuda. - Ele parou observando a cena. Tentei me levantar, mas não consegui.

- Eu to vendo que não precisa de ajuda - Riu, e eu o olhei feio. - Ta legal. - Levantou as mãos como rendição.

- Me ajuda logo.- Veio até mim e me ajudou a ficar em pé. - Valeu.

- Eu trouxe umas roupas pra você. - Deixou uma bolsa em cima da cama.

Tentei me abaixar pra tirar a bata mais foi em vão.

-Deixa eu te ajudar de novo. - Chegou perto e eu empurrei suas mãos. - Qual é o seu problema? - Perguntou já sério.

- Qual o meu problema? Qual é o seu problema? Porque você esta fazendo isso? porque você esta me ajudando? Ninguém nunca quis me ajudar. Olha isso, olha em volta. Olha pra mim, Dylan, eu sou uma prostituta, eu não tenho nada, nada. - Falei me lembrando das palavras de Petter. - Eu não mereço isso tudo, eu não mereço nada, não mereço que você cuide de mim, eu não mereço nem sua amizade. Porque você esta me ajudando? - Ele passou a mão no cabelo, e depois olhou pra mim.

- Porque eu simplesmente me importo com você, eu não sei o porque, ou o motivo, eu só me importo. Mas toda vez que eu tento uma aproximação, ou algo a mais com você, você recua, porque você tem medo, mas eu me pergunto: Medo de que? Eu não te entendo! - Começou a andar de um lado pro outro. Senti de volta as pontadas na cabeça. Me virei pra cama, e fiquei mechendo na bolsa.

- Eu nunca deixei ninguém se aproximar de mais, porque no final sempre me abandonam... E eu sempre tenho que recomeçar sozinha. - Murmurei.

O silêncio se fez presente. Nem eu nem ele falamos nada. Suspirei frustada. Tentei mais uma vez tirar a bata, mas não consegui, meu corpo doía.

- Eu tiro, pode deixar. - Me virou me fazendo ficar de frente para ele. Sua maos foi pras minhas costas, o fazendo se aproximar, até de mais. O nó da bata foi desfeito, Dylan voltou ao normal ainda olhando para mim, em meus olhos. Quando suas mãos tocaram levemente meus ombros, desviei o olhar, a bata deslizou sobre meus braços, e senti seus olhar sobre meu corpo, sem a bata eu estava nua, só com aquela cinta.

Ele suspirou, e pegou a blusa em cima da cama, passou ela pelos meus braços, elas era de botão na frente. Com certo receio ele começou a abotoar a blusa, sei que estava se controlando pra não tocar meus seios.

RI pelo nariz.

Depois pega a calcinha, e se ajoelha na minha frente, virando o rosto de lado pra não olhar para minha intimidade. Me apoiei na cama e ele passou a calcinha por minhas pernas me vestindo. Depois pegou o short e fez o mesmo. Depois que abotoou, respirou fundo e se levantou.

David: Vou pedir a cadeira de rodas pra você. - Beijou minha testa e saiu do quarto. Fechei meus olhos, e respirei fundo.

O que eu faço?

Prometa NÃO se Apaixonar. (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora